Ouso sua gargalhada excitada ecoar pela floresta, e tenho completa certeza de que todos da cidade também ouviram, incluindo eles.
- Não se empolgue demais. - falo sorrindo.
Sei o quê devo fazer, mas quando o olho, uma leve relutância me faz querer desistir. Algo me diz que Gojo e nosso pai estavam com medo de algo, mas imagino que tenham preocupações maiores agora.
Vou até ele e toco suas costas largas. Se virando para mim, ele enlaça minha cintura, me puxando contra seu peitoral nu. Seus quatro braços expostos estão cada vez mais fortes.Em segundos estavamos em minha cidade natal. A lava parece ser um colírio para os olhos da maldição. Suspiro deixando a meus ombros leves, me afasto dele e me abaixo, tocando as palmas das mãos contra o solo. Explosões a nossa volta se tornam uma música desagradável aos ouvidos. Exceto para os meus, que apreciam como uma melodia melancólica.
Ele tampa seus ouvidos com suas mãos rugindo com tamanho desconforto. A ar do ambiente pesa, passamos a respirar puro fogo e grandes muralhas se erguem, assim como um enorme palácio cercado por lava incandescente.
Sorrio satisfeita. Olho para ele, e o mesmo me segue para dentro. Atravessamos a entrada, chegando ao meu lugar. Sukuna tinha seu truno de ossos, e eu tenho o meu.
- É sua vez de ficar de pé ao meu lado. - falo arrancando um sorriso divertido do mesmo.
(...) Enquanto isso...
- Não há outra opção...
Sua voz parece distante. Lembrar da insanidade em seu rosto lhe faz engolir em seco. Não era ela. A Aika que estava na sua frente minutos atrás não era a mesma que procurou a sua ajuda por tamanho estrago emocional pela culpa de ferir seus amigos. Pela culpa de existir.
Aquela era apenas um casca oca de desespero pelo caos. E apesar de sentir que esconde algo, não sabe o quê pensar. O mais velho fala que aquela era sua verdadeira face, que era esperado que seu lado caótico despertasse mais cedo ou mais tarde.
Mas mesmo sabendo que pode estar certo, nunca estaria preparado para o que esta lhe cobrando. Matar sua própria irmã. A mesma irmã que quando mais nova, se confundia e o chamava de pai. E ele deixava passar, pois ele esteve com a mesma sempre, mesmo depois do mais velho os deixar.
- Isso não esta certo... - sua voz fraca se pronuncia, quebrando o silêncio. - Não posso fazer isso.
O mais velho respira fundo.
- Você pode. - fala duro, mesmo entendendo a dor do filho. - Também é difícil para mim, mas temos o dever de salvar vidas. Vidas essas que ela esta disposta a descartar.
Um vaso é jogado contra a parede do quarto da caçula, se quebrando em pedaços.
- Preciso sair daqui...
Gojo sai do cômodo indo em direção a porta da casa. Seus punhos estão cerrados, seu corpo rígido e senti que sua cabeça está prestes a explodir. Era assim que sua caçula o deixava, capaz de o desestabilizar de uma maneira perturbadora.
Sente que se visse uma maldição perderia a cabeça. Não sentia culpa por deixar que se prendesse com Sukuna Ryomen, mas sentia desespero. O desespero de não saber o quê fazer ou pensar.- Não temos tempo, Gojo. - a voz dura o faz paralisar, tentando controlar a vontade de quebrar o rosto de seu próprio pai. - Terá que decidir agora. Irei atrás dela, e se não vier junto, se arrependerá no futuro.
O encara.
- Você passou anos longe dela, não sabe metade do que ela passou ou como foi sua vida. - se aproxima perigosamente do mais velho. - Eu a criei como um verdadeiro pai enquanto você se aventurava pelo mundo as custas da herança dela.
Isso o faz dar um passo para trás, uma fina linha de suor escorre por seu rosto.
- Como sabe...?
- Não me faça rir. - sua voz sai seca. - Com quem acha que está falando? - O tecido que esconde seus olhos cai sob seus pés, o olhar mortal que nunca viu antes o faz engolir em seco. - Saiba seu lugar.
Virando as costas, ele some da vista do mais velho com o último fio de paciência prestes a arrebentar. Odiava se sentir impotente, sendo um dos mais fortes estava acostumado a saber como resolver problemas, mas isso não era um simples problema.
Mal percebeu onde estava quando parou de andar, mas logo avista uma silhueta conhecida. Conhecida demais para se aproximar, não estava com a cabeça fria o suficiente para falar com ele agora. Depois daquela noite não planejada... ainda não estava pronto para assumir algo.
Se afastando, coloca as mãos nos bolsos da calça olhando para as estrelas e o céu estranhamente... vermelho. Confuso, ele olha mais atentamente. Clarões de trovões chamam sua atenção, as nuveis vermelhas e milhares estrelas parecem começar a cair. Olhando em volta, sua respiração falha. Seu corpo paralisa no ligar quando vê o chão coberto por sangue, e o a escuridão a sua volta ser iluminada apenas pelo brilho vermelho do céu.
Vozes desesperadas entram em seus ouvidos. Pedem ajuda com a voz carregada de dor e sofrimento. O quê passa por sua mente parece ser inacreditável. Ela cobriu a cidade em sua expansão de domínio?
- Gojo. Sua irmã está morta.
A voz estrondosa é acompanhada pelos trovões.
- Chegou a hora... aquela não é mais sua garotinha. - seu pai se aproxima com a expressão dura.
- Está errado. - Gojo fecha seus punhos. - Aquela é minha garota com dor.
Desculpa os erros, não tive tempo de corrigir, machuquei meu braço e tá doendo para um caralho, mas queria postar algo ainda hoje. 🖤🧡
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O Desejo Doentio de Sukuna Ryomen
FanfictieSatoru Aika se mudou para Tóquio no objetivo de conhecer o Colégio Jujutsu, pois por algum motivo, uma voz falava em sua cabeça em sussuros, que seu destino estava ali. Mas ela não esperava encontrar alguém capaz de a levar do êxtase á ruína.