Existem certas coisas na vida que Hermione nunca imaginou que veria. E considere que a mesma já viu um cara sem nariz, um cão de três cabeças, um dragão cego, um amigo voltar dos mortos e uma filha vinda do futuro. Mas assistir a interação entre Harry e Pansy, enquanto os dois discutiam o último dever de poções era o ponto alto de sua semana, talvez mês pós Alya. Harry estava sentado de pernas cruzadas, com as costas apoiadas na árvore atrás de si, enquanto Pansy, sentada sobre a capa grifinória estendida sobre a grama, lhe apontava algo no pergaminho sobre suas pernas.
一Desde?...一 ela começa sem saber bem o que perguntar. Desde quando saem juntos? Estudam juntos? São amigos? Eles são amigos?
一Pansy sentou conosco no último fim de semana 一 diz Rony antes de pegar um último sapo de chocolate, como se apenas isso fizesse Hermione entender 一 quer dizer, mais com Harry que comigo né...
一 Então, amigos? Ou...
一 Parece que sim! Amigos, a buldogue até que é legal一 Rony sussurra a última parte, recebendo um olhar feio de Hermione. Pansy seria madrinha de seus filhos em um futuro muito confuso, os apelidos já não eram mais bem vindos.
一 Que ela jamais saiba sobre isso一 Malfoy se aproxima devagar, se apoiando na pilastra atrás deles一 ou você teria uma morte horrível e cruel Weasel.
Ron ri contido, acenando com a cabeça.
一Então faça favor de não contar doninha!
Hermione revira os olhos, sem se virar, evitando olhar para Draco.
一 Ainda vivo Malfoy? 一 Rony segura o riso 一 Já estava preparando as flores一 continua a castanha ainda sem desviar os olhos do "casal"一 gosta de lírios? Ou copos de leite?
一 Sinto muito 一 diz Malfoy após poucos segundos de silêncio.
Hermione ri seco virando a cabeça em sua direção, no instante em que uma Pansy brava acerta Harry com um rolo de pergaminho, levando o moreno às gargalhas. Hermione esperou, por duas longas semanas, a mesma esperou um olá, um aceno que fosse entre as aulas e corredores, algo que a dissesse que Draco também sofria, mas que acima disso, estava lá para ela. Esperou que o loiro fosse até ela, lhe abraçasse ou apenas dissesse que tudo ia ficar bem. Que Alya estava bem. Parecia ridículo dizer isso em voz alta, mas era verdade.
Hermione esperou Malfoy, apenas cansou.
Rony apertou seu ombro em uma silenciosa despedida, a questionando com o olhar se tudo bem ir agora, antes de sair, ameaçando Malfoy em emitir som.
一 Eu te esperei sabia?一 confessou a morena ouvindo os passos de Rony se afastarem一 Eu ridiculamente te esperei.
一 Eu sinto muito!一 repetiu ele.
一 Porque? Porque exatamente você sente Malfoy 一 questiona ela. A testa franzida e as mãos cerradas ao redor do corpo deixavam claro o quão brava, Hermione estava.
Não havia mais motivos para serem Draco e Hermione, Alya não estava mais lá.
一 Eu...一 começou ele, parando logo em seguida. Draco abria e fechava a boca de forma discreta, sem saber exatamente o que devia dizer. Ou como devia dizer.
A morena se virou, desencostando o corpo da pequena mureta e encarando Draco.
Milhares de formas de matar um Malfoy e outras dezenas de feitiços que em grandes escalas podem ser classificados como letais passavam por sua cabeça naquele momento.
一 Você por acaso não sabe dizer outra coisa?一 ela diz, imitando o modo como ele repetia "sinto muito" 一 Francamente Malfoy, esperava que seu vocabulário fosse mais extenso. Você nem ao menos sabe o motivo das desculpas, não finja que se importa, Alya não está mais aqui, não precisa ser gentil, falar comigo nem nada disso.
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The Granger Malfoy -REESCREVENDO-
FanficPor que algumas vezes o amor só precisa de uma forcinha pra acontecer. Uma força de 1,03 de altura, 16kg e longos cachos platinados, com nome de estrela como manda a tradição. Mas será que é fácil despertar o amor nos corações de cobras e leões? -R...