Você me traiu

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Montanha

    Continuei encarando a senhora à minha frente enquanto ela enxugava as lágrimas.

ㅡ Deixa eu ver se eu entendi direito!ㅡ Fitei ela ㅡ A senhora quer que eu.ㅡ Apontei pro meu peito ㅡvá até a cadeia pra tirar seu filho de lá. ㅡ fiz ar de riso e ela confirmou.

Senhora: Sim! Vocês não arrastaram ele pra essa vida. Agora tirem ele de lá. ㅡ Gritou.

ㅡ Olha! Eu não costumo ir atrás de filho de ninguém pra obrigar eles a trabalharem pra mim não. ㅡ Ajeitei a Glock na cintura e ela arregalou um olhão. ㅡEles chegam me pedindo emprego, achando que a vida no crime é só portar uma arma e ameaçar geral. Crime não é brincar de polícia e ladrão não dona, crime é real.

Senhora: E vocês vão deixar meu filho lá? Você é um monstro Montanha. ㅡ Se cresceu. ㅡ Não é atoa o'que dizem de você! Você teve coragem de matar sua própria mulher e o filho que ela estava esperando quem dirá oque  fará com os moradores. ㅡ Não aguentei, fui pra cima dela mas Nk entrou no meio.

Nk: Montanha velho! Que isso? ㅡ Me afastou dela.

ㅡ Você dobra a boca pra falar de mim, desgraçada, e que papo é esse de eu ter matado a Ester! Vai se fuder. ㅡ arremessei a cadeira longe, Nk mandou a senhora sair e eu tentei me acalmar. ㅡ Tá vendo porra, oque esses merda pensa de mim! Eu não seria capaz de triscar um dedo na Ester porra! Eu amava aquela mulher ㅡ Lancei a mesa longe.

Nk: Calma mano, vai quebrar tudo desse jeito. ㅡ Tentou prender os meus braços.

ㅡ Solta porra! ㅡ Me soltei ㅡ Se eu trombar com essa velha, eu vou matar ela Nk , vou dá três tiros na testa dela, e aí sim eu vou dar motivo pra me chamarem de monstro.ㅡ Saí da salinha indignado, e guiei para minha casa. O quebra, quebra começou e porra nenhuma ia me acalmar.

   Peguei a mesa de centro e joguei na televisão, eu precisava daquilo e eu iria quebrar tudo,  peguei meu whisky e me sentei no sofá pronto para beber.

     Ela estava grávida, mas não o  matei, eu não sabia que ela estava grávida , não foi por querer eu juro.

                          Flashback

Tínhamos acabado de fazer um sexo selvagem, eu sentia falta disso, e tinha pedido tanto para que ela cedesse, eu implorei já que a semanas ela vinha dizendo que estava indisposta, mas eu queria, e ver seu corpo nu ao sair do banheiro só me deu mais tesão. Ainda deitada em meu peito ela se encolheu e fez uma cara de dor. De relance eu a encarei mas ela continuou em silêncio.

ㅡ Oque foi isso? ㅡ Perguntei acendendo a luz do abajur.

Ester: Uma dor, forte ㅡ Me levantei apressado até o receptor e logo ao acender a luz e ela retirar o edredom o sangue já escorria. Eu me desesperei porque não sabia o que fazer, Ester estava sangrando na minha frente e eu mal conseguia reagir.

     Depois de minutos encarando a cena, me vesti rápido com uma calça, procurei um vestido e a vesti rapidamente, Ester estava pálida como um papel o'que só aumentava meu desespero. Peguei ela já sem forças em meu colo e guiei até o hospital, eu tinha medo que algo a acontecesse. Eu não conseguia raciocinar. Se a mulher que eu amo morresse eu não sei oque faria.

    Cerca de duas horas depois recebi a noticia que ela estava grávida, mas que infelizmente havia tido um aborto, meu mundo caiu, eu havia causado um aborto, eu a tinha convencido a fazer aquilo mesmo sem ela querer, eu levaria a culpa por ter deixado um desejo egoísta meu, matar uma criança indefesa, meu filho.

     Quando me deixaram entrar na sala Ester mal me olhava, acho que ela nem conseguia, me sentei ao seu lado e quando tentei a tocar ela se esquivou. Não há nada pior do  que a rejeição.

Ester: sai daqui por favor! ㅡ Ela pediu a voz embargada. Eu não sabia como agir em tal situação apenas a deixei com seu tempo.

     No outro dia fui buscá-la, mas ela mal falava comigo, Ester me tratava como a pior pessoa do mundo,  com indiferença, desprezo, repulsa arrisco dizer que nojo. Meses se passaram e a noticia do bebê veio atona, porém não acompanhado da história do aborto.

   Todos acreditavam numa possível gravidez e eu querendo tirar minha mulher do fundo do poço em que ela se encontrava, separei um dos quartos onde guardava droga, comprei um berço e algumas outras coisas de bebês. Preparei um jantar, eu iria pedir que tentássemos ter outro bebê. Mas ela odiou a ideia, me chamou de insensível, falou que eu queria fazer com que ela se esquecesse de como eu fui um ogro naquela noite, suas palavras me doíam tanto.

    Foram mais alguns meses com ela me negando a voz. Por fim eu não aguentei mais. A deixei em casa e fui procurar na rua o'que ela me negava, um erro.

    A história chegou em seus ouvidos acompanhada de fotos e tudo, ela ameaçou me deixar e movido pelo desespero eu a tranquei, a trancafiei por dias, apenas a dava comida, eu vi seu brilho se acabar, mantive ela ali presa por semanas. Eu a amava e não deixaria ela ir.

     Mas um dia cheguei bêbado, e destranquei a porta para que pudéssemos conversar. Acabei por levar um bato na cabeça e desmaiei, quando acordei ela não estava mais lá. Ela tinha fugido de mim, fugido do monstro que fui. Procurei ela por meses, mas não a encontrei. Nos sites de fofoca falavam que eu a havia matado por causa do suposto bebê. E eu decretei que se algo mais fosse dito dentro do meu morro a respeito de Ester, todos os envolvidos morreriam. Desse dia em diante seu nome nunca mais foi ouvido.

                          Flashback off

Joguei mais alguns jarros na parede. Desgraçada esteve todo esse tempo no morro do Zeus, me traiu, traiu minha confiança. Joguei outro jarro na parede.

ㅡ Eu te amo Ester! Mas você me traiu. ㅡ Gritei e me deitei no chão.

  Adormecendo em segundos.

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Oi princesas 😄oque estão achando ? Estão gostando da estória?

Meu Melhor Erro (Finalizada. Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora