Sem vida

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Narrado por Jadson.


Acordo da mesma forma que dormimos na noite passada, eu não conseguia olhar para William, meu peito doia, não por ele está com a cabeça nele, e sim pois eu sabia que ele havia me deixado, sinto o corpo gelido de William sobre o meu, meus olhos já davam sinal que não ia aguentar e botaria todas as lágrimas para fora, virei ele lentamente, me sento na cama e já sentia as lagrimas caindo dos meus olhos, ele estava lindo como sempre, sua pele branca, seu lábio rosado que agora estava meio roxo, aquela linda boca que me dava beijos apaixonados mas que não daria mais, toco em seu rosto e ele estava gelado e sem vida, eu só queria que isso fosse brincadeira dele, e que ele abrice os olhos gritando que era brincadeira e que me amava, mas o pior é que eu sabia que isso não iria acontece, eu começo a chorar, chorar muito, me deito e coloco minha cabeça em seu peito, minhas lagimas não parava de cair, eu não conseguia grita, eu não tinha forças, eu aperto ele forte, não sei por quanto tempo permaneci ali.

ー PAPAI.

Escuto Bruno chamar, limpo minhas lagrimas respiro fundo e saio do quarto e vou ate o dele que fica do lado, ele estava sentado na cama com a cabeça baixa, então ele olha pra mim.

ー Ele já foi né papai!? ー Sua voz estava triste, não era animada quanto antes.

ー Já sim meu filho, agora ele não vai sentir mais dor. ー Eu começo a chorar.

ー Posso ver ele?

Concordo com a cabeça.

Vou até a cama e ajudo ele a descer, seguro sua mão e levo ele até o nosso quarto, ele chega bem pertinho da cama e alisa o rosto de William, ele sobe na cama deita encima de William e começa a chorar, meu peito parecia que ia explodir vendo aquela cena, tento segurar o choro mais era impossível, eu não conseguia acreditar que ele foi embora, eu não sabia o que fazer pra quem ligar, parecia que o mundo havia parado, escuto o celular de William tocar, era Luz na ligação, ela sempre ligava pra ele pela manhã.

ー Olá meu amor, como você tá? ー Sua voz estava bem animado.

ー Oi luz, aqui é Jadson.

ー Oii Jadson, sua voz esta estranha como se tivesse chorando, não me diga que ele...

Começo a chorar, ela grita chamando Rachel, e encerra a ligação.

Era exatamente 3:24 da tarde, estavamos no cemitério, o corpo de William estava sendo velado, parace que eu estava no piloto automático, eu não vi as horas passarem, eu não vi o tempo passar, eu acho que dormi no mínimo duas horas, e não sinto sono, eu não sinto nada, apenas uma dor terrivel. Bruno que é todo alegre e animado, estava sempre quieto e não soltava o gorro favorito de William, o tempo estava fechado. Veio todos nossos amigos aqui, só quem não pode vim foi Peterson que quando estava vindo passou mal e Patrick ele tava trabalhando, Luz ela tava bem mal, Bruno estava do meu lado, então ele segura minha mão e olho para ele.

ー Papai. ー Ele faz um sinal para que eu me abaixasse.

Ele chega bem perto do meu ouvido e fala.

ー Olha o papai. ー Ele aponta para um banco que não estava muito longe.

Olho na direção que ele apontou, era ele, ele estava usando o terno que usou no nosso casamento, ele tava lindo, ele tava sorrindo, aquele sorriso lindo que ele tem, então aos poucos ele some, e o tempo que estava fechado, fica ensolarado e com um lindo arco iris. Por um curto periodo eu sorrir, eu fechei meus olhos e pude ver todas as nossas lembranças, todos os momentos maravilhosos que vivemos, sua risada, tudo, quando acabou todos voltaram para suas casas, Luz e Rachel foram lá pra casa mais não ficaram muito tempo, quando elas foram embora parece que a casa não era mais a mesma, o silêncio, então o sorriso dele aparece em minha mente, Bruno tava deitado com a cabeça na minha perna, eu estava fazendo carinho na cabeça dele.

ー Filho você precisa comer algo, não comeu nada o dia todo.

ー Você também não, nem ontem comeu nada.

ー Estou sem fome. ー Dei um beijo em sua testa.

ー Se você comer eu como. ー Ele sorriu.

Fiquei olhando para ele e sorri. ー Tá certo, vamos comer.

Fiz algo para a gente comer, enquanto comíamos ele fazia algo para tentar fazer eu rir, ele tava conseguindo, agora era só nos dois, os primeros messes foram os piores, eu sempre tava chorando, cada canto daquela casa me lembrava ele, foram momentos horríveis, meus amigos e principalmente Bruno me ajudou bastante, depois de cinco messes eu voltei a trabalhar, e tentava seguir minha vida, tava sendo um pouco difícil, mais eu tava conseguindo, eu me dedicava mais ao Bruno, passava o maximo de tempo com ele.

O tempo passou rapido, semana passada eu completei 53 anos, vai fazer cinco anos que ele nos deixou, ainda sinto sua falta, não consigo falar dele sem derramar um rio de lagrimas, no meu aniversário, vinheram todos, foi muito bom, sempre choravamos quando nos reuniamos, era impossível não lembrar dele. Bruno já tá enorme, ele esta com 10 anos, ele tá grandão, hoje dia ele usa o gorro do pai, é o xodó dele. Estou me arrumando para dormi, amanhã tenho uma reunião importante.

Acordo assustado, eu tive um sonho com William, eu sonhava sempre com ele, mais esse foi diferente, ele estava deitado comigo e dizia " Não vá pela rua que você sempre vai, vá por outra". Então eu pergunta o porque. E ele falava "Me promete", e eu falei que sim, então ele sorri e me beija minha bochecha, foi tão real, olho no celular e estava na hora de levantar, chamo Bruno e tomamos café, decido ir por outra rua, seria mais distante, mais eu chegaria a tempo da reunião, mas pela minha infelicidade havia um trânsito horrível, e que pelo visto iria demorar bastante, eu não poderia esperar tanto, eu teria que ir pela rua que sempre vou, já na rua paro em um semáforo.

ー Pai, eu sonhei com o papai.

Olho para lado, achei estranho por ele ter sonhado com ele também.

ー Como foi o sonho?

ー Ele falou que não era pra irmos por essa rua.

Aquilo me assustou, quando olho para frente vem um caminhão em alta velocidade, olho para bruno e abraço ele.





Espero que estejam gostando seres de outro mundo

[ Ate o próximo capítulo ]

Beijos😘😘

I LOVE YOU BEBYS

(☆^ー^☆)


Obs: vocês não imaginam o quanto eu chorei escrevendo esse capítulo 😭

o reformatório (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora