Eu já estava acostumada a ter pesadelos e sonhos confusos, mas eles nunca acordavam aninhados em meu peito.
- Bom dia! - a luz do sol já ocupava boa parte do quarto e a brisa gelada das manhas em Hogwarts dava as caras junto a ele. Gina penteava os cabelos em frente ao espelho, dizendo que estávamos atrasadas para o café.
Alya ainda dormia serena como o bebê que era agarrando o travesseiro. Eu precisava descer, encarar o temido mundo real, e agir como Hermione Granger agiria, sendo racional e pondo abaixo a biblioteca até encontrar as respostas para perguntas que eu nem ao menos sabia fazer.
Ainda não havia conversado com Malfoy sobre toda a bagunça que Alya fez ao brincar com o vira-tempo e sinceramente não tinha certeza de que queria uma vez que não sabia direito nem o que falar "Oi Malfoy, um minutinho pra falar da creche que vamos abrir?".
- Harry está te esperando no final- não esperei que terminassem de falar para descer correndo em direção aos braços de Harry, ele me abraçou acariciando meus cabelos sem dizer nada mas ainda sim deixando claro que estaria comigo, mesmo sem entender ou concordar. Uma menina. Era isso que eu era naquele momento nos braços de Harry, uma menina buscando socorro nos braços do irmão mais velho. Eu não precisava mentir para Harry, dizer que estava tudo bem ou que tudo ficaria bem, não precisava ser forma e muito menos ter a resposta pra tudo na ponta da língua, com ele ali eu podia só sentar e existir ou chorar como um bebê sem a mãe.
-Está tudo bem Hermione, tudo bem- Harry me levou em direção ao sofá mais afastado da sala, ainda me abraçando- Pode chorar se quiser, eu prometo não contar para ninguém-
Gina passou em algum momento levando Alya para o café, o salão esvaziou aos poucos com caras amassadas descendo, todos seguindo na mesma direção da ruiva evitando ao máximo olharem para o pequeno pontinho tremulo enrolado os braços de Harry.
-Como? Como isso pode ter acontecido Harry?- meu rosto estava afundado no pescoço de Harry molhando todo seu suéter e suas mãos ainda acariciavam meus cabelos - Malfoy Harry. MALFOY!- eu apertei mais Harry contra meu corpo, na esperança de quem sabe sumir, me fundindo a ele, e sumindo.
-Eu não sei Mione, sinto muito por não poder responder as suas perguntas, normalmente você responde as minhas- Harry riu fraco, me fazendo rir junto- mas três filhos, tenho certeza de que algo de certo o filhote de dragão fez- eu lhe dei um tapa sem força e ele começou a rir.
Nós ainda ficamos abraçados por um tempo provavelmente perdendo o café, enquanto conversamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo, Harry evitava tocar no nome Alya mas eu ainda podia sentir sua curiosidade, e mesmo sem querer o nome da pequena Granger Malfoy foi regularmente citado, direta ou indiretamente.
-Mamãe o café é muito gostoso, e olha um dagão- Alya pulava de um lado para o outro segurando um pequeno dragão de pelúcia nas cores verde e prata em frente ao rosto- o papai que me deu, olha que bonito mamãe, olha tio Harry-
Alya conversava animadamente com Harry contando sobre seu café e sobre o presente, Gina acenou em minha direção e sussurrou um "Malfoy" apontando em direção ao quadro da mulher gorda. Malfoy estava de pé ao lado da porta brincando com a própria varinha em silencio, e isso, só isso, a imagem seria e silenciosa de pé em toda a pose Malfoy já assustava e intimidava primeiranistas apressados e atrasados.
- Babador Granger?- o sorriso sarcástico tão costumeiro disfarçava as densas olheiras a baixo do incomuns olhos cinzentos. - Alya? Granger eu realmente espero que minha filha não esteja nas mãos do raio suicida
Ele ainda brincava com a varinha, e eu ainda o olhava, sem piscar ou desviar. O que? O que? O que me levou ao Malfoy? O que me trouxe Malfoy? Quando eu comecei a amar Malfoy? Por que eu amo Malfoy? Céus são tantas perguntas sem nenhuma resposta
- Granger?? Mulher, me da minha filha por favor?
- Nossa Malfoy, queira ou não ela é nossa filha!
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mil desculpas pela enorme demora e pelo capitulo curto e simples, não desisti ( já prometi não desistir) só estou com pequenos problemas pessoais - mãe doente, faculdade, trabalho- e acabo não tendo tanto tempo assim para escrever
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The Granger Malfoy -REESCREVENDO-
Fiksi PenggemarPor que algumas vezes o amor só precisa de uma forcinha pra acontecer. Uma força de 1,03 de altura, 16kg e longos cachos platinados, com nome de estrela como manda a tradição. Mas será que é fácil despertar o amor nos corações de cobras e leões? -R...