Gravitação - Todobakudekuocha

Momento errado, na hora errada

Nota: Boa leitura estrelinhas!
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Pov. Uraraka Ochaco

— T-Todoroki-kun? Uraraka? Mas, o que está acontecendo aqui? — Escuto uma voz familiar e viro-me em direção ao som.

— Momo-chan? Achei que já tinha ido para a casa de campo... Onde está a Jiro? — Yaoyorozu nos olhava decepcionada e pude ver que em suas íris, estava começando a encher de lágrimas.

— C-Como pôde Ochaco? E-Eu pensei que fosse a minha amiga, como pude acreditar em você? Com licença, irei me retirar. — Vejo a Momo ir para a Heights Alliance e saindo de baixo do Shoto, sigo a morena.

— E-Espera! Yaoyorozu! — Sigo a Momo-chan pelos corredores do dormitório e ao alcança-la, encosto a minha mão em seu ombro, fazendo a Yaoyorozu parar de caminhar. Momo-chan soluça e franze o rosto ao sentir o meu toque em seu ombro.

— Você pode retirar as suas mãos do meu ombro, por favor?

— M-Momo-chan... Você ente... — Ela empurra a minha mão e vira o rosto de lado.

— Não consigo acreditar... Uraraka, você sabe que eu  gosto do Shoto e mesmo assim... Por quê? — Vejo o rosto da Momo se encharcar de lágrimas. — Você sempre me apoiou e incentivou para eu me declarar ao Shoto, o que está pensando? Armou tudo isso? Você quer me ver sofrer? Mentirosa! — Yaoyorozu me empurra tão forte que caio de bunda no chão.

— Itai! — Esfrego a área onde senti a dor ao cair. — Para que fazer isso? — Quando me levanto, Yaoyorozu prepara um soco e cruzo os braços na frente, bloqueando o seu ataque. Como ela não estava conseguindo me atingir, ela encontra uma abertura e puxa os fios do meu cabelo curto.

— Ahhh! — Grito, empurro o peito dela e dou um tapa na sua bochecha. — Me solta!! Não tem necessidade essa briga! Por que não me escuta, Momo?

— Você me traiu, sua falsa! — Contínuamos no tapa e rolamos pelo chão. Yaoyorozu fica por cima de mim enquanto distribuía socos no meu peito. Puxo os seus cabelos, o que fez com que o amarrador dela se soltasse. Agarro com minhas pernas a sua cintura e com o peso do meu corpo, inverto as nossas posições, voltando a ficar em cima dela. Yaoyorozu arranha os meus braços enquanto eu tentava me soltar de suas garras. A essas alturas, nós duas já estávamos descabeladas e com várias marcas de arranhões e dos socos e tapas pelo corpo. Por causa de nossa gritaria, não demorou muito para que os meninos surgissem nos corredores.

Midoriya e Shoto, ao ver a cena, nos separam e Yaoyorozu fala:

— Me larga Shoto! Eu vou acabar com essa piranha!

— P-Por favor, parem de brigar! — Midoriya pede.

— Estou tentando isso a um bom tempo, mas a rabo de cavalo não me escuta! — Respondo ao Izuku.

— Quem você chamou de rabo de cavalo? — Yaoyorozu pergunta.

— Não se faça de sonsa, você podia ter me ouvido desde o início, mas nem sequer  me escutou.

— Não estou a fim de ouvir as suas desculpas esfarrapadas! — Grita Momo.

— Tudo bem se não quer me ouvir! Quer saber? O problema é seu!

— Me larga Shoto! Tudo isso é culpa sua! — Shoto solta os braços da Yaoyorozu ficando sem entender o que estava acontecendo. 

Shoto suspira e pergunta:

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?

— E-Eh... Todoroki, acho que devemos deixar as duas em paz, no momento não parece que elas estão a fim de falar. Seja qual for o motivo, por favor, tentem se acertar, vocês sempre foram amigas. Uraraka-san, quer sair para algum lugar? É bom para esfriar a cabeça... N-Não estou dizendo que você está esquentada, é só que... Hum...

— Eu entendi Deku-kun... Obrigada. — Respondo ao esverdeado. — Realmente preciso tomar um ar.

— E-Eu te espero na sala de estar. — Assento e sigo para o meu quarto. Chegando lá, tranco a porta e ao me jogar na cama, respiro fundo. Não queria que as coisas acabassem dessa forma. Ela só viu a metade da cena, se a Yaoyorozu tivesse chegado alguns minutos antes, nada disso teria acontecido. Suspiro e me levanto da cama. Sigo até o armário, pego uma muda de roupa e caminho até o banheiro para tomar uma ducha morna. A água ao entrar em contato com a minha pele, alivia a tensão que eu nem sabia que estava segurando. Depois de trinta minutos, desligo o chuveiro e me seco, vestindo a roupa em seguida. De volta ao quarto, pego a minha bolsinha com os meus pertences e sigo para a sala de estar, me deparando com o Izuku sentado no sofá enquanto mexia no celular.

— Deku-kun estou pronta, onde que a gente vai?

Midoriya guarda o celular no bolso da calça e me responde:

— Pensei em dar uma volta num parque.

— Ah! Que boa ideia Deku-kun! — Sorrio para o esverdeado. — Vamos?

Saíndo dos dormitórios, atravessamos o portão da Yuuei e seguimos para um dos parques próximos do colégio. Ao chegar no local, vimos um palco montado perto de um lago, onde havia um festival de música tocando ao ar livre. Nos aproximamos e ficamos escutando as melodias. Alguns minutos depois, as músicas ficaram mais agitadas e as pessoas que estavam no parque, começaram a dançar. Eu e Midoriya rimos e tentamos seguir o ritmo da música fazendo coreografias meio desajeitadas.

Na música seguinte, um grupo de dançarinos no palco, incentivou as pessoas a imitarem os seus passos. Ficamos até ao entardecer. O sol estava começando a ser pôr, Izuku e eu resolvemos parar numa lanchonete para comer e ficamos jogando conversa a fora até os nossos pedidos chegarem. Depois voltamos para os dormitórios e ao chegar no corredor que separava a ala masculina do feminino, me despeço do esverdeado.

— Izuku-kun, obrigada por hoje, estou me sentindo um pouco melhor.

— N-Não foi nada. — Izuku coloca a sua mão atrás do pescoço, e desvia o olhar, suas bochechas estavam vermelhas. Sorrio e ao me aproximar dele, o abraço pelo pescoço.

— Mesmo assim, obrigada. — Desfaço o abraço e sinto o meu rosto esquentar. — Até amanhã, Deku-kun! — Sorrio.

— A-Até... — Volto para o meu quarto e depois de outro banho, pego o caderno de inglês e termino de fazer as atividades que o Present Mic havia nos deixado.

Continua...

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Nota: Espero que tenham gostado e até a próxima!