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Retiro os braços do Newt, com cuidado, da minha cintura e saio da gruta. Tenho de ir buscar o medicamento para ele, sei que é arriscado mas tem de ser. Como já só faltam 3 tributos, posso ter a sorte de não encontrar nenhum pelo caminho. Caminhei ao longo do bosque até encontrar a clareira onde, no centro, se encontrava a Cornucópia. Desta vez, ela não tinha armas e os pedastais à sua volta já lá não estavam. À frente da construção estava uma mesa com 3 sacos, com os números 2, 9 e 12. Os do Distrito 1 também devem querer ir juntos para casa.

De repente, o rapaz do Distrito 9 aparece a correr em direção aos sacos e eu escondo-me nos arbustos para ele não me ver. Ele pega no seu saco e corre a toda a velocidade para o bosque à sua frente. Uns segundos depois de ele se ter ido embora, eu saio cautelosamente do meu esconderijo e desato a correr para a Cornucópia, com a espada à mão. Agarro no saco com o número 12 e viro-me para voltar para as árvores, mas um machado acerta-me na testa e eu caio no chão. O sangue escorre rápidamente pela minha frente e a rapariga profissional, Clove, avança até mim. Eu levanto-me mas ela puxa-me de volta ao chão e imobiliza-me.

-Olá, boneca. Há algum tempo que não nos víamos. Queria agradecer-te por teres matado a Glimmer, ela só distraí-a o Cato. E por falar no Cato, ele contou-me sobre o teu amiguinho... Como é que ele se chamava? Oh sim, era Chuck, não era?-diz ela trocista.

Eu contorcia-me e a minha cara expressava a raiva que sentia. Como é que ela se atreve em falar do Chuck.

-O que tens no teu saco? É para o teu namoradinho, não é? Consigo perefeitamente imaginar o que se passa agora que estão sozinhos á noite. "Aaaaahhhh...Ne...Newt...aaahhh...ssii...siimmmm...".-troça ela a tentar imitar a minha voz.-Sabes, se calhar, antes de o matar, poderia aproveitar-me um bocadinho dele. Ele até que é giro.

-Vai-te lixar!!!

-Eu prometi ao Cato que se ele me deixasse matar-te, o público teria um bom espetáculo. Uma morte lenta e dolorosa...

Ela pega na sua faca e aproxima-a perigosamente dos meus lábios.

-Não vais precisar deles para beijar o teu Newtie.

Isto já foi longe demais! Eu cuspo sangue para a cara da rapariga e ela, com nojo, afasta-se. Eu aproveito para me levantar, pego no colarinho da camisa de Clove e atiro o corpo dela violentamente contra a Cornucópia repetidas vezes.

-CATO!! CAATTOO!!!-grita ela em desespero.

Depois da quinta vez, ela cai no chão com a cabeça a sangrar e ouve-se o canhão.

-Clove?-chama a voz distante de Cato.

Eu corro para o bosque antes que ele me veja e não paro de correr até chegar á gruta. Newt ainda dorme e eu aproveito para examinar a minha ferida. Era funda e não parava de sangrar. Newt acorda e lha para mim assustado.

-Cassie?

E eu desmaio

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E eu desmaio.

---3 horas depois---

-Cassie? Cassie! Por favor acorda...

Abro os olhos lentamente e vejo o Newt debruçado sobre mim, logo a seguir de sentir uma dor enorme na testa.

-Newt?

-Cassie! Estava tão preocupado. Tinha medo de que não voltasses a acordar.

-O que... o que aconteceu?

-Assim que acordei, vi-te a sangrar da testa e a desmaiar. Fiquei mesmo preocupado. Ao pé de ti estava um saco com o medicamento e eu coloquei em ti e de seguida em mim. Porque é que te arriscaste? Prometeste que não ías á Cornucópia.

-Teve de ser. A tua ferida podia piorar. Desculpa...

-Não faz mal. Salvaste-me.

Ao mexer-ne um bocadinho, a dor aumenta e eu deixo sair umas lágrimas.

-Dói.

-Aguenta só mais um pouco, princesa. O medicamento deve estar quase a fazer efeito. Eu estou aqui para ti.

-Amo-te.

-Também te amo.

𝑻𝒉𝒆 𝑮𝒊𝒓𝒍 𝑶𝒏 𝑭𝒊𝒓𝒆 » 𝑁𝑒𝑤𝑡Onde histórias criam vida. Descubra agora