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Chego em casa cansada após um treino pesado de aerohiit na academia. Eu adoro fazer exercícios, correr, andar de bicicleta, dançar, tudo que me faça perder calorias. Todos falam que não preciso fazer exercícios, pois sou magra, com a cintura bem fina e marcada. E como meus amigos dizem: "se passar um vento me leva", mas eu gosto dessa vida de adrenalina.

Sigo direto para o banheiro para tomar um banho, pois estou grudando. No entanto, infelizmente, escuto algo que faz meus pés pararem em frente à porta do quarto dos meus pais, que estão falando sobre minha tão sonhada viagem.

— Amor, eu acho muito arriscado a Lupi ir sozinha para o outro lado do mundo! Eu tenho medo. — A voz manhosa da minha mãe me faz bufar.

— Eu sei meu amor, também tenho essa preocupação.

— Ela poderia ter pedido algo mais simples. — Minha mãe comenta, preocupada.

— Eu vou conversar com ela sobre isso, vai que ela muda de ideia.

Ouço silêncio no quarto e saio direto para o banheiro com lágrimas nos olhos.

Tiro a roupa em uma rapidez absurda e entro no banheiro deixando a água gelada bater em meu corpo junto com as lágrimas. Sempre fui uma filha obediente, nunca falhei com eles. Por que não posso viajar sozinha?

Após tomar banho, coloco minha calça moletom, uma blusa leve, me deito na cama debaixo do edredom, ligo a televisão e coloco no meu programa preferido de moda. Ficar deitada debaixo do edredom quentinho é vida! Ouço barulho na porta e vejo que é meu pai.

— Lupi, filha, está acordada? — Pergunta.

— Sim.

Estou sem ânimo para conversar. Ainda mais depois do que escutei.

— Podemos conversar? — Entra no quarto e se senta na beira da cama.

Fico em silêncio.

— Lupi.

— Já sei o que você vai falar! Que não posso viajar para Paris. — Argumento chateada.

— E por que acha que vou dizer isso? — Contesta observando.

— Sei lá, pai. — Dou de ombros, mas não falo que escutei a conversa atrás da porta, não quero ouvir um sermão.

— Quero saber: por que Paris?

Ah, Paris. É meu sonho conhecer a França e cada cantinho daquele lugar.

— Porque é um dos meus sonhos, papai. Quero muito ir lá ver cada ponto turístico, principalmente a Torre Eiffel. Nossa! Eu sou apaixonada por Paris. — Respondo sonhando com minha querida viagem. — Estou pesquisando sobre a França durante meses, e se esse meu sonho se concretizar será uma felicidade que não sei nem expressar.

— Filha, nossa preocupação é você sozinha, longe da gente, em um país distante.

— Pai, eu quero ir com a Sofia. O senhor só precisa convencer a mamãe e os pais dela. — Nós dois caímos na gargalhada.

— Não sei minha menininha. — Acaricia meus cabelos. — Mas irei pensar com carinho sobre isso.

— Por favor, pense com muito carinho. Lembre que sou sua única filhinha, que vai fazer dezoito anos e que é uma filha exemplar e merece esse presente.

— Nossa mais que convencida! — Ironiza. — Nunca vou me acostumar que você e seu irmão estão crescendo, para sempre serão meus bebês.

— Tudo bem, pai, só não diz isso na frente dos meus amigos, beleza? — Ele levanta a sobrancelha.

— Pode deixar, minha princesa linda. — Recebo um beijo na testa. — Boa noite, filha.

— Boa noite, papai. — Antes que ele feche a porta, eu digo. — Te amo, pai. Obrigada pelo seu cuidado.

— Também te amo, minha princesinha.

Meu pai sai do quarto e fico pensando como sou abençoada em ter a minha família. Sabe, muitas das vezes não agradecemos pelas pessoas que Deus coloca ao nosso lado. Eu cresci em uma família abençoada. Com minha mãe Marisol, meu pai protetor Theo e meu irmão pertubado Erik, mas se não tivesse ele não teria graça, né?

Gosto de pensar sempre na vida antes de dormir. Recordo de tudo que passou no meu dia e no final agradeço pelo cuidado de Deus. Porque eu aprendi com meu pai que sempre precisamos ser gratos. Minha vozinha também sempre me lembra disso. Então, só agradecer e dormir.

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Um Destino  Livro IV ( DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora