- Você é.... - Tentei dizer.
- Sim, um vampiro. - Ele falou, encostando a minha própria espada em minha garganta.
- Você não vai me matar, vai? - Perguntei, engasgando.
- Não é certo matar uma acompanhante no meio da dança, mas se você for uma caçadora talvez eu pense no caso.
- Então me solte.
- Só se você me disser o que você é e por quê está com essa espada.
- Tudo bem, eu sou... - Engasguei e fingi que ia dizer algo, fui escorregando pra baixo, mas ele estava atrás de mim com a espada e impediu.
- Você não vai escapar daqui, é melhor me dizer quem você é, Kora. Aliás, se seu nome verdadeiro for esse.
- Eu sou um anjo. - Falei, quase cuspindo na cara dele.
- Mentirosa! Quantas mentiras você ainda tem na manga? - Ele perguntou, encostando mais a espada em meu pescoço e rindo. - Garota, você acha que eu vou acreditar mesmo que você é um anjo? Nem cara você tem, e anjos não andam por aí com espadas querendo matar os amigos.
- Me-me desculpe. Eu sou um anjo caído, Dominik. - Gaguejei, com raiva e medo ao mesmo tempo.
- Por que tentou me matar?
- Por que você tentou me beijar.
- Ah, então você tenta matar todos os caras que querem ficar com você? Entendi.
- Se você tirar essa espada da minha garganta eu agradeceria, prometo que não tento te matar novamente.
- Tudo bem. - Dominik me soltou, mas segurou o meu braço. - Agora me explique tudo, Kora.
- Eu fiquei com receio de acabar gostando de você e você me abandonar no final, como faz com as suas garotas, então pensei nesse jeito de evitar o beijo.
- Uma garota normal me daria um fora.
- Eu não sou uma garota normal.
- É, eu percebi. Pelo menos você não é uma daquelas caçadoras malucas de vampiros.
- Então... Por que não me disse antes que era um vampiro?
- Pensei que você fosse uma garota normal.
- Então você estava querendo meu sangue? - Resmunguei.
- Não, sua louca! Só porque eu sou um vampiro não significa que eu queira me alimentar de todas as pessoas que conheço ou vejo pela frente.
- Tudo bem, me desculpe por ter tentado te matar.
- Um beijo não faria mal, anjinha. - Ele sussurrou, sorrindo de canto.
- Eu não estou a fim de gastar 2 litros de enxaguante bucal depois disso.
- Agora sim você está agindo que nem uma garota normal, Kora. - Ele disse, revirando os olhos, descontentado.
- Sua sorte é que todas as pessoas dessa festa estão bêbadas e não viram nossa luta.
- Você chamou aquilo de luta? Não passou de uma ameaça. Vamos continuar curtindo a festa.
- Mais tarde, tenho que ir ao banheiro. - Falei, tentando esconder minha fúria.
Peguei minha espada de volta, embainhando ela e a guardando, tinha que descontar minha fúria em alguém, não acreditava que Dominik tinha me apunhalado com minha própria espada e me feito ficar indefesa. Ele era apenas um vampiro, e eu uma criatura quase divina, não deveria ser tão fraca contra ele, devia ter usado meus outros poderes de anjo.
Bernardo não havia me contado o que acontecia com os poderes de anjo depois que íamos para o mundo mortal, porém eu ainda possuía alguns deles, como a capacidade de parar o tempo por alguns segundos, vôo, rapidez, cura de ferimentos e levitação de objetos. "Poderia usar todos eles para a vingança enquanto ainda os tinha", pensei.
Sentada numa mesa fora dos olhares de Dominik, peguei um drinque qualquer que estava lá, parecia um coquetel de morango, e tomei até aparecer uma garota loira de cabelos meio curtos, ela usava uma blusa branca e uma calça preta.
- O que está fazendo na minha mesa tomando o meu coquetel, garota? - Ela me perguntou.
- Querida, a resposta estava na sua pergunta.
- Devolva o meu e pegue um lá no bar. - Ela falou, apontando para o Barman.
- E se eu não devolver?
- Melhor não arranjar confusão comigo.
- Jura? Você não faz ideia de quem eu sou, melhor me respeitar. - Mostrei minha espada e a puxei pelos ombros até o banheiro, a fazendo de refém. Ela não se mexeu, e fez uma cara meio chorosa, odeio garotas mimadas que ficam choramingando.
- Por favor, não faça nada comigo! - Ela chorou, com o rosto todo vermelho.
- Se você tivesse ficado quieta e me deixado tomar o coquetel, nada disso teria acontecido, é uma pena que você tenha me encontrado num péssimo dia, na hora errada e no lugar errado.
- O que vai fazer comigo? Eu imploro, não me mate! - Ela gritava.
- Vou fazer isso.
Falei, indo rapidamente até ela e cortando os dois pulsos da garota em apenas uma espadada, que a cortou de raspão na barriga.
Ela gritava e chorava de dor, até que sua boca começou a pingar sangue.
- As coisas vão ficar mais interessantes. - Eu falei, tentando usar meus poderes de cura para poder a ferir várias vezes seguidas sem ela morrer, porém quando usei meus poderes, eles não funcionaram e algo inesperado aconteceu: o sangue dela começou a ser drenado, ficando preto e escorrendo inteiro pela boca, até que a garota caiu pálida no chão, sem nenhum sangue, só restando seu corpo em volta de uma poça de sangue preto que parecia petróleo.
Eu não entendia o que estava havendo, até que todo o sangue dela começou a se espalhar, se mexendo em minha direção, ele escorreu subindo preto pelo meu corpo e eu gritei assustada. Ele subiu até os meus olhos, entrando dentro do meu corpo. Nesse momento, os meus olhos tinham ficado totalmente pretos, e minhas asas também, senti uma grande sensação de força e poder. Algo ali estava errado.
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Fαℓℓєn Angєℓ
ParanormalPrêmio de 🥈Lugar em terror no Concurso Nacional Sinopse: Kora foi expulsa dos Céus, tornando-se um anjo caído, uma renegada. Sem saber para onde ir, ela enfrenta a vida no Mundo Mortal, em dúvida constante de qual será seu destino: Céu ou Inferno...