Dedicado á Aline, princesa do meu castelo e #1 entusiasta de FOTF. Não esqueci do seu bebê.
༄
— Espere!
Ele puxa seu braço, a fazendo ir de encontro contra seu peitoral forte e definido. Ela se distrai com a proximidade de ambos por um momento, mas logo volta á si.
— O que você quer? – ela logo se desvencilia – Já não disse o suficiente hoje?
— Não vim dizer nada, vim escutar. Você. – ele diz, simplesmente.
— Eu não tenho nada á dizer. Muito menos desculpas. Portanto, desperdiçou seu tempo vindo até aqui. – ela cuspe as palavras e se vira para ir embora, mas sente um aperto forte em seu pulso.
— Por favor? Podemos sentar?
Ela suspira, e algo dentro dela a incentiva a ceder.
— Uau, você sabe ser educado. – diz, sarcástica.
— Infelizmente sei. – ele sorri.
Ela retribui um sorriso tímido e pondera por um momento, mas acaba atendendo o pedido do homem. Eles caminham para o banco mais próximo e se sentam. Serkan pigarreia, e logo diz:
— Um amigo me disse que eu estava sendo muito cricri e que eu deveria vir conversar direito... – ele se vira para olhá-la nos olhos – E também pedir desculpas.
— Pedir desculpas?
— Sim, pela gritaria. Eu nunca me descontrolo assim, não sei o que aconteceu.
— E pela palhaçada da intimação?
— O que tem?
— Não vai se desculpar?
— Eu não vou me desculpar pois estou apenas fazendo meu trabalho. – antes que ela pudesse se virar e levantar de novo, ele continuou – Mas queria te perguntar o motivo de não querer vender.
Ela se senta ereta. Nunca pensou que o homem iria realmente ter a delicadeza de perguntá-la a razão pela qual ela não queria vender sei terreno. Ela hesitou, sabendo que poderia ter sido muito bem um jogo de interesse para ele, e ela não gostaria de expôr sua fraqueza para um inimigo.
— Quero tentar arrumar um meio-termo para nossa situação. Não estaria te importunando se realmente eu não precisasse de seu terreno. – ele diz, como se lesse seu pensamento.
— Não tem como ter um meio-termo, Serkan bey. Nada pode substituir a minha loja, portanto um dos dois lados vai sair frustrado dessa história.
Ele foca seu olhar em um ponto distante, pensativo. Ponderou até retirar a intimação, mas, como Eda estava dizendo, realmente parece não haver um meio-termo. Ele nunca se considerou uma pessoa insensível e destruidora de vidas, mas esse era o trabalho dele. Comprar terrenos e utilizá-los para seus projetos. Ele não poderia de maneira alguma abrir mão, principalmente deste projeto que alavancaria sua marca á renome mundial.
— Olha, eu agradeço a delicadeza de vir me perguntar sobre, mas não vai adiantar nada. Portanto, iremos brigar na justiça, Serkan Bolat. Te vejo na audiência!
E com isso, ela se levanta e vai embora pelo caminho por onde veio. Serkan continuou sentado, pensativo, até que a morena sumisse de seu campo de visão. Depois de um tempo, deu uma volta no parque para espairecer a tensão e se dirigiu até a esquina onde se encontrava seu carro.— Melo, não acredito que você armou pra mim! – Eda bufava de raiva, andando de um lado pro outro em seu loft. Havia anoitecido e ela finalmente conseguiu descobrir o paradeiro de sua amiga. Aquela sonsa estava fugindo de Eda o dia inteiro, de certo sabendo muito bem que a amiga á comeria viva quando voltasse de seu passeio casual até o parque da praça.
— Dada, o moço estava realmente aflito. E realmente parecia uma boa pessoa, apenas fiz uma boa ação. Vocês precisavam conversar que nem duas pessoas normais! Allah Allah – Melo se defende – Aliás, como foi a conversa?
Eda sentia vontade de esganar Melo, ou pelo menos estapear aquele sorriso presunçoso pra fora de seus lábios. A morena pega uma almofada do sofá e arremessa em sua amiga.
— A conversa não levou em nada, Melo. Irei pra justiça, não vou perder minha loja!
— Mas ele pelo menos foi legal de vir conversar de novo...
— Legal nada, Melo! Não se deixe iludir, aquele homem é um ganancioso, eu tenho certeza que veio pagar de bom-moço como estratégia, mas eu não vou ceder!
— Ai Dada, você também...
— Eu nada, Melo – ela interrompe antes que a amiga comece a tagarelar coisas sem sentido – Vai lá lavar a louça que está na pia e pare de me encher!
Melo levanta as mãos como sinal de rendição e acata o que uma Eda irritada diz á ela. Deixaria a mulher á sós com seus pensamentos, ela parecia incrivelmente tensa e irritada.
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Flowers on the Floor
FanfictionEda Yildiz é a destemida dona de uma aconchegante loja de flores em uma quarteirão popular de Istambul. Serkan Bolat é um renomado arquiteto ambicioso que está pra fechar um dos maiores projetos sua carreira. Tudo o que lhe falta é um pequeno terren...