[22] Seguindo o Rastro

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Boa leitura:

Jackson e seu ômega deixaram a côrte e, mesmo recebendo diversos olhares de censura, Jisung se sentiu leve e com o coração tranquilo. Não havia mais nenhuma possibilidade de ser separado do seu alfa, não haveria tribunal e julgamento, não haveria forca. Ele não seria condenado por ter livrado a humanidade de um ser tão asqueroso quanto o Tenente Jo.

Assim que viramos na curva do último corredor, encontraram o Almirante Zhang e ele fez questão de os cumprimentar com a mesma cortesia de sempre, ao contrário dos demais Oficiais da coreana que resmungavam enfurecidos em um tom não muito alto, mas o suficiente para que o ômega pudesse ouvir. 

Nenhum deles ousou lhe dirigir a palavra ou qualquer ato ameaçador, e mesmo que tentassem, Jisung tinha cinco motivos para o autocontrole deles: sua katana, a pistola, seu arco, seu punhal e o caçador ao seu lado. Não estava tentando soar convencido nem nada do tipo, o ômega estava ciente de que os oficiais somente permaneceram quietos porque estavam com medo de Jackson, mas em sua consciência ele sabia o quanto já treinou e evoluiu em suas habilidades. 

Jackson sendo o caçador experiente que é, acredita fielmente no seu potencial e isso quer dizer muita coisa. Jisung sentia a necessidade de provar a si mesmo que ele não errou em confiar em si.

— Olá, Pérola — ele se aproximou dos cavalos que estavam juntos um ao lado do outro no comedouro, e fez carinho na égua. — Você comeu tudinho?

— Está conversando com o cavalo? — Jackson perguntou olhando-o como se ele fosse louco.

— É uma égua — Jisung o corrigiu outra vez. — E sim, eu estou conversando com ela, algum problema?

O caçador ergueu as mãos e negou balançando a cabeça. Ele subiu no cavalo, indicando que o ômega fizesse o mesmo e girou a guia fazendo o animal virar a cabeça de forma grosseira.

— Você devia cuidar melhor do Bolinho. — Jisung indicou, agora também montado.

— Bolinho? — Jackson olhou para o cavalo e depois para o ômega novamente. — Você deu um nome ao meu cavalo?

— Uhm… veja a cor dele, é muito bonito. Tem a pelagem clara e é mais escura nas crinas e nas patas. Parece um bolinho com calda de chocolate — ele explicou e alfa continuou pasmo, então guiou a Pérola para se aproximar dele e mudou de assunto: — Quem é o alvo?

Jackson o estudou por um tempo antes de responder:

— Seu nome é Sho Kimura, um alfa entre quarenta e cinquenta anos, sem família. Foi visto pela última vez há algumas semanas, seguindo para o norte após vencer em um jogo e receber uma fortuna.

— Será o nosso caminho, então? — Jisung perguntou observando a estrada à frente. O caçador assentiu. — O norte… e depois?

— O que você sugere? — Jackson

 estava fazendo com que seu ômega aprendesse a rastrear alvos sozinho, incentivando-o a sugerir opções, mesmo que ele já tivesse ideia de onde o alvo estava.

— Eu acho que, uhm… — Jisung levou um tempo pensando nas informações dadas pelo caçador. — Um alfa de idade intermediária, com bastante moedas no bolso… talvez bordéis? 

— É uma boa suposição. — Jackson sorriu orgulhoso, esperando que seu aprendiz indicasse um caminho.

— Então você que ele rumou para o sul e pegou alguma embarcação para Folsom? 

— Você conhece Folsom?! — O alfa ergueu as sobrancelhas.

— Não! Ah, céus… meu irmão me contou sobre como essa ilha é… — Jackson permaneceu estudando-o pensativo, e quanto mais ele o encarava mais constrangido com o assunto o ômega se sentia. — Enfim, Kimura deve ter… e-ele… por que está me olhando desse jeito?

Hunter - Jacksung (ABO) Era de Ouro da Pirataria - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora