Empatia

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Pov Ana Paula

"–Eu te amo, Pao! - A olho pela última vez e saio dali pulando a merda da janela que corta a minha barriga pelo vidro... Eu havia deixado o amor da minha vida ali... Sangrando sozinha!"

Flashback on

Passo o restante da noite desesperada querendo saber como Paola estava, se iria me perdoar por ter mentido, não suportava a ideia de que poderia perdê-la.

Na manhã seguinte, após me certificar de que eles não faziam ideia de que era eu a Justiceira Negra, me arrumo e vou visitar minha Argentina no hospital.

Chego e dou meu nome, em seguida entro para visitar Paola.

–Com licença, bom dia! - Falo com um homem gordinho e careca, que estava ao lado da cama de Paola. Ao ver o distintivo, percebo que era o delegado, seu chefe.

–Bom dia! - Ele tem um sotaque francês. - Quem é você?

–Ana Paula Padrão, namorada da Paola!

–Ah, claro! Delegado Érick Jacquin! Sinto muito pelo que houve com ela, estamos fazendo de tudo para encontrar a responsável!

–Entendo! Espero que encontrem logo, não suporto vê-la assim! - Falo com os olhos marejados, de fato não suporto ver meu bebê nessa cama. Mas tenho tanto orgulho dela.

Vou até o seu lado da cama e seguro sua mão a beijando.

–Oi, amor... - Ela ainda estava desacordada. - O que fizeram com ela? - Pergunto com os olhos marejados.

–Bon... A procurada fez cortes no braço e na lateral do pescoço... Mas ela chegou a tempo no hospital e está de licença médica... Vai ficar bem!!!

–Aí, meu Deus... Espero que peguem logo a pessoa... Ela corre algum perigo?

–Não, vamos deixar dois policiais aqui na porta e em frente ao hospital... - Escuto o barulho do seu rádio e ele pede licença para sair.

–Eu estou com você, amor... Prometo que se sair dessa, nunca mais faço isso em toda minha vida... Eu prometo! - Beijo sua testa e me afasto, indo até a janela e me sentando lá, a vista era bonita.

–Ana...

Pov Paola Carosella

Toco meu pescoço e a cicatriz ainda fazia relevo no meu corpo... Essa foi apenas um das cicatrizes que Ana Paula deixou... As que estão dentro de mim, foram bem piores e a dor até hoje me sufoca...

Flashback On

Tudo ficou escuro e minha última imagem foi apenas da mulher pular a janela e ir embora dali... Depois disso vozes e vozes, mas minha mente não aguenta mais e apaga.

◇◇◇

Abro os olhos com dificuldade e tento me acostumar com a luz do quarto. Branca. Forte.

Minha garganta estava seca e a dor estava anestesiada provavelmente por remédios... Estou no hospital!!!

Mexo minha cabeça vendo se havia alguém no quarto e ao olhar para janela... Era ela!!!

–Ana... - Minha voz sai fraca e em um sussurro, nunca tive tanta dificuldade para falar na minha vida.

–Sim, amorzinho? - Ela sorri e se aproxima da cama. Com receio ela abaixa e beija minha testa, em seguida acaricia meu rosto. - Como você está?

–Bem... - Falo baixinho, minha garganta está seca. Percebendo minha dificuldade de falar, ela pega a garrafinha com canudinho ao lado da cama e me ajuda a tomar.

Thirst Of RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora