Estive a caminhar nestas últimas 5 horas à procura de algum indício do Newt. Ainda nada.
Sento-mo numa rocha ao pé de outro lago, desiludida com a minha busca. Pego numa pedra e atiro-a com toda a minha força ao lago. Ao baixar a mão para apanhar outra pedra, sinto algo de papel. Baixo o olhar e vejo um desenho um pouco manchado se sangue que me deixa em choque.
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Sou eu...
E este é o traço do Newt... Ele esteve a pensar em mim este tempo todo... Acho que ele me ama a sério. E acho que eu também...
Ver aquele desenho deu-me forças e esperança de encontrar o Newt. Levantei-me e continuei a caminhar, mas não sem antes ter guardado o desenho no meu bolso.
---2 horas depois---
Estou cansada, dói-me os pés e tenho frio.
O sol (se aquilo for mesmo o sol) já se escondeu entre as árvores da Arena e a lua é quem ilumina o bosque agora. Encontro um sítio escondido e faço uma cava na terra para poder dormir mais confortável.
Depois de algumas horas a descansar, abro os olhos pois sinto a presença de algo. Levanto a cabeça e, um metro á minha frente, paira uma névoa esverdeada que avançava lentamente na minha direção. Sem saber como reagir, eu fico a olhar para ela e uns segundos depois estou no meio dela.
Levanto-me devagar com intenção de ir embora pois cheira-me que ela traz problemas. Mas, ao respirar, aquela cor esverdeada foi inspirada por mim. Uma sensação de debilidade apoderou-se do meu corpo e sentia a cabeça mole. Corri lenta e penosamente para longe daquele lugar mas quando dou por mim, a estranha névoa já ocupa todo o bosque. Uma enorme dor de cabeça apoderou-se de mim e senti o sabor a sangue na boca, cujos lábios secaram.
Deve ser tóxica. Não a posso respirar.
Mas era tarde de mais. A minha visão ficou nublada, respirar tinha-se tornado difícil e o sangue já escorria pelo meu queixo. A última coisa que vi antes de desmaiar foi uma figura humana a aproximar-se de mim.
---3 dias depois---
Abro os olhos lentamente. Está sol e ouvem-se os pássaros a cantar nas árvores da Arena. Pequenas gotículas de suor descansam na minha testa. Sinto os lábios totalmente secos e cheios de cortes e se eu sorrisse ou falasse, sairíam gotas de sangue. A cabeça está pesada e não tenho forças para me mexer, mas mesmo assim tento sentar-me.
-Não te mexas, estás muito fraca.- diz uma jovem voz masculina, cujo dono me deita outra vez no chão.
