Calmo, tranquilo e sem surpresas. Era assim que meu ultimo ano devia ser. Sem câmaras, sem torneios, sem dementadores, sem mortes e sem vira-tempos, principalmente sem vira-tempos, e morte é claro. Mas aparentemente a Hermione estranhamente Malfoy não conseguiu aprender a lição e agora a Hermione, ainda Granger, tem que lidar com os problemas da estranhamente Malfoy.
-Alya minha querida, você tem plena certeza do que está dizendo?- Minerva perguntava gentilmente para a criança que devorava um sapo de chocolate.
A sala da diretora mesmo com todos o espaço parecia me sufocar e o olhar de Malfoy vagando entre a pequena e eu atiçava meu sistema nervoso, trazendo a tona a lembrança perfeita daquele soco. Mudo desde o momento em que Alya me chamou de mãe, Malfoy nos olhava como se fossemos a personificação do pecado ao mesmo tempo em que balançava a cabeça dizendo de forma quase inaudível que a brincadeira já passava dos limites.
-sim tia mine- A pequena platinada, confirmava pela quinta vez enquanto balançava a cabeça em sinal de sim- Alya Ganger Malfoy, que nem o Hugo e o Scopio. Tês Ganger Malfoy, assim ó- ela mostrava com os dedinhos quantos eram como se fossemos incapazes de contar sozinhos e quão cansada já estava de responder tantas e tantas vezes a mesma pergunta, me fazendo pensar que qualquer duvida morria ali, Alya exalava Draco Malfoy, desde a cor de seus cabelos enrolados á postura de princesa tipicamente Malfoy.
-É sua filha Granger- Malfoy apontou me olhando- sabe-tudo igualzinha.
-Engraçado, jurei ter visto ela te imitar enquanto contava- sussurrei de volta sorrindo para Alya que me mostrava uma cartinha com o rosto de Harry. Malfoy riu ao meu lado dizendo pro alto que devia ser castigo de Merlin mas que não havia como negar, Alya era nossa, completamente nossa, do andar realeza Malfoy ao falar como se soubesse tudo do mundo claramente meu Alya era nossa.
-Mas como foi acontecer?- murmurei em direção ao nada, bagunçando meus cabelos em sinal de frustação. Para a mente mais brilhante dessa geração, fica sem respostas por ser esmagador. Malfoy me olhou como quem diz "Você quer realmente que eu te explique?" enquanto eu negava com a cabeça por puro reflexo.
-Ora Granger, eu até diria que foi a bebida, mas para isso precisaríamos ser alcoólatras- a ironia em sua voz podia até ser mais estressante que seu olhar de "pecado, é um pecado"- fala sério, três filhos. Estamos o que competindo com os cenouras?- qualquer outro diria que Malfoy estava se divertindo com a situação, mas eu, o outro lado da moeda podia ouvir a palavra pecado ser gritada e re-gritada em sua cabeça.
E o pecado, o grande pecado da poluição sanguínea da tradicional família Malfoy corria livremente pela sala, observando e conversando com os quadros. Enquanto dizia a Minerva como entrou em meu escritório, subiu em minha mesa e quebrou o vira-tempo. Maldito vira-tempo.
- Então o papai gitou o Scop e eu cai com o...- Alya pôs a mão ao redor do queixo para pensar enquanto forçava os olhinhos- virador, viravira. A o negocio. E ele quebo, em vários pedacinhos, aqui ó.
O vira-tempo em sua mãozinha se parecia mais com um biscoito quebrado que um objeto mágico. Minerva o pegou para avaliar melhor mas não era necessário nenhum especialista para descobrir que o mesmo estava quebrado. A professora agitava sua varinha em diferentes direções fazendo com que o objeto girasse no ar enquanto Alya pulava tentando o alcançar. Ver o vira-tempo quebrado girando e girando sem um aparente concerto só servia para deixar a situação mais desesperadora ainda. E isso porque eu ainda não tinha começado a tentar descobrir o que me levou a ser a senhora Malfoy, uma vez que minha mente estava concentrada em descobrir como devolver uma criança ao seu tempo de origem, sem alterar nada na linha do tempo (talvez meu casamento) e mesmo que involuntariamente em "Será que moramos naquela Mansão Malfoy? Não é possível que a futura Hermione, eu, more onde quase morreu. Não não não".
Minerva deixou que o vira-tempo rodasse sozinho no ar enquanto ia até sua mesa em busca de pena e pergaminho. O ministério precisava saber do ocorrido para que o mesmo pudesse ser resolvido o mais rápido possível, aquele também devia ser seu ano de paz e tranquilidade e não crianças vindas do futuro sendo entregues por portais mágicos, só olhar o jovem casal observando a menina pular na tentativa de pegar o cordão, já fazia Minerva sentir mais um fio de cabelo branco e mais uma ruga crescendo. Harry uma vez disse e talvez não tenham sido mentira, os problemas seguem o trio de ouro.
-Mamãe poque você tá de uniforme? E você também papai? Poque?- ser esperta as vezes pode ser bem problemático, e ser "mãe" de alguém esperto pode ser mais ainda- E cadê os meninos? Que lugar é esse mamãe? Papai você sabe?- Alya pediu colo e foi prontamente atendida pelo "pai", Malfoy estava sério talvez pensando no que dizer mas orgulho demais para pedir ajuda a uma grifinória sangue-ruim, acho que segurar a "mistura" do nosso sangue e digerir o próprio futuro já era demais para o pobre cérebro preconceituoso dele.
- Porque a senhorita aprontou de montão dona Alya Granger- disse olhando-a tentar se esconder entre as veste de Malfoy.
- Malfoy - O platinado acrescentou de má vontade, porém ajudando a pequena a se "esconder" enquanto eu balançava as mãos como se o nome Malfoy não tivesse importância
- E agora, nós, seus... pais. Temos que resolver esse grande problema, mas enquanto isso você vai ficar aqui, com a gente em Hogwarts tudo bem?- Alya balançou a cabeça como se realmente não se importasse fazendo Hermione respirar aliviada por não ter que lidar com mais um episódio de choro da pequena criança.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Granger Malfoy -REESCREVENDO-
FanfictionPor que algumas vezes o amor só precisa de uma forcinha pra acontecer. Uma força de 1,03 de altura, 16kg e longos cachos platinados, com nome de estrela como manda a tradição. Mas será que é fácil despertar o amor nos corações de cobras e leões? -R...