epílogo -Any

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Depois da nossa noite mágica de amor, me desliguei do The Rose Club para voltar para casa ao lado do homem que, por toda minha vida, sonhei em ter por perto.

Noah parecia outra pessoa. A ideia de ser pai o deixou ainda mais carinhoso e protetor. Não me deixava fazer nada, só me mimando e beijando minha barriga o tempo todo.

Rob foi encantador e me liberou do contrato sem problemas. Ele disse que já sabia, quando Noah ligou para falar sobre o plano, que eu não ficaria, mas que mesmo assim ele estava feliz e manteríamos contato. Eu fiz um amigo para o resto da vida.

De volta a Los Angeles, longe do frio cruel de Manhattan, Noah me levou direto para a casa de seus pais, que ficaram encantados de nos ver juntos.

Meu Noah, após os cumprimentos pelo meu retorno, pediu para conversar com Wendy e Marco.

– Pai, eu preciso conversar com vocês um instante.
– O que houve, meu filho? – Marco pergunta, preocupado.
– Eu sei que a nossa família é a única que a Any tem. E eu queria pedir a você, como representante dos pais da Any, a mão dela em casamento.
– Oh, meu Deus, Noah querido – Wendy falou e nos abraçamos, com lágrimas escorrendo no rosto.
– Meu filho – Marco segurou nossas mãos e falou, com um sorriso no rosto –, nada me faria mais feliz, e tenho certeza de que os pais de Any se sentiriam da mesma forma ao ver vocês dois juntos.
Nós sempre falávamos isso quando vocês eram pequenos – uau! Que surpresa, hein?
– Lembro que quando engravidei de você, Noah, Pricila e Silvo estavam tentando ter um bebê.
Ela precisou passar por uma série de tratamentos de fertilidade, pois não conseguia engravidar. E, naquela época, não tínhamos a facilidade de ver o sexo do bebê, como hoje em dia. Nós passamos os nove meses inteiros da sua gestação torcendo por um menino. Porque queríamos que ele fosse mais velho, para que ela tivesse uma menininha e ele cuidasse dela, e os dois namorassem. Demorou trinta anos para você fazer isso, mas finalmente você vai tomar conta da nossa menina como nós imaginamos.

Eu olho nos olhos de Noah e lágrimas escorrem por seu rosto. Ele me dá aquele seu sorriso de menino, os olhos ainda mais verdes, se é que isso é possível.
– Nós temos mais uma coisa para contar – eu falo e Noah passa os braços ao redor do meu corpo, daquele jeito que me faz sentir protegida. – Parece que eu não vou enfrentar a dificuldade que a mamãe passou para engravidar de mim. Daqui a cinco meses vocês vão ser vovôs!

Wendy e Marco nos abraçam, todos nós muito emocionados com as novidades, e sentamos para conversar sobre o que estávamos planejando para o futuro.

Um dos nossos planos envolvia nossa festa de noivado, que está acontecendo hoje. Noah fez questão que fosse em nossa casa de Santa Monica, para onde mudamos em poucas semanas.

Olho ao redor e vejo todas as pessoas que são realmente importantes em nossa vida. Amigos e parceiros de negócios de Noah, Wendy e Marco, Krys e Ben, Heyoon, Lamar e Josh, até mesmo os meninos da The Band estavam aqui. Bailey fez questão de vir e nos parabenizar e ainda trouxe para nosso bebê um presente que amamos: um macacãozinho escrito “Bebês roqueiros não dormem a noite toda”.

Graças a Deus, Noah e Bailey se reconciliaram e se tratam respeitosamente. Eu decidi voltar a cantar no After Dark, às sextas, até a gravidez estar mais avançada, e seria terrível se o clima continuasse ruim entre os dois.

A festa estava animada e o dia ensolarado contribuía muito. Apoio-me na mureta do deque e viro em direção à praia, olhando a vista maravilhosa do Pacific Park com a nossa roda-gigante. Penso no quanto eu estou feliz, e sinto as mãos fortes do meu noivo passarem pelo meu corpo, me envolvendo em um abraço apertado.

– Hey, baby. Está tudo bem? Está sentindo alguma coisa? – ele pergunta preocupado.
– Não, amor. Estava só aqui, olhando a nossa vista e pensando em você.
– Não vejo a hora de essa gente toda ir embora para a gente poder ver outra vista, sozinhos – ele fala e eu solto uma gargalhada.
– Amor, você viu outra vista antes do pessoal chegar aqui.
– Ah, mas eu nunca me canso da sua paisagem – ele dá uma piscada para mim, com um sorriso de lado. Eu não resisto e o beijo.
– Sabe o que eu estava pensando? – pergunto, me afastando um pouquinho.
– O quê? Que você não consegue ficar longe de mim e do meu corpo sedutor?
– Não, seu bobo. Que ano que vem, nessa mesma época, seremos nós quatro aqui nessa casa.
– Quatro?! Você não vai me dizer que vamos ter gêmeos, né? Oh, meu Deus… se forem duas meninas… – Esqueceu do Pepper, seu fiel escudeiro? – eu pergunto, rindo do desespero dele.
– Que susto, baby! Achei que eram dois bebês – ele sorri, parecendo mais aliviado. – Sabe o que eu acho, futura sra. Urrea?
– O que, sr. Urrea?
– Que esta será uma família linda e feliz.

Ele me beija, apaixonado, naquela tarde inesquecível, com nossa roda-gigante como testemunha.
Sim, esta será uma família muito feliz.

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só falta 1 cap para acabar tô triste

aí lindíssimos

louca por você >noany< (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora