Cap.5
Para aqueles que estiverem lendo cada linha aqui escrita, sugiro que prestem muita atenção também naquilo que esta oculto nas entrelinhas. Talvez não seja nada demais, pode ser tolice minha dizer isso, quem sabe? Ou talvez vocês realmente devessem prestar atenção.
Enfim, fica a seu critério, querido leitor.
Gostaria de fugir um pouco de como foi meu passado. E compartilhar algo bem interessante com vocês, bom, pelo menos para mim foi dessa forma.
Hoje, especificamente dia 2 de agosto de... – Melhor continuar deixando os anos em segredo. Deixo que os principais detalhes, a curiosidade de vocês venha a preencher.
Mas como eu dizia, hoje, uma bela madrugada do dia 2 de agosto, sinto-me como se tivesse ido até a lua e retornado vagarosamente, apreciando toda aquela vasta escuridão do universo, sentindo uma imensa felicidade e paz interior, por ter saciado mais uma vez minha grande vontade de alimentar meus simples e singelos desejos.
Alguns dias atrás, senti uma incontrolável vontade de fazer meu "Joguinho" com alguém. Precisava escolher apenas uma entre todas as pessoas da cidade, e não poderia ser uma pessoa qualquer, tinha que ter certos detalhes que em meu consentimento, diferem daquelas pessoas que continuarão vivendo para aquelas que estarão em minha lista. Até terem seus nomes enfim riscados depois de protagonizarem meu singelo jogo torturante da morte.
Era uma semana comum para 70% da população mundial imagino eu. Pessoas trabalhavam, estudavam, curtiam a vida em família e etc...
Algo dentro de mim, o meu segundo "Eu" talvez, tinha mais voz ativa do que eu mesmo pensava acreditar, e dizia-me que era hora de planejar uma nova investida para saciar sua vontade insana, apenas pelo prazer de conclui-la tranquilamente após vários momentos torturantes, podendo durar horas ou dias. Isso costuma variar com meu humor e com a resistência que minhas vítimas costumam ter.
Estava eu passeando pelo parque principal da cidade numa favorável manhã de domingo. O relógio em meu pulso marcava nove e quinze, eu havia degustado um bom café da manhã em meu querido apartamento, estavam deliciosas aquelas panquecas recheadas, acompanhadas por um simples suco natural de laranja feito por mim mesmo.
Após uma breve caminhada, resolvi sentar em algum banco aleatório que por ali estivesse. No caso escolhi o que estava mais próximo. Sentei e aproveitei para ler as notícias do dia no jornal que eu havia comprado momentos atrás.
Por ser um jornal local, eu ficava por dentro do que acontecia em minha cidade. Mas o que mais prendia minha atenção eram as páginas que continham notícias policiais. Eu particularmente gostava muito dessas colunas e da forma que os editores abordavam os fatos. Era muito engraçado a meu ver, eles recebiam informações vagas e complementavam de uma forma que pudessem agradar, acalmar ou até mesmo amedrontar seus leitores, tudo para que seus informativos gerassem boatos entre a população, fazendo com que a informação que poderia simplesmente ser falsa, acabasse por ganhar um certo ar de autenticidade. E ainda insistem em me considerar um assassino frio e calculista, e se na verdade eu for apenas o mocinho e fosse a mídia jornalística que estivesse fazendo lavagem cerebral nas pessoas inocentes que acreditam em tudo o que leem ou assistem?
Sim, eu poderia dizer isso, mas a verdade é que sobre o que falam a meu respeito, de fato é verídico, apesar de serem muito vagas as notícias, eu realmente sou o assassino cruel que dizem, mas que até então ninguém foi capaz de descobrir a verdadeira identidade ou olhar meu rosto e tentar decifrar o que se passa em minha mente por detrás de cada máscara que eu uso no meu dia a dia.
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Game Over - O medo está no olhar
Mister / ThrillerEu tinha todos os requisitos para ter uma boa vida em minha infância. Tirando é claro, o fato dos meus pais serem ausentes a ponto de eu ter que desenvolver meu psicólogo sozinho e crescer precocemente, entre outras coisas mais. Sofri bullying...