Ékleipsis

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15. 

Águas turvas sempre voltam para o mesmo rio

Assim como a chuva sempre me traz ela.

O meu estado febril lembra seu corpo

Quente em contato com meu

Abraçadas, quase uma sublimação

Ela cuidava de mim com apreço,

Ela tentava da melhor forma e conseguia.

Porém, somos sempre atraídos por uma força maior.


E surgiu então um outro astro entre nós

E eu que achava que ia dar tudo certo

Que a colisão não ia me causar danos...

Engano!


Meu Karma passado ressurgiu,

Com uma força impetuosa pedindo uma volta

Uma outra chance...

Mas eu já havia me curado dos danos passados

Eu precisava mostrar isso para ela...

Eu já pertencia à outra por mais de meses,

Anos...


- Farei um encontro entre eu, você e ela.

- Tem certeza?

Afirmei e franzi o cenho.

- Preciso mostrar que não tem como termos mais nada.

Ela abaixou a cabeça.

Prometeu-me não fazer nada.

Eu chorei e ela disse me amar.


O dia veio coberto de nuvens cinza

04 de Julho.

Um campo aberto.

Meu Karma, e minha Lua

Um presente e um passado ocupando o mesmo espaço

Diante dos meus olhos vi a fúria.


Dois corpos celestes

Uma colisão

Eu, como alvo.


O fascínio fez com que o rancor caísse.

Porém, a fúria e o desejo estavam lá

Minha Lua já conhecia o Karma

E se aproximou de mim por causa dela.


Eu nunca fui à primeira opção!


Um local aberto,

Garrafas de bebidas

- Ficaria com duas ao mesmo tempo?

Meu coração vacilou.

- Sim. – A outra respondeu direta.

- E o que acha de um trio hoje?

- Topo.

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