[35] O Plano

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Boa leitura:

Embora Louise tenha sido uma ótima anfitriã desde que o ômega entrou em sua casa, Jisung não se sentia à vontade em ambientes como esse. Algumas lembranças desagradáveis, infelizmente, envolvendo seu pai.

— Este é o seu alfa? — Jisung perguntou, mostrando uma pintura na parede.

— Sim — O sorriso de Louise se alargou, mas em seguida diminuiu. — Com essa agitação constante entre o povo, ele passa mais tempo trabalhando do que em casa.

— Eu sinto muito… — sentaram num sofá próximo a uma janela. — E os bebês, quando virão?

Louise ficou tão vermelha quanto um tomate. Ela cobriu o rosto com as mãos e balançou a cabeça.

— Jisung! Que assunto inapropriado. Não devemos…

— O quê? Vocês Já...?

— Menino! — Ela olhou para os lados com medo de que alguém estivesse ouvindo, e então respondeu em baixo tom: — Sim…

Batidas na porta interromperam a conversa por um breve momento. O mordomo entrou trazendo mais chá e biscoitos, tinha até um pequeno arranjo com flores na bandeja. Ele não demorou muito e logo se retirou.

— Ele é um amor — Jisung comentou, sobre o mordomo.

— É sim. Muito atencioso — Os olhos de Louise arregalaram-se e o sangue deixou seu rosto quando ela gritou alto e agudo — Aaaah! Guardas!

Jisung olhou para trás assustado e viu Jackson na janela perto do sofá, pulando para dentro do escritório. Enquanto o caçador examinava seu ômega em busca de qualquer machucado, a porta do gabinete foi aberta abruptamente e vários guardas entraram de uma vez, com suas armas apontadas para eles.

Jackson puxou a katana e Jisung  colocou-se na frente dele, na intenção de protegê-lo.

— Louise! Ele é meu alfa!

— Eu sei, mas ele me assustou de verdade. Na última vez ele queria… 

— Ele não está aqui pra matar ninguém, só ficou preocupado comigo… — à medida que explicava a situação, Jisung segurou na mão que o alfa empunhava a katana, para acalmá-lo um pouco. — Guarda isso, Jackson! Pelo amor…

— Saiam — Louise ordenou aos guardas, e eles saíram sem questionar. — Não será muito bem visto um desconhecido aqui, quando o meu alfa não está em casa.

O medo da ômega foi se dissipando, conforme  ela percebeu que Jackson estava alí única e exclusivamente por Jisung. Ele sequer deu atenção ao que ela falou e nem olhou para ela.

— Eles foram embora — Jackson afirmou. — A localização deles foi comprometida.

Jisung sabia que ele estava falando do Kunta e seu grupo, e não fez mais perguntas naquele momento, porque não estavam sozinhos.

— Hendrik está aqui… 

Jackson olhou para Louise e depois para seu ômega:

— Vamos. — Ele o puxou para a janela.

— Eu não vou sair pela janela — Jisung puxou sua mão de volta. — Essa casa tem portas, sabia?

— Se não querem ser vistos pela entrada principal, podem usar a passagem dos criados — Louise ofereceu. — Fica na cozinha. Eu vou mostrar.

Jackson  aceitou a contragosto, mas em questão de minutos, Jisung e ele estavam pegando a estrada mais uma vez. Sem o auxílio de carruagens e cavalos, e sem um destino certo.

Hunter - Jacksung (ABO) Era de Ouro da Pirataria - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora