Satoru Aika se mudou para Tóquio no objetivo de conhecer o Colégio Jujutsu, pois por algum motivo, uma voz falava em sua cabeça em sussuros, que seu destino estava ali.
Mas ela não esperava encontrar alguém capaz de a levar do êxtase á ruína.
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Vozes. Sussuros suaves, como o soprar de ventos fracos, quase nulos. Desde pequena foi assim, me acostumei com o tempo, mas nunca falei sobre. De início achei que era coisa que minha mente criava, mas quando cheguei na adolescência descobri.
Era filha bastarda. A cria de um humano e um demônio. As vozes eram como um telefone telepatico, que se treinado pode ser mais útil e preciso. Assim que descobri iniciei meus treinos cegos pelos "dons" que não fazia idéia ter.
Pensamentos perturbados me trouxeram a Tóquio. E tive que me abrir para aquele que mais confiava.
- Vozes... - ele sussura pensativo. - Depois de tanto tempo você decidiu que agora era a hora de me falar algo assim? - ele sempre foi bom em esconder o que está sentindo, mas sei que esta chateado.
Estou envergonhada, ele sempre lutou pela minha segurança. Sendo o irmão mais velho, responsabilidades foram para suas costas muito cedo. Quando ele se mudou para Tóquio me fez jurar que se alguma coisa acontecesse era para o avisar imediatamente. Mas não o fiz quando um monstro me atacou, ou quando encontrei o dedo de Sukuna Ryomen.
E isso não demorou para ser descoberto por ele, que logo me encontrou quando cheguei em Tóquio.
- Sei que parece ruim, mas posso ajudar. - me apresso a falar.
Ele nega com a cabeça.
- Não sabemos o que pode acontecer com você se usar esse poder. Pode ficar dormente agora, mas quando enfrentar um oponente o uso deles será automático, faz parte de você. - suspiro cansada. - Mas se me prometer não passar dos limites, a levo para as missões como uma ajuda extra.
O olho confusa, ele nunca me daria uma abertura assim se algo não estivesse acontecendo.
- Humanos estão sendo transformados em maldições.
Assustada, pisco sem saber o que pensar. Isso deve explicar os pensamentos perturbados.
- Quero que conheça meus alunos.
Sorrio animada.
- Um deles será o responsável por esse dedo que encontrou. - e então ele me explica, e fico com certo pesar do garoto.
Uma decisão nobre morrer amaldiçoado para proteger os outros, mas ainda assim, torna a situação mais triste. Já me falou sobre Megumi, e estou curiosa para conhecer pessoalmente.
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- Ah? Então você tem uma irmã? - aceno para os dois achando graça de suas bochechas coradas.
- Meia-irmã. - acrescento tocando o ombro de Gojo, que da um sorriso para mim. A unica coisa que temos semelhantes em aparência é os olhos, uma jóia de família. - Ele me falou que você é quem cuida das relíquias de Sukuna.
Ele assente. Coloco a mão no bolso da minha mochila e tiro a relíquia dentro de um pequeno saco de pano. Discretamente o engole e posso ver o rosto de desagrado de Megumi. Vi tantas coisas enquanto meu irmão estava fora que isso parece não ser nada. A garota estremesse vendo. Assim que chegamos no Colégio Jujutsu meu irmão teve que sair. Uma missão foi passada para suas mãos e Kiyotaka Ijichi ligou logo em seguida.
- Yuji. - chamo o vendo olhar pela janela do carro. - Como consegue estar no controle?
Ele me olha.
- Não sei. - fala pensativo. - Mas as vezes ele se manifesta, consigo ouvir ele resmungar.
Megumi me olha interrogativo.
- Você não parece uma feiticeira.
Aceno com a cabeça em concordância, os fazendo me olhar.
- Meu irmão não quer que vocês saibam por hora, mas sei que em algum momento terei que me explicar, então vou falar agora. - começa os vendo me encarar com curiosidade. - Nasci da união de um feiticeiro e um espírito amaldiçoado.
Os vejo surpresos, estáticos e engolir em seco. Não os culpo, não parece ser algo bonito de se imaginar, mas isso é algo que bloquiei minha mente de fazer á muito tempo. Respiro fundo os olhando.
- Sou uma feiticeira, mas meu lado amaldiçoado permanece forte. Não posso ser exorcizada, assim como não posso exorcizar. Mas isso não é algo que atrapalha, pois faço algo ainda pior. - paro ao ver que chegamos.
Posso sentir a aura pesada e negra que cai sobre o prédio. Algo atrativo para a maldição dentro de mim que procura por diversão. Depois que Kiyotaka explica a situação, entramos. Não estavamos permitidos agir. Somente resgatar aqueles ainda vivos. Mas sei que isso não será possível, ja que sinto a presença de uma maldição especial.
- Vou permanecer escondida, continuem. - eles estranham, mas continuam sem mim. Meu objetivo é permanecer camuflada para observar a situação.
Mas tudo acontece rápido demais. Um dos lobos de Megumi é morto, Kugisaki é puxada para outro lugar e em questão de segundos ele aparece. Posso sentir o medo paralisador dos dois, assim como a maldição, que está adorando brincar com eles.
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Quando me coloco atrás da maldição a mão de Yuji é arrancada. Merda. Megumi parece fora de órbita. Notando minha presenca tarde demais, lanço a maldição para longe, a fazendo bater contra a parede de concreto.
- Megumi. - o chamo e o mesmo me olha parecendo preocupado com seu amigo. - Vá atrás da Kugisaki, lidaremos com isso.
- Mas... a mão do Yuji...
Sorrio o tranquilizando.
- Não se preocupe, apenas a ajude. Caso contrário nenhum de nós terá chance de ajudar algum sobrevivente. - Yuji fala decidido. Relutante, ele parte em direção aos corredores. Me viro para Yuji séria, o encontrando amarrar um cinto no braço para parar o sangramento.
Em segundos a maldição esta a minha frente, me atacando. Desvio socando seu rosto logo em seguida, mas não coloco muita força, fazendo com que ele vá atacar Yuji, que é lançado para longe. A situação começa a ficar crítica, não posso usar minha verdadeira força pois posso sair do controle e ninguém sairá vivo daqui, mas se não o fizer a maldição quebrará Yuji como se fosse um pequeno inseto.
Da última vez que isso aconteceu não pude ter a chance de salvar meus amigos. E hoje, a única coisa que tenho deles são as lembranças. Essas pessoas são importantes para meu irmão, não posso deixar que morram aqui. Como Yuji sempre diz, todos merecem uma morte digna.
Mas antes mesmo de concluir minha decisão, vejo ele se autocríticar como fraco. E então, me olha, e sei o que fará. Mesmo que tentasse impedir, não teria sucesso, pois quem esta no controle disso é ele. Posso ver que está com medo por mim, mas também sabe que sou forte o suficiente. Afinal, sou irmã sanguínea de Satoru Gojo.