Capítulo 26 - Reunião

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13/05

Acordo no chão. Minha cabeça dói. Sento-me com certa dificuldade. Olho em volta; uma leve neblina diminuí parte de minha visão. A minha frente, somente flores brancas. Levanto-me e pego uma flor.

Reparo que ela está na frente de uma lápide. Porém, não consigo ver o que está escrito. Me aproximo para ver se conhecia de quem é a lápide.


É isso que você recebe quando deixa seu coração ganhar, whoa...

Sentou-se ainda dormente. Desligou o despertador no final do refrão, trocando de roupa ainda cantando, não tão alto como queria, não queria acordar seus pais com gritos desafinados. Vestiu o uniforme; uma camiseta cinza com a gola e a bainha das mangas negras; com um "R" dentro de um círculo, que tinha escrito o nome completo do colégio no lado esquerdo superior da camiseta. Vestiu uma jaqueta cinza, mesmo com o início da primavera, as manhãs eram frias.

Enquanto comia, pensou de quem poderia ser a lápide. Se tivesse visto de quem era, como reagiria se encontrasse com a pessoa?

Decidiu esquecer disso para não perder o horário da aula. Depois de terminar de se arrumar, saiu de casa e já viu Taylor a esperando em sua casa.

— Sábado Vincent foi conversar comigo. Não te queria dizer como foi a conversa por telefone ou pela internet. Resumindo, ele contou como Daniel era na prisão. Ele era um problema no começo, mas, no fim, estava triste, solitário e estava abatido, principalmente nos últimos dias.

— Você não consegue esquecê-lo, não é?

— Não, acho que nunca o esquecerei. Ele era meu irmão — disse um pouco ressentida — E estou com medo dos meus sonhos — parou de andar, fitando Taylor.

— Com medo dos seus sonhos? Por quê? Eles são somente sonhos Danielle. Ou são aqueles... — respondeu Taylor parando de andar também.

— Acredita que meu pai tem um irmão gêmeo? Ele também tem esses tipos de sonhos... Lembra o da prisão?

— Sim. Aquilo foi sinistro. Você sonhou com ele sem se lembrar dele — recomeçaram a andar.

— Pois é, e se encaixa certinho com a descrição. Sonhei com um jogo de beisebol. E parece que foi o jogo na qual tenho a foto.

— Mas, por que está com medo deles? Com o que você sonhou?

— Sonhei três vezes com um cemitério. Roupas negras, flores na mão.

— Será que não são sonhos comuns? Eu já sonhei várias vezes com cemitério, e sonhava principalmente antes e depois de visitar minha mãe.

— Sonhou muitas vezes?

— Sim, levava flores para ela ou conversava com a lápide.

— Mas, pareciam reais?

— Pareciam somente sonhos, normais — respondeu ela sorrindo.

— Meu pai disse que teve uma vez que ele e seu irmão gêmeo sonharam com um cemitério. Tudo muito real, assim como eu. E depois, um amigo deles faleceu...

Ela parou, e arregalou os olhos, assustada:

— Puta merda, sério?

— E ainda não consegui ler a lápide. Hoje, quando ia ler, o despertador tocou,

— Espero que não tenha meu nome — ela deu um leve sorriso.

— Pelo fato de não ter mais ninguém comigo, e nem flores, quem que conhecemos que não tem família? — indagou criando teorias, mesmo que sem sentido.

Perdida em Mentiras e Lembranças l Trilogia HauntOnde histórias criam vida. Descubra agora