5 - A Cena Do Crime

1 0 0
                                    


     ─ Você não falou nada sobre aquela garota, falou? ─ preocupado.

     ─ Não, você pensa que eu sou louco?! ─ responde franzindo as sobrancelhas.

     Todos comentam sobre o que ouviram de César ou sobre o que viram Dimitri fazer, em quanto isso Wadramór se aproveita que todos estão distraídos e...

     ─ Vento, vento, vento. ─ ele lança os seus dedos indicador e médio na direção das costas de César, enquanto sussurra.

     Ele é empurrado por trás pelo poder de Wadramór e sem poder apoiar os pés no chão, pois seus cadarços estão presos, ele cai. A espada que ele escondeu embaixo do seu manto está a mostra, e o poderoso medalhão também. Todos ali presentes fixaram seus olhos na espada, pois os raios dourados que emana dela brilha muito. Dimitri e Almir que estão mais próximos do medalhão o veem ali no chão.

     ─ Que espada linda! ─ diz um jovem.

     ─ É maravilhosa! ─ Wadramór de boca aberta.

     ─ Adoraria colocá-la na parede de minha sala. ─ Saulo.

     ─ Realmente é uma peça única! ─ Cassandra.

     ─ Cara! A espada estava com você esse tempo todo? Ela é linda! ─ Juninho olhando para o seu amigo estatelado no chão.

     César levanta-se, após desamarrar o nó feito por Wadramór, acerta seus cadarços, apanha a espada e vira-se para pegar o medalhão.

     ─ Como veio parar aqui? Eu não entendo! ─ Dimitri abaixa-se para pegar ele.

     ─ NÃO! SE AFASTE DELE! ─ César o empurra com todas as forças, ele cai no chão. ─ É o meu medalhão. ─ pega o objeto mágico e sai correndo pelo Aterro do Flamengo.

     Quatro policias correm atrás dele.

     ─ Peça para que eles parem de persegui-lo, por favor. ─ Dimitri levanta e depois limpa as suas roupas com as mãos.

     ─ Sinto muito, mas não vai dar não. ─ Almir cruza seus braços e assisti à cena, pois ele sabe que em pouco tempo os policiais vão pegar o garoto.

     ─ Se é assim... ─ ele levanta os dois braços e junta as mãos. A sua mão direita fica mais alta e seu dedo médio curvado no meio do indicador (como se fizesse uma cruz) ─ ÔMMM ZARAM DU ZARAM ÔMMMMM. ─ fazendo um movimento com o braço direito, como se estivesse dando um corte com a mão, um corte na horizontal partindo da esquerda para a direita. De repente algo como uma corda invisível se estica na frente dos policiais e eles tropeçam, caindo feio no chão.

     Todos viram o que fez Dimitri Dormen e se espantaram com o seu poder, inclusive o inspetor Almir. Os guardas se levantavam lentamente e se preparavam para correr de novo.

     ─ VOLTEM TODOS! VAMOS PARA A DELEGACIA! ─ ele dá a ordem em voz alta. ─ Deixem que resolvam seus próprios problemas, se não querem ajuda da polícia o que posso fazer. ─ Almir olha nos olhos de Dimitri e vai em direção da sua viatura. ─ Droga! Eu já vi muita coisa estranha por hoje, gente estranha, histórias estranhas. ─ ele anda gesticulando e balançando a cabeça.

     ─ Almir ainda são 03h30 da manhã. Cara, por falar nisso, há uns quinze minutos, a nossa central passou algo sobre um crime bárbaro no centro da cidade. ─ o policial que estava colhendo os relatos do roubo do livro.

     ─ Não quero nem saber Francisco, toda noite é a mesma coisa, mais um crime, mais um corpo se cala diante da violência desta cidade maravilhosa. Enquanto não acabarem com o tráfico de drogas essa violência não terá fim. ─ deitando a cabeça no banco do carro enquanto seguem para a delegacia, os outros dois carros o seguem em fila.

O Portal da Ultima SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora