13.
Dois anos com ela
Sendo e vivendo cada momento.
Eu respirava e sentia meu mundo se embriagar pelo sabor dela
Eu a vivia todos os dias.
Conquistas, derrotas
Percas...
Uma viagem para comemorar.
Ilhabela o destino.
Uma balada um dia antes
Ela embriagada.
Cuidei dela pelo decorrer da noite
Dormimos na casa da sua tia
Pela manhã estávamos partindo.
Sempre chegando em cima da hora,
Era nosso costume já.
Sem pousada, sem um lugar para dormir
Eu queria apenas proporcionar lembranças boas e viver com ela aquele momento.
Era 24 de Janeiro, ano de 2016.
Descemos em São Sebastião.
De lá pegaríamos a balsa.
Um festival de verão,
Música ao vivo,
Bebida e comidas.
- Aceita um cachorro quente?
- Só se você montar. – Enfatizei.
Ela montou e nos sentamos no deque, com duas cervejas.
Observamos os cruzeiros e as balsas
O vai e vem manso da aguas escuras
O brilho das estrelas e de uma lua cheia.
Ela me beijou e eu deixei-me levar pelo momento.
Ao incliná-la um desastre:
- Você derrubou o meu cachorro quente!
Ela berrou e caímos numa gargalhada estridente
Ofereci o meu e dei-lhe um abraço.
O show acabou, era mais de uma da manhã.
Pegamos a balsa para Ilhabela
Deitamos sobre a areia e fizemos amor.
Esperamos o dia amanhecer ansiosas
. Meus castanhos mais claros que o normal,
Carregavam a alegria de tê-la e pertencê-la.
Buscamos uma pousada assim que o sol se fez mais forte.
Um longo e demorado banho juntas
A água escorria pelo nosso corpo
E as mãos faziam a sua tão conhecida função
Passeavam, tateavam, apertavam.
Os lábios desciam pelo pescoço
Clavícula, ombros, seios, tórax.
Nosso intimo se inundava de prazer...
Literalmente molhadas, em todos os sentidos.
Penetração, atração.
Orgasmos múltiplos.
Terminamos de nos banhar e vestir.
Ilhabela nos esperava
Agora com suas águas hora azuis, hora verdes.
Entramos com roupa e tudo na água
Ela me segurou pelo medo que eu tinha por não saber nadar
Ria do meu desespero cada vez que uma onda quebrava em nosso corpo.
Éramos uma.
Junção de um todo
No paraíso de amantes
Nas idas e vindas das águas
Erámos nós, um nó.
Junção de mundos diferentes em colisão
Formando uma única poeira cósmica em meio à vasta galáxia
Éramos sem vestígios, com marcas de amor
E pegadas apagadas na areia pela água do mar.
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Ékleipsis
Poetry"Efêmera", título de uma canção que deu inicio a um ciclo, onde eu definitivamente me perderia. Bem, tratar de amor e de dor é o que a maioria das pessoas tentam fazer ao longo da vida, submersas em livros de romance ou mais uma dose de qualquer des...