Três.

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Já estava entediada.  Havia terminado algumas páginas de um livro e pesquisado algumas coisas que precisava saber.  Não tinha mais nada para fazer!  E ficar enfurnada nesse maldito quarto estava me matando!  Mesmo não querendo ver a cara de Noah tão cedo, eu não aguentaria ficar aqui nem mais um minuto.  Inclusive, o ronco que ecoava de minha barriga poderia ser escutado de quilômetros de distância.

Abri a porta de meu quarto, tirando a cabeça para fora, vendo que o corredor estava vazio.  Sai do cômodo, caminhando até a escada e descendo os degraus bem devagar, para não chamar a atenção de Noah.  Assim que cheguei no último degrau e meu olhar encontrou Noah, tive uma surpresa...

Ele estava deitada no sofá, cochilando, completamente encolhido, por ser maior do que o almofado.  Aparentemente, ele estava morto de frio.   A vontade de rir veio a tona, porém o pequeno sorriso se desfez assim que vi que o garoto estava sem camisa, e a mesma, estava jogada no chão da sala.  Arregalei os olhos, engolindo em seco ao observar as muitas tatuagens que haviam em seu corpo.

Caminhei lentamente até o sofá, me certificando de que Noah ainda estaria no sono profundo.  Me abaixei, pegando sua camisa do chão.  Encarei o tecido, aproximando ele do meu rosto e sentindo o cheiro de Noah, que estava impregnado no local.  Sorri fraco, me assustando assim que Noah se mexeu.  Deixei a camisa sobre a poltrona ao lado do sofá e corri em direção da cozinha, me aliviando por não ter sido vista.

Peguei um copo do armário, indo até a geladeira e pegado uma garrafa de água gelada.  Despejei um pouco do líquido dentro do vidro, guardando a garrafa em seu respectivo lugar.  Beberiquei da água, jogando o restante dentro da pia.  Passei um pano no copo, o deixando perto do galão de água quente que estava em cima do balcão.  Fui caminhando até a porta da cozinha, levando um leve susto ao ver a cena exposta em minha frente; Noah abrindo os olhos, acordando de seu cochilo.

Arregalei os olhos, me concentrando em pensar num lugar para me esconder do garoto. Corri até de baixo da escada, me escondendo de Noah.  Quando respirei profundamente, aliviada pela conquista de não ter que olhar para ele e trocar palavras com o jovem, tive uma surpresa, que me deixou sem reação.

– Não precisa se esconder, Sina.  Eu já te vi ai. - arregalei os olhos, o espiando de canto.

Ele estava sentado no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos.  Suas mãos se encontravam em seu rosto, deslizando por sua pele.  Ele levantou a cabeça e me encarou, assustando a mim.  Sai de baixo da escada, engolindo em seco e caminhando até perto do sofá onde Noah estava sentado.  Ele riu fracamente, me encarando profundamente.  Noah se levantou do sofá, e antes que desse um passo em minha direção, eu o impedi...

– Não se mexa!  Fiquei onde está... - dei um passo para trás, me distanciando dele.

– Por que eu não posso me mexer?

– Porque temos um trato.  E você tem que ficar 10 metros longe de mim.

– Pare com essa bobagem, Sina. – ele se aproximou de mim.

Com receio, corri até as escadas, para fugir de Noah.  Quando eu subi alguns degraus, senti uma mão forte segurar o meu braço, me empurrando até o corrimão da escada.  Quando percebi, Noah estava na minha frente, me impedindo de fugir dele.  Abaixei meu olhar, envergonhada por estarmos tão próximos e ele estar me observando freneticamente.

– O que tanto teme, princesinha? - eu simplesmente odiava quando ele me chamava assim

– Eu não... - engoli em seco, nervosa. – Não temo nada, Noah. - olhei para ele, tentando não deixar a minha timidez me atrapalhar.

– Tem certeza? - assenti. – Então por que você recua quando me aproximo de você?

– Eu nunca recuo com sua aproximação.

Sexy Lessons- ADAPTAÇÃO NOART| CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora