Fαℓℓєn Angєℓ

Rosalie

    Depois de alguns minutos dirigindo, Bernardo parou o carro em frente a um portão. Desci do carro, pulamos o portão e percorremos todo o trajeto que vinha em seguida, até chegarmos a um campo abandonado e sem colheita alguma.
Lá havia uma placa de madeira mofada escrito "Welcome", e muitas outras placas que tinham nomes de vegetais que provavelmente haviam sido plantados alí.
- Afaste-se. - Ele me ordenou, deixando um grande espaço entre nós.
Bernardo desdobrou o papel, pegou uma vara de madeira e desenhou um grande pentagrama na terra. Começou a ler em voz alta frases que eu nunca havia escutado na vida, com um tom de voz semelhante a um sussurro.

O Céu já estava escuro, mas parecia escurecer mais ao passo que ele lia e tentava invocar. O solo estremeceu, e o pentagrama queimou, abrindo um grande buraco na terra.
- Quem ousa me invocar? - Uma voz gritou, em seguida revelando uma anja pálida, de cabelos pintados de roxo, asas negras e braços repletos de cortes. Ela segurava uma espada suja de sangue, aparentava ter uns 19 anos.
    Eu estremeci e senti um frio na barriga ao ver seu rosto, que tinha olhos completamente brancos e escorriam sangue. (foto)
- Eu te invoquei! - Bernardo a respondeu, de joelhos.
- Bernardo... Finalmente resolveu se juntar a mim novamente? Sabia que você faria a escolha certa. - Ela disse, muito calmamente, com uma voz tão sombria quanto ela, que intimidava qualquer um.
- Não, eu não resolvi isso, só preciso que você apresente o Submundo para ela.
- Lamento pela sua escolha precipitada. Mande a garota guardar essas asas.
- Toma meu casaco. -Bernardo me entregou um grande casaco Gap, e eu não entendi o motivo de ter que usá-lo.
- Belas asas você tem, garota. - Ela olhou para mim, com um tom maligno em sua voz. - Seria uma pena se alguém as queimasse.

Me assustei com as palavras dela, e antes que pudesse fazer qualquer pergunta, ela nos empurrou para dentro do abismo que ela mesma havia aberto no chão.