Atração Fatal ↠ jjk • pjm

Capítulo 11

JUNGKOOK curvou o corpo por detrás do de Jimin, abraçando-o pela cintura e entrelaçando as mãos de ambos. Era o mais perto que podia chegar sem possuí-lo outra vez. Mas dali uns cinco ou dez minutos, com certeza desejaria tê-lo novamente.

Jimin estava quieto em seus braços. Quieto demais. E era evidente que não estava mais flutuando num nirvana sexual. Agora, seu corpo irradiava tensão.

Dali a uns minutos, Jungkook acabaria com isso também.

— Você não chegou a me perguntar o que aconteceu lá no complexo — comentou Jimin, enfim, num tom penosamente baixo. — Isso faz parte das suas ordens? Você está num serviço de busca e entrega, mas não tem permissão para saber o que há no pacote?

O protocolo deixava claro que Jungkook tinha exatamente a função que ele acabara de descrever – um serviço de busca e entrega. Suas ordens tinham sido precisas. Não estressar o refém. Todo o processo de investigação e apuração seria conduzido pelo alto escalão. Portanto, pensou o moreno, contraindo o rosto, Jimin já conversaria com gente o bastante sobre a experiência traumática. Além do mais, não estava apto para isso. Ora, com a formação dele em Psicologia, estava melhor preparado do que o soldado naquele aspecto.

Tinha apenas de distraí-lo e retardar o processo até que Jimin tivesse a chance de conversar com alguém que pudesse orientá-lo a como proceder para voltar a se sentir seguro.

— Tenho certeza de que já verifiquei "o pacote" minuciosamente. — Jungkook soltou um ligeiro riso antes de lhe mordiscar o ombro por trás. Oh, a distração perfeita. Jimin estremeceu deliciado e pressionou as nádegas contra o corpo dele, o que o excitou prontamente, deixando-o tentado. Sim, tentando demais a possuí-lo outra vez.

Mas, embora não houvesse um futuro para ambos juntos, embora as razões para que isso não pudesse acontecer continuassem sendo sólidas, não podia fazê-lo. Não podia seguir o mesmo caminho de antes. Vira as perguntas nos olhos de Jimin meses antes, soubera que quisera conversar, criar um elo que fosse além do plano físico. Podia usar a desculpa típica da maioria dos homens de que conversar sobre emoções era tolice, algo meloso demais. Mas sabia que não era o que

Jimin buscava. Queria apenas saber mais sobre o homem com quem estava dormindo do que apenas sua posição favorita e o que o excitava mais.

Já o magoara uma vez por ter optado pelo caminho mais fácil. Não o faria outra vez se pudesse evitar.

— O procedimento padrão num resgate é entrar no cativeiro, salvar a vítima e sair. Não devemos fazer perguntas, a não ser que seja sobre algo que esteja relacionado à conclusão da missão – explicou.

— É isso que sou? Alguém que faz parte do "procedimento padrão"? — Jimin não soou zangado, nem tampouco retesou o corpo, ou o afastou. Apenas o olhou por sobre o ombro com paciência e curiosidade. Como se pudesse esperar, por ter a certeza de que ele acabaria dando a resposta certa eventualmente.

Jungkook franziu a testa. Por que Jimin nunca reagia da maneira que esperava? Tinham feito amor e, em vez de mergulhar num sono tranquilo, saciado, ele começara a pensar no pesadelo do cativeiro. Alguém entenderia como sua mente metódica funcionava? Onde estavam seus gatilhos emocionais?

— Não há nada de "padrão" em você — apontou com franqueza. — A verdade é que não sei fazer bem esse tipo de coisa.

Jimin se virou em seus braços, e ambos ficaram de frente um para o outro. Seu cabelo cascateou em torno de ambos, a pele acetinada e os ombros benfeitos eram uma bela distração. Jungkook quis puxá-lo mais para si outra vez, aninhar-lhe a cabeça em seu peito e distraí-lo com sexo. Mas, pela maneira como Jimin o olhava, estava claro que não se deixaria desviar de seu intento de conversar.