Onze.

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Eu e Noah nos viramos, vendo minha mãe na porta de casa, olhando irritada para mim.

Percebi que ela iria gritar comigo, mas ela respirou fundo e olhou para mim novamente.

- Entre... – disse tentando transparecer que estava calma.

- Mamãe... – fui interrompida.

- Acho melhor você entrar, Sininho... – Noah disse para mim, me fazendo olhar para ele...

- Sina. – olhei novamente para mamãe. – Acho melhor ouvir o seu... – ele olhou para Noah, com desprezo, tentando achar uma definição para ele. – O Noah...   Entre!

Sem dizer nada, olhei para Noah.    Eu ia segurar a mão dele, mas fui interrompida novamente.

- Sina, sem demora...   Entre antes que eu perca o que me resta de paciência! – abaixei a cabeça e caminhei até o portão.

Entrei no quintal, fechei o portão e caminhei até a porta de casa.

Antes de entrar em casa, olhei para trás, vendo Noah pegar seu casaco e colocar as mãos nos bolsos, olhando triste para mim.

Porém minha visão foi interditada, quando minha mãe fechou a porta de casa com toda a força possível, fazendo com que ficasse apenas eu e ela.

Ela olhou para mim, porém não estava a fim de discutir, então fiz o que toda adolescente brava faz: subi correndo para o meu quarto.

Conforme eu ia fazendo o caminho para o meu quarto, subindo as escadas, andando pelo corredor, até pisar no meu quarto, minha mãe vinha atrás, furiosa, dizendo besteiras.   Porém, eu nem ligava...

- O que você tem na cabeça, Sina?! – ela me perguntou dentro do meu quarto.

Tirei meu sapato e olhei para ela, para finalmente responder...

- Não aconteceu nada, mãe...

- Não aconteceu nada?!   Como você pode me dizer que não aconteceu nada?!   Eu vi que vocês iam se beijar...

- E isso é alguma coisa?! – perguntei, tentando ser forte.

- Mas é claro que é! – bufei. - Se ainda você beijasse um filho de pastou ou um religioso, tudo bem...   Mas ele, Noah Urrea, o filho da Wendy, o garoto mais complicado do bairro?!

- Ele não é complicado!  É um ótimo garoto!   Só não deixa transparecer isso na frente das outras pessoas!

- Todos o conhecem Sina, sabem de seu histórico... – cansei...   Já estou farta!

- O histórico dele?! – ela concordou com a cabeça. – Só por que ele transou com diversas mulheres, vocês o julgam?!   É esse o “histórico” dele?! – disse com raiva, fazendo mamãe arregalar os olhos.

- Sim!  Deixa mostrar que você será a próxima... – bufei novamente. – Você vai ser a próxima a ele fazer de tonta e adentrar em você... – interrompi ela.

- Mamãe, chega! – ela me olhou surpresa. – Chega de calunias contra as pessoas!   Ninguém é melhor que ninguém!   Se for para criticar, você não se livra. – ela estava ficando vermelha, de raiva e de surpresa. – Que mulher “religiosa”, em sã consciência, manda a filha adolescente ajoelhar em milho?

- Olhe como fala comigo, eu sou a sua mãe... – interrompi ela novamente.

- Você se diz de Deus...   Você, sinceramente, acha, que Deus permitiria uma coisa dessas contra sua própria filha?! – vi ela ficando brava. – Acha, Louise?!

O clima ficou tenso, tudo em silêncio, só nossas respirações ofegantes eram ouvidas.

- Você vai se arrepender de ter falado isso para mim, sua bastarda! – ela gritou, saindo do meu quarto.  

Sexy Lessons- ADAPTAÇÃO NOART| CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora