Capítulo 6

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POV ADUA

Acordei por volta das 9 da manhã, e passei um bom tempo deitada na cama, olhando para o teto, pensativa. Ao mesmo tempo que o tempo livre que tinha por não estar fazendo parte de nenhuma filmagem de novela era bom, também me deixava muito ansiosa por não estar trabalhando. E principalmente com Giuliano longe, me fazia sentir sua falta ainda mais. Havia deixado uma mensagem em seu WhatsApp antes de dormir na noite anterior, e ainda aguardava sua resposta. Resolvi mandar uma foto para ele, dizendo como ele fazia falta, e que já estava contando os dias para sua volta. E assim que me preparava para levantar da cama, o celular tocou. Era ele. Abri um sorriso e atendi.

Conversamos por quase 1 hora, ele me contou sobre os lugares incríveis que já havia visitado, e me disse como queria que eu estivesse com ele. Contei a ele que estava indo encontrar duas amigas, e ele me disse para não ficar muito de bobeira durante o dia e ser produtiva. E ele tinha razão, mesmo não estando em nenhum projeto, eu devia focar em estudar para possíveis papéis futuros. Nos despedimos para que ele pudesse ir dormir. Esse fuso horário estava sendo bem difícil para nos comunicarmos, mas eu sabia que ele estava feliz e se divertindo, por isso evitava ficar mandando muitas mensagens.

Levantei da cama, comi algo leve para o café da manhã, e logo passei a me arrumar para o almoço com Dayane e sua amiga. Estava ansiosa para conhece-la, tinha certeza que seria uma pessoa divertida assim como Dayane, mas estava ainda mais ansiosa para encontrar com Dayane de novo. Mesmo que nós tivéssemos acabo de nos ver, eu já estava morrendo de vontade de conversar com ela novamente.

Terminei de me arrumar bem a tempo de ir ao restaurante. Giuliano havia deixado a chave de seu carro comigo, e me disse que poderia usá-lo apenas para emergências. Bom, isso não era necessariamente uma emergência, mas não queria ter que pegar o metrô e correr o risco de chegar atrasada. No caminho inteiro para o restaurante, cantei junto com todas as músicas que tocaram no rádio. Cantar também era uma outra paixão minha, mas Giuliano nunca me apoiara para seguir essa carreira, pois ele dizia que era muito difícil e eu provavelmente não iria muito longe, e que fazer tours era muito cansativo, e eu não aguentaria. Talvez ele tivesse razão, eu não gostava de ficar longe de casa por muito tempo, a vida na estrada nunca combinaria comigo. 

Cheguei no destino com 20 minutos de antecedência, e esperei dentro do carro o relógio se aproximar mais do meio dia. Fechei os olhos para curtir a música, e quando passei a cantar em voz alta, uma batida no meu vidro quase me matara do coração. Dei um pulo, coloquei a mão do lado esquerdo do peito, e quando me virei para ver o que era, Dayane estava gargalhando do lado de fora. 

-Dayane! - Falei brava, mas rindo ao mesmo tempo. - Quase me mata do coração. - Disse, enquanto abria a porta, ela continuava a rir.

-Desculpa, não resisti. - Ela riu. - Posso entrar? - E apontou para o banco do passageiro.

-Sim, claro! Depois de quase quebrar o vidro, fique a vontade. - Disse rindo também e fechei a porta novamente.

Assim que ela entrou no carro, eu senti o cheiro de seu perfume, e de alguma forma, aquilo me trouxe calma, e fez meu coração voltar aos batimentos normais. 

-Acho que calculamos o horário meio errado. - Ela me disse, apontando para o relógio do rádio, que ainda estava ligado.

-Pois é, eu achei que ia pegar mais transito.

-E eu achei que minha reunião iria demorar mais. - Ela disse, enquanto encostava a cabeça no banco e se esticava mais, ficando mais confortável. 

-Sua amiga já chegou também?  

-Ainda não, ela disse na verdade que vai chegar uns 40 minutos atrasada, tudo bem pra você?

-Claro, sem problemas, não estou com fome ainda. - Ela concordou comigo, e de repente passou a rir de novo. - Dayane... - Disse com uma voz manhosa.

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