Enfim, casa. Preparo um macarrão e me delicio assistindo um desenho. Uma notificação chega no meu celular, fuço vendo o nome da Deyse aparecer na tela.
-Alô?
-Amiga, vamos em uma baladinha? Acabou de inaugurar uma boate, eu e Lucca vamos. Quer vir com a gente?- uma Deyse animadíssima diz do outro lado da linha.
-Claro, vai ser ótimo sair dessa rotina de trabalho. Vocês passam aqui?
-Ás 21h em ponto estaremos aí, beijão gata!
-Beijos.
Desligo e vejo que são 19h45, então termino de comer e começo a me arrumar. Tomo um banho gelado pra reanimar meus músculos e lavo o cabelo. Me seco e procuro uma roupa bonita e confortável pra usar.
Decido usar um vestido vinho com decote em V, e um salto preto.
Seco meu cabelo com o secador e com o babyliss faço uns cachos, finalizando-o. Faço a pele, nas pálpebras passando uma sombra preta esfumada com vinho, colo o cílios, na boca um gloss e finalizado.
Vejo que são 20h52 então vou para a porta e os mesmos apareceram na minha frente, Lucca estava lindo. Com uma calça jeans preta, tênis branco e blusa social azul escuro. Deyse estava com um vestido azul escuro também, porém brilhoso. Estava maravilhosa.
-Vocês estão lindos!- sorrio e os abraço cumprimentando.
-Eu que o diga.- sorri Deyse.
-Uau!- Lucca me olha de cima a baixo com a boca entreaberta.
-Hum hum!- Deyse raspa a garganta e Lucca se recompõe. Sorrio.
-Vocês dois são uma graça mesmo.- Lucca me oferece o braço e eu agarro.
-Quer experimentar aquele teleporte?- Deyse levanta uma sobrancelha e sorri de lado.
-Vamos lá!- me animo.
Ela toca no Lucca e pisca, quando vejo estamos dentro -DENTRO- da balada.
-Uau! Mas não tínhamos que passar pela segurança? A gente tinha que pagar pra entrar!- essa Deyse, muito espetinha. Levanta os ombros como se não ligasse.
Fomos em direção ao bar e pedimos 3 doses.
-É, hoje é dia de esquecer os nossos problemas!-Deyse grita pela música eletrônica que tocava alto- Hoje a noite é nossa!- brindamos, apenas eu e ela, Lucca nos olhava com uma cara como se dissesse "Eu tô fodido".
=Por favor, não me faça carregar as duas pra casa.= a voz de Lucca ecoa na minha cabeça me fazendo sorrir.
-É só você de juntar à nós!- digo virando minha dose e fazendo careta- Ui.
Ambos viram o líquido dentro do copo e grito:
-Vamos dançar!
The Business remixada começa a tocar a fomos pro meio do povo dançar. Pulávamos e cantávamos, íamos pro bar e voltava. Bêbados? Talvez, mas passar aquele momento com eles foi uma coisa maravilhosa.
Alguém puxa minha mão e eu bato contra um peitoral, meu rosto fica próximo à um rosto desconhecido por mim. Pela luz colorida no local, vi muito pouco a cor dos seus olhos mas pude perceber ser verde.
-Com uma mulher dessa, eu não sairia nunca de casa pra vir pra balada.- ele diz colado no meu ouvido, com sua respiração quente me arrepio, mas não foi um arrepio satisfatório.
-Mas como você não tem, ainda está aqui. Aproveita, e fica.- tento me soltar mas ele não cede.
-Não, quem vai ficar é você.- ele tenta me puxar pra fora. Me irrito.
-Se não quiser se machucar, aconselho que me solte agora.- arqueio uma sobrancelha.
-Me machucar?- sorri, apertando meu pulso. Fecho meus olhos sentindo a escuridão passar pelo meu corpo. Abro meus olhos, sabendo que estão totalmente negros e olho bem no fundo de suas pupilas.
-Sim, se machucar.- vejo seu semblante mudar, apenas por um segundo ele se assustou. Fechando os olhos e os tornando vermelhos, suas mãos começam a esquentar, ele possui o poder do fogo.
-Sinto muito princesa, mas você vai vir comigo sim.- aperta meu pulso e eu o deixo me levar pra fora, se ele quer brincar, é isso que vamos fazer.
-É complicado quando um cara não sabe receber um "não".- fecho os punhos, ele me olha de cima a baixo e sorri.
-Além de gostosa, é estressadinha. Do jeito que eu gosto.- me estresso, a escuridão nos rodeia em menos de 5 segundos.- Ah, a gatinha quer jogar? Vamos jogar.
Uma chama de fogo paira em cima da sua palma esquerda, e ele faz a chama crescer fazendo com que a claridade tome conta do local, o calor e a claridade do fogo queima meu corpo, fazendo a escuridão se apagar aos poucos.
-Do que adianta ter a escuridão e não saber usá-lá?- Sorrio.
-Tudo bem, se quer jogar com a claridade, vamos jogar com a claridade.- sinto meu corpo todo formigar e feiches de luz começam a me rodear.
-Mas que porra é essa?- ele se assusta, recuando.
-Isso, sou eu. Agora se você não quiser ser gravemente queimado, aconselho que me peça desculpas e que isso não aconteça novamente com nenhuma outra mulher. Ninguém merece ser alvo de homem escroto.- seu olhar reflete o medo, o que é, mas não é,o que eu queria causar nele.
-Sou um homem morto.- diz baixinho, quase não ouvi.
Percebo que ele não olhava pra mim, e sim pra minhas costas. Me viro e me deparo com eles.
-Mocinha, sinto em te dizer mas você não pode sair jogando luz pra todo lado.- Mary diz, quando percebo estou brilhando como uma lâmpada.
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Entre Dois Lados
FantasyIndependente. Essa é a palavra que descreve Clary. Além de ser uma garota poderosa, ela é uma mulher incrível com a cabeça formada. Nunca precisou de ninguém para ajudá-la a se tornar mais forte. Ela mesma construiu toda sua força. Clary encontra ou...