2 - O Grande Festival De Magia

5 1 0
                                    


     ─ Que a van, não iria esperar mais do que dez minutos mestre. ─ César cabisbaixo.

     ─ Ainda bem que vocês nos esperaram! ─ Juninho ainda está muito ofegante.

     ─ Ainda bem que conheço vocês e não deixei para me arrumar lá. João, você acha que dá para chegar a tempo?

     ─ Sim Josias, vou ter que correr um pouco, mas chegaremos a tempo sim, fica tranquilo. ─ ele pisa fundo no acelerador.

     ─ Coloquem logo seus mantos. ─ Josias.

     Os dois estão retirando suas camisas e vestindo seus mantos marrons, mas um dos membros do coven nota algo estranho. Samantha vê uma mancha de sangue na camisa de César.

     ─ Hei que mancha é essa? ─ ela pergunta, preocupada com o seu amigo.

     ─ Mancha? ─ ele fica paralisado por uns segundos, sem ação.

     ─ É que parece sangue. ─ ela verifica a camisa.

     ─ Não. ─ Juninho puxa a camisa das mãos dela, com toda a sua delicadeza. ─ Deve ter manchado quando nós fomos ver aquele cachorro ferido, logo que descemos do ônibus. ─ olhando para o seu amigo de olhos arregalados e sobrancelhas levantadas.

     ─ É então foi naquela hora. ─ sorri aliviado, por seu amigo ter encontrado uma justificativa. Ele não sabe mentir muito bem.

     ─ Coitadinho do cachorro! Ele estava muito ferido? ─ Samantha.

     ─ Sim, ele foi atropelado e com certeza estava morrendo. ─ Juninho diz enquanto dá a camisa dele.

     ─ Eles estão escondendo algo, eu os conheço muito bem! ─ pensa enquanto relaxa no assento. Ela está sentada no primeiro banco a esquerda, bem ao lado de César.

     ─ Ufa! Quase contei sobre a menina assassinada. ─ cochicha com Juninho.

     ─ Você está louco?! Não sabemos se podemos contar isso. ─ falando baixo.

     ─ Pode deixar. ─ ele olha para os lados como se estivesse procurando alguém.

     ─ Estava demorando, se você quer saber se ela veio, olhe para o último assento próximo à janela. ─ diz Juninho, e depois fica balançando a cabeça enquanto olha a euforia do seu amigo.

     ─ Oi! ─ ele acena com um largo sorriso no rosto para Patrícia.

     ─ Oi. ─ ela acena sem dar muita ideia e vira imediatamente para a janela. ─ Quando ele vai me esquecer? Será que não vai desistir nunca, eu jamais vou ser mais que amiga dele, jamais. ─ pensa enquanto franzi a testa.

     Os jovens estão muito empolgados com o que estão para ver no grande festival e eles só falam nos bruxos poderosos que vão ver lá.

     ─ Estive pensando... é melhor esquecermos o que aconteceu com aquela garota, primeiro porque ninguém acreditaria em nós e segundo, por que existe grande chance de desconfiarem da gente. ─ Juninho sussurra próximo a seu amigo.

     ─ Não precisava nem me dizer isso. Só o que me assusta agora é a lembrança das últimas palavras dele.

     ─ É ele disse que ia voltar, mas é uma pena ele não ter como achar a gente não é mesmo? ─ ele tapa a boca com as duas mãos, para não rir alto.

     ─ Gostaria de ter esta certeza. ─ pensa, enquanto esfrega o medalhão com a mão direita no bolso.

     O tempo passa e eles chegam ao local do evento, no Aterro do Flamengo.

O Portal da Ultima SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora