─ Que a van, não iria esperar mais do que dez minutos mestre. ─ César cabisbaixo.
─ Ainda bem que vocês nos esperaram! ─ Juninho ainda está muito ofegante.
─ Ainda bem que conheço vocês e não deixei para me arrumar lá. João, você acha que dá para chegar a tempo?
─ Sim Josias, vou ter que correr um pouco, mas chegaremos a tempo sim, fica tranquilo. ─ ele pisa fundo no acelerador.
─ Coloquem logo seus mantos. ─ Josias.
Os dois estão retirando suas camisas e vestindo seus mantos marrons, mas um dos membros do coven nota algo estranho. Samantha vê uma mancha de sangue na camisa de César.
─ Hei que mancha é essa? ─ ela pergunta, preocupada com o seu amigo.
─ Mancha? ─ ele fica paralisado por uns segundos, sem ação.
─ É que parece sangue. ─ ela verifica a camisa.
─ Não. ─ Juninho puxa a camisa das mãos dela, com toda a sua delicadeza. ─ Deve ter manchado quando nós fomos ver aquele cachorro ferido, logo que descemos do ônibus. ─ olhando para o seu amigo de olhos arregalados e sobrancelhas levantadas.
─ É então foi naquela hora. ─ sorri aliviado, por seu amigo ter encontrado uma justificativa. Ele não sabe mentir muito bem.
─ Coitadinho do cachorro! Ele estava muito ferido? ─ Samantha.
─ Sim, ele foi atropelado e com certeza estava morrendo. ─ Juninho diz enquanto dá a camisa dele.
─ Eles estão escondendo algo, eu os conheço muito bem! ─ pensa enquanto relaxa no assento. Ela está sentada no primeiro banco a esquerda, bem ao lado de César.
─ Ufa! Quase contei sobre a menina assassinada. ─ cochicha com Juninho.
─ Você está louco?! Não sabemos se podemos contar isso. ─ falando baixo.
─ Pode deixar. ─ ele olha para os lados como se estivesse procurando alguém.
─ Estava demorando, se você quer saber se ela veio, olhe para o último assento próximo à janela. ─ diz Juninho, e depois fica balançando a cabeça enquanto olha a euforia do seu amigo.
─ Oi! ─ ele acena com um largo sorriso no rosto para Patrícia.
─ Oi. ─ ela acena sem dar muita ideia e vira imediatamente para a janela. ─ Quando ele vai me esquecer? Será que não vai desistir nunca, eu jamais vou ser mais que amiga dele, jamais. ─ pensa enquanto franzi a testa.
Os jovens estão muito empolgados com o que estão para ver no grande festival e eles só falam nos bruxos poderosos que vão ver lá.
─ Estive pensando... é melhor esquecermos o que aconteceu com aquela garota, primeiro porque ninguém acreditaria em nós e segundo, por que existe grande chance de desconfiarem da gente. ─ Juninho sussurra próximo a seu amigo.
─ Não precisava nem me dizer isso. Só o que me assusta agora é a lembrança das últimas palavras dele.
─ É ele disse que ia voltar, mas é uma pena ele não ter como achar a gente não é mesmo? ─ ele tapa a boca com as duas mãos, para não rir alto.
─ Gostaria de ter esta certeza. ─ pensa, enquanto esfrega o medalhão com a mão direita no bolso.
O tempo passa e eles chegam ao local do evento, no Aterro do Flamengo.
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O Portal da Ultima Sombra
FantasyUm coven de jovens bruxos precisa impedir que um poderoso portal seja aberto, mas para isso, terão de encarar os demônios do Inferno em uma batalha fantástica cheia de aventuras, magia e mistérios. #62 EM FANTASIA - DATA 02/01/2018 #62 EM FANTASIA...