𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻 𝗴𝗶𝗿𝗹 | 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍

༶༝☆༝༶ twenty six

S I N A D E I N E R T

— Mãe?

Corro para abraçá-la. Com meus óculos escuros, ela não via meus olhos lacrimejados ao vê-la.

— C-como você me achou? — me desvencilho do abraço.

— Bom...

— SINA!

— SOFYA! — me ajoelho para abraçar a pequena de cabelos loiros que correu até mim. — Oh meu deus, você está enorme!

Sorrio em meio as lágrimas.

— Senti sua falta! — fala.

— Eu também. Eu prometi que eu voltaria, cai estamos nós.

Sinto alguém me abraçar por trás.

— Sisi...

Sabia que era Joalin. Apenas pelo jeito de me chamar.

Quando éramos pequenas, ela não conseguia pronunciar meu nome e passava a me chamar de "Sisi". A mesma nunca deixou de me chamar assim.

Me viro para ela, e coloco uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.

— Jojo...

Minhas duas irmãs me abraçavam. Deus, eu senti tanta falta delas.

Minha mãe sorria ao ver a cena e logo nós quatro, dávamos um abraço coletivo.

Eram a minha família. A que Adam me fez afastar.

Minha mãe logo pega em meu rosto, delicadamente, e retirava meus óculos.

Encarava o rosto de minha mãe. Suas olheiras de cansaço, seus olhos lacrimejados... Mas o mesmo sorriso de sempre, os mesmo olhos azuis esverdeados de quem eu herdei.

— Me perdoe, Sina... — dizia.

— Mãe...

— Não... Estávamos convivendo com um monstro, que atacava você. E eu não queria perceber... Adam afogou na bebedeira e nas dívidas e eu afoguei quando você foi embora. Sina, minha filha, eu tenho tanto orgulho da mulher que você se tornou hoje. Eu te amo, e me arrependo todo dia por ter caído na lábia de Adam. Filha eu...

Antes que ela continue, eu a abraço.

— Está tudo bem mãe, você só queria manter uma família para Sofya e Joalin.

— Para você também...

— Adam nunca foi minha família mãe. Ele era apenas seu esposo e pai da Sofya e da Jojo... Eu não me encaixava nisso, e nem queria.

Vejo o táxi que eu pedi pelo aplicativo chegando. Rapidamente seguro a mão de minha mãe.

— Venha comigo. Você, Sofya e Joalin. Venham comigo para Los Angeles!

— Sina... Nem compramos as passagens querida.

— Então você viria?

— Sim... Adam é um mostro, não ia querer passar nem mais um minuto em Karlsruhe. Viemos te visitar, fomos até seu hotel, que você me contou o nome em uma ligação, e te vimos saindo... Logo, te seguimos até aqui. Queremos recomeçar também, mas vamos com calma. Agora vá... Em breve eu te encontro em Los Angeles. — beija a minha bochecha e me abraça.