12% • mãe!?

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12% • mãe!?

Rio de Janeiro, Barra da Tijuca - Condomínio Mansões - 2019, 12h10

Point of view Geovanna🦋

Desci do ônibus em um ponto perto do condomínio e fui andando calmamente enquanto escutava música.

Sim ser humano, eu ando de ônibus! Sempre andei e não é agora que meu pai joga no flamengo que isso isso vai mudar.

Quando tava colocando a digital no portão escutei me gritarem do outro lado da rua então olhei! Era minha mãe me chamando.

Fiquei nervosa porque não queria ver ela e o negócio da digital não tava indo, quando vi minha mãe já tava na mesma calçada que a minha.

Geo: senhor Paulo deixa eu entrar, pelo amor de deus! Esse negócio não tá funcionando - falei eufórica enquanto ela foi se aproximando.

Paulo: não posso Geo! Se eu te deixar passar sem a digital pode colocar meu emprego em risco - disse simples e eu fiquei mais nervosa.

Michelle: pra que esse desespero pra entrar Geovanna? Vim te ver - tirou o óculos de sol e eu bufei.

Geo: mãe!? Vai embora, eu não quero te ver - disse irritada e ela riu.

Michelle: eu sou tua mãe, não se esqueça disso - me encarou e eu bufei.

Geo: que bela mãe em! Trocou a filha por um homem vagabundo que nem comida coloca na mesa, tu que banca aquele velho nojento - disse sem pensar e ela segurou meu braço.

Michelle: olha como você fala dele Geovanna de Arrascaeta! Me respeita - soltou meu braço e então revirei os olhos.

Geo: vai embora! Você não pensou duas vezes antes de me deixar sozinha por dias, com apenas seis anos! Você não pode ser chamada de mãe, nunca. Agradeço todos os dias pela minha avó ter pegado minha guarda - falei tudo que tava engasgado.

Michelle: percebi que seu pai te mina muito! Nunca passou pela minha cabeça de ver você falar assim comigo - se fez de coitada e foi saindo.

Depois de algum tempo consegui entrar e fui direto pra casa, que foi rápido quando cheguei fui contar tudo que rolou pra minha avó.

𝐌𝐘 𝐃𝐎𝐎𝐌▪︎Reinier JesusOnde histórias criam vida. Descubra agora