Sentimentos

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Sentimentos são diversos e muitos indefinidos. Tentar entender todos eles numa só vida é quase impossível, e tentar senti-los numa só vida impossível é. Físicos ou psicológicos, bons ou maus. Sentimentos revelam sempre duas fases distintas, como uma árvore que se ramifica em ramos secundários até alcançar a mais distante folha, com uma fase coberta pela radiante e bela luz, e a outra ocultada pela fria e cruel escuridão. Para uns, sentir tudo à sua volta é o maior prazer que a vida lhes poderia dar, para outros seria o maior tormento, a pior das torturas que alguma vez poderiam ser sentidas. As infelizes fases que vivem aprisionadas à escuridão da vida nunca sentiram a liberdade da luz. Então... As sombras nunca terão o seu direito de brilhar? Nunca poderão mudar seu rumo? Todos nós somos passageiros, assim como aquilo que sentimos. Assim como a vivência eterna nas trevas não passa de uma cicatriz profunda, que nunca saberemos se algum dia desaparecerá de nós. Poder e querer. Muitas das vezes estas duas realidades enfrentam-se, intensamente, diante os nossos olhos desfocando o caminho o qual desejamos seguir, isto se não o ocultar por completo.

Ninguém escolhe em qual feição viver. Ninguém escolhe o que sentir. Uns dizem que está destinado, outros defendem a liberdade de escolha dos sentimentos. Nenhum lado está certo, nenhum lado está errado. Sem luz não existiria trevas, e sem trevas não existiria luz.

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