cap 100🤩

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Montanha
(Quarta- Feira)

ㅡDesembucha, oque tá escrito nesses papéis.ㅡ Me levantei puto olhando pro doutor.

Dr: Bem, achamos uma dosagem alta de ácido clorídrico e amônia no sangue da sua esposa esses componentes são estremamente tóxicos e são encontrados na composição dos desinfetantes.  O nível alto da dosagem a fez passar mal e ter a convulsão, provavelmente ela ingeriu o produto.

ㅡ Isso aí que causou os roxos nela?

Dr: Provavelmente, olha ela não morreu por pouco , a dosagem estava estremamente alta. Isso podia prejudicar até os bebês. ㅡ Concordei. Entreguei uma quantia em dinheiro pra ele e saí da sala no ódio puro.

  Subi o morro nem rendi pra ninguém tava virado no catisso entrei em casa escutando barulho das fofoqueiras e o chorinho fino da Isa, mas tava sem um pingo de paciência. Passei pela mesa da cozinha vendo elas lá, Maria me encarou e eu fiz sinal pra ela subir pro quarto comigo, ela já veio com aquele vestidão florido marcando a barriga e eu fiquei todo bobo, ela abriu um sorriso e aí que eu me derreti inteiro, só ela pra me acalmar. Entrei no quarto e ela veio atrás. Bati o olho nós roxos dela e já lembrei da desgraça da Luiza.

Maria: Eieiei, tá fechando esse punho porque? Não fiz nada.ㅡ Se afastou fechei meus olhos respirando fundo. E passei as mãos com raiva no cabelo.

ㅡ Vou te perguntar sem maldade, me responde na sincera. ㅡ Encarei ela. Tentei me acalmar e respirei fundo. ㅡ Tu nesses desejos loucos aí, não bebeu desinfetante não né? ㅡ Ela já me olhou prendendo o riso, e eu fechei logo a cara.

Maria: De onde você tira essas coisas?ㅡ Deu risada.

ㅡ Tô falando sério Maria, esses dias mesmo tu comeu terra molhada lá.

Maria: Aí Montanha, já te expliquei, a terra tava com um cheiro tão gostoso eu peguei só uma provinha, não comi um prato cheio.

ㅡ Então tu não tomou né?

Maria: Óbvio que não. Porque? ㅡ Ergueu as sombrancelhas.

ㅡ Nada não. ㅡ Saí do quarto o mais rápido possível e ela veio atrás me gritando, tô rezando do fundo do meu coração pra Luiza não ter feito oque eu tô pensando, eu tô rezando mesmo. Porque se ela tiver feito essa parada pra envenenar mesmo a Maria eu cerro as duas pernas dela e de quebra os braços. Caminhei até  meu escritório e abri a gaveta de chaves. Peguei a do cofre e  abri pegando as armas e os instrumentos de tortura. Maria entrou de uma vez e travou na porta quando me viu segurando um dos ferros pontiagudos.

Maria: Pode por favor me explicar?  ㅡ Fechou a porta quando entrou pra dentro do escritório.

ㅡ Seus exames deram alteração no sangue, uma parada que eles colocam em desinfetante em água sanitária esses treco assim. É tipo um pó que as indústrias usam.

Maria: Por isso a pergunta. ㅡ Falou ㅡ mas eu juro que não bebi.

ㅡ Se tu não bebeu como foi parar aí, dentro de você?

Maria: não sei, talvez seja de algum medicamento sei lá.

ㅡ Tu é muito ingênua, é claro que te deram isso em alguma comida ou bebida. E eu já sei quem foi. ㅡ Ela estreitou o olhar.

Maria: Quem?

ㅡ Luiza. ㅡ Falei na tora.

Maria: E por qual motivo ela faria isso?ㅡ Jogou, Maria pensa que sou idiota, pensa que eu não sei que ela sabe do meu passado com Luiza. Deixou a carta na pia do banheiro e pensa que não sei que ela leu.

ㅡ Tu sabe, não paga de sonsa pro meu lado. ㅡ Voltei a procurar meus utensílios de tortura.

Maria: E vai fazer oque com ela?

ㅡ Oque tu acha? ㅡ Olhei pra ela que abaixou o olhar. ㅡ Nem vem.

Maria: Tu destruiu os sonhos dela.

ㅡ Não vou te dar papo não. Oque ela fez foi muito perigoso Maria colocou você e  minhas crias em perigo. ㅡ Me estressei.

Maria: Não precisa matar ela.

ㅡ Tu tá  drogada? Ela quase te mata, e tu ainda defende. Para de ser boazinha prós outros Maria, tu acha que alguém pouparia a sua vida? Ela pensou em poupar sua vida?ㅡ Perguntei fechando a mochila e ela ficou calada por um tempo.

Maria: Você fez ela ficar assim, você prometeu a ela uma vida, e você não cumpriu.

ㅡ TA JOGANDO A PORRA DA CULPA EM MIM ? ㅡ Fui em cima dela a vendi se encolher, mas respirei voltando pra trás tentando me acalmar. ㅡ Eu não vou ficar discutindo com você.

Maria: VOCÊ SABE QUE  ESTÁ ERRADO.

ㅡ MARIA CARALHO ELA QUASE TE MATOU! ㅡ Me  virei  pra parede tentando me controlar.

Maria: PORQUE ELA QUERIA TE ATINGIR, VOCÊ NÃO ENTENDE, EU TENHO RAIVA DELA POR DESCONTAR EM MIM E NOS MEUS BEBÊS, MAS O ERRO DELA NÃO ANULA O SEU.  ㅡ Dei um morro na parede e a porta foi aberta por Nk e 66. ㅡ O erro dela foi deixar suas promessas subirem pra cabeça dela.

Nk: Que ouve? Ses tão gritando que dá pra ouvir lá de fora. ㅡ Me encarou e depois olhou pra mochila.

Maria: Não mata ela. É a única família da Gilda, e ela tá fora de si dá pra ver que ela não tá bem. ㅡ Fitei seu rosto  vermelho. E esfreguei a cabeça com força. Saindo dali com a mochila nas costas. Tô pouco me fodendo, nunca dei esperança pra Luiza, nunca prometi casamento muito menos uma família. Ela que era bobinha, ela que criou essas ilusões. Nunca prometi nada. Mas ela mecheu com minhas crias, e isso eu não vou perdoar. Eu não vou mesmo.

    Montei na moto e coloquei o capacete. Luiza não vai escapar de mim. Vi Nk correndo pra me acompanhar mas antes que ele me alcançasse eu já acelerei. Tô sem paciência pra ouvir esses porra comendo meu juízo.

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Boa tarde 😘

Meu Melhor Erro (Finalizada. Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora