Cap. 6
Era uma noite estrelada, voltávamos pela avenida principal da cidade. Eu dirigia um pouco empolgado meu querido carro, um Dodge Challenger preto com faixas vermelhas que iam da ponta do capô até o porta malas em duas faixas paralelas uma da outra. Ele era um carro perfeito, potente, bonito, e com um ronco incrível.
Enquanto isso, Vic cochilava no banco do passageiro até que chegássemos a sua casa. Assim ela imaginava que seria, quando na verdade íamos para uma pequena casa localizada a uns quinze minutos de onde estávamos. Não havia vizinhos próximos, era um local tranquilo em meio a um bosque abandonado. Meu cantinho dos sonhos poderia dizer, pois era lá que a mágica acontecia e eu realizava meus desejos mais excitantes por torturas.
Estacionei o carro, deixei Vic por um momento e fui para dentro da casa organizar o que estivesse faltando para que eu pudesse começar meu jogo tranquilamente. Minutos depois estava tudo pronto, voltei ao carro e peguei Victória em meus braços. Ela dormia como um anjo e parecia estar sonhando com algo fascinante, podia notar isso em seu rosto.
Seria uma noite longa e proveitosa.
Ao entrar na casa novamente, porém agora com ela em meus braços, fui em direção ao quarto onde a deitei numa cama simples, mas bem arrumada para que ela ficasse um pouco mais confortável, pelo menos até o momento em que acordasse. Abri suas pernas para que cada uma ficasse mais próxima aos pilares da cama, amarrei então uma perna em cada pilar, fiz o mesmo com seus braços amarrando-os em cada extremidade da cabeceira da cama. Era uma cama de solteiro, fácil de posicionar alguém e com bastante espaço para eu me divertir manuseando meus instrumentos de trabalho, meus "brinquedinhos". Para amarra-la, usei pedaços de cordas assim como fiz com uma mulher anteriormente na mesma cama. Era uma corda fina, porém bem resistente. Seu corpo então tomou a forma de uma letra X, sorri internamente olhando para Victória como quem olha para um troféu após recebê-lo. E para finalizar essa parte, amordacei ela para que ao acordar não começasse a gritar infinitamente, não que eu me preocupasse com isso, pois no lugar onde estávamos, por mais que gritasse, apenas os morcegos, corujas e outros animais noturnos poderiam ouvi-la. Talvez eu também esteja entre esses animais noturnos e predadores. Vivo me perguntando isso todos os dias. Mas preferi amordaça-la mesmo assim, pois seus gritos me deixariam instantaneamente estressado, e isso não seria muito legal para ela.
Victória tinha um sono pesado. Isso era bom, pois economizei um pouco do meu "Boa noite cinderela" que usaria caso fosse necessário.
Fiquei aguardando que ela acordasse para então iniciar mais um pequeno trabalho que me agradaria profundamente no momento em que estivesse sendo feito e também após o término.
Cerca de quarenta minutos depois Vic acordou, estava assustada, olhava a sua volta e não entendia o que estava acontecendo. Eu me encontrava no cômodo ao lado esperando por ela me chamar. Mas como chamaria meu nome se ela encontrava-se amordaçada? Podia ouvir apenas seus resmungos e gemidos de pânico. Fui então até ela.
- Victória Montieul Sanches, belo nome, assim como sua beleza única. A noite está ainda mais linda vista de onde estamos querida Vic. Você iria gostar muito do céu estrelado e daquela lua cheia que pode ser vista em meio à vasta escuridão do céu noturno.
Victória me olhava buscando entender o porquê de eu tê-la amarrado daquela forma. Seu grito estava abafado graças à mordaça que coloquei. Ela suava frio, seu medo transparecia de um jeito que me agradava muito, seus olhos começavam a encher de lagrimas, ela estava realmente linda.
- Calma querida, não irei abusar do seu corpo, e não considero um sequestro isso que está acontecendo aqui. Apenas gostaria de me divertir contigo de um jeito diferente. Da minha maneira. Talvez seja um pouco doloroso, mas futuramente garanto que não sentira dor alguma. – Disse tentando conforta-la, porém sem sucesso é claro.
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Game Over - O medo está no olhar
Mystery / ThrillerEu tinha todos os requisitos para ter uma boa vida em minha infância. Tirando é claro, o fato dos meus pais serem ausentes a ponto de eu ter que desenvolver meu psicólogo sozinho e crescer precocemente, entre outras coisas mais. Sofri bullying...