༶༝☆༝༶ forty five

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S I N A  D E I N E R T

Incrível como tudo pode mudar tão rápido. Minha intimidade ainda pulsava querendo mais contato de Noah. Meu coração ainda estava disparado.

Achei que seria apenas uma ligação qualquer, mas Noah começou a chorar.

— Você está mentindo, Marta.... Ele não.. — não completou a frase.

Ele não disse nada depois, acredito que estava ouvindo o que Marta dizia no outro lado da linha.

Desligou a chamada e jogo seu celular no chão, perto de meus pés. Me assusto com o ato e vejo ele enterrar suas mãos em seu rosto, e seu choro escoa pelo carro.

— Noah... — o chamo e toco em seu ombro. — O que aconteceu? — pergunto receosa.

Ele não responde, pega em minha cintura e me puxa para perto. O aperto contra o meu corpo e Noah esconde seu rosto na curva do meu pescoço.

— Por favor... Não me abandone. — diz com a voz embargada. — Não me abandone igual ele fez...

Sinto meu pescoço molhado com as lágrimas dele. Acaricio seu cabelos e pergunto novamente:

— Noah o que aconteceu?

— Meu pai morreu, Sina!

Arregalo meus olhos. Agora tudo estava explicado. Aperto Noah contra mim.

— Não vou te abandonar. — falo. — Onde Marta está?

— No hospital.

— Vamos até lá, Noah! — digo e ele se afasta de mim brutalmente.

— Não... Não posso. Não vou conseguir ir até lá, sabendo que meu pai está morto. Sina... — me olha, seus olhos vermelhos por conta das lágrimas. — Ele morreu com raiva de mim... Sem orgulho de mim! — soca o volante diversas vezes e lágrimas escorriam de seus olhos.

— NOAH PARA! — grito segurando seus pulsos.

Olho bem no fundo de seus olhos, não tinham mais o brilho que estava antes. Estavam escuros e sombrios.

Rapidamente, saio do carro e via Noah pela janela com a cabeça baixa. Abro a porta do carro no lado em que ele estava, meu namorado me olha confuso.

— Vou te levar até o hospital. Você não está em condições para dirigir.

— Eu não quero ir...

— Você vai se arrepender depois, confie em mim. — seguro sua mão.

Ele beija as costas da minha mão e sai do carro e fica frente a frente comigo. Colo seu corpo no capô do carro e seguro seus braços, os acariciando.

— Independente do que falarem quando a gente chegar no hospital, eu vou estar aqui... Noah, você não está sozinho. — deixo um selinho demorado em seus lábios.

Pergunto o nome do hospital e ele disse que Marta falou que era o Cedars Hospital.

Felizmente, conhecia o hospital e Noah entrava no banco de passageiro ao meu lado. Ficou encolhido o trajeto inteiro, ouvia seu choro baixo e suas mãos tremiam.

Dirigia com pressa. Estava angustiada por vê-lo desse jeito. Ao primeiro sinal ficar vermelho, olhava para o lado e Noah apertava seus punhos.

Passo as mãos por suas costas e chego aos seus punhos. Seu corpo deixa de ficar tenso com meu contato. Noah relaxou os punhos e o sinal abriu.

Dirigia com atenção e via o grande hospital na rua. Estaciono o carro no lado de fora do hospital, e Noah abre a porta e sai do carro rapidamente.

𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻 𝗴𝗶𝗿𝗹 | 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍Onde histórias criam vida. Descubra agora