cap 24

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Montanha

Desci do helicóptero com as pernas até dormentes de tanto ficar na mesma posição, mas graças a Deus a volta não teve complicação nenhuma. Tempo no Rio de Janeiro tá fechadão, um frio anormal e olha que é meio dia ainda. Avistei o Dinga e o Vini perto dos tres carros que levariam a minha droga, cada frente do morro que era da facção do Picasso mandou três dos seus pra pegar a droga do seu morro. Joguei a bolsa nas costas me despedi do Leleco e embiuei pro meu morro com o Vini, já tinha dado o papo nos meus, parada de desmontar o carro e montar com as drogas dentro deles parada levava horas, mas vieram os que já são treinados pra isso.

Duas horas eu já tava na minha casa, geral gastando minha onda, tomei um banho e desci pra almoçar a Aninha tinha vindo dar uma geral na minha casa, porque a Maria não tá bem desde antes de ontem. Matei logo um pratão de feijoada e desci pra casa do Vini, ver minha morena.

Cheguei e já escutei a voz dela, coração até acelerou, parada de cabaço apaixonado, tô ligado que essa parada do Esteves ter descoberto a casa dela é pra fuder com a minha vida, mina vai nem poder voltar pra casa dela porque vai tá sujeita a armação dele toda vez que PM subir.

Entrei e achei a doida com um pratão de brigadeiro na mão, sorri todo sem graça pra ela, fico todo sem jeito porque essa porra só aconteceu com ela por culpa minha.

ㅡ Oi ㅡ Me joguei do lado dela no sofá

Maria: Oi! ㅡ Me encarou

ㅡ Como você tá?

Maria: Inconformada Montanha, a casa não tinha nada de mais, tudo lá tinha documento, tudo foi fruto do trabalho duro da minha mãe. ㅡ Enfiou a colher no prato de brigadeiro. ㅡ quer? ㅡ Neguei.

ㅡ Desculpa por isso, não queria te fazer passar por essas coisas, mas oque eles te falaram.

Maria: Quando eles chegaram, eu fiz oque a gente já tinha discutido antes, manter a calma, se eles pedirem documento entregar se perguntarem se eu sou casada dizer que não, oque eu não estaria mentindo. Mas eles já sabiam, já sabiam quem eu era, já sabiam onde eu morava, eles não foram lá por acaso, alguém mandou eles lá. ㅡ falou meio embargada. Eu já tinha conversado com ela, já havia adiantado que algum dia isso ia acontecer, só não pensei que seria tão recente, expliquei pra ela como ela deveria reagir, mas eu entendo que pra falar tudo é fácil, difícil é na hora do aperto tu conseguir se manter calmo e não botar tudo a perder. Não tem como não ficar nervoso. Até vagabundo que tem anos nessa vida fica nervoso nessa situação, aí tu pensa ela que nunca passou por isso. ㅡ Pior que nem adianta comprar as coisas, eles já falaram que se subirem trinta vezes no morro as trinta eles vão destruir minha casa. ㅡ abaixou a cabeça toda tristinha, te falar que isso corta meu coração, vê minha preta assim me deixa puto. ㅡ Eles falaram o nome de um Homem.ㅡ Lambeu a colher ㅡ Esteves.

ㅡ vagabundo Policial corrupto, pago milhões pra esse filha da puta e ele faz essa merda no meu morro quando eu não estou aqui. Mas deixa está oque é dele tá guardado.

Fiquei mais umas horas com a Maria, mas tive que brotar na boca principal, resolver meus pepinos, nego acha que minha vida é fácil, que eu só luxo, mas não é assim não, acordo cedo pra correr atrás do meu. Da boca liguei pro Dinga, saber se tava tudo pronto pra eles trazerem a droga. Mano confirmou e aí que começou a luta. Tudo é monitorado, todas as câmeras de segurança são rakeadas pra que minha mercadoria chegue em segurança. Pago uns mano firmeza pra fazer esse trabalho pra mim. Ferraz estava concentrado nas rotas, qualquer erro ele sabia que a cabeça dele tava em jogo.

ㅡ Polícia na próxima rua, vira a direita. ㅡ Mathias falou.

Prezo muito pela segurança dos meus, passa nada e nem pode, tenho mais de dez advogados, todos muito bem pagos pra sempre quando um cair na cadeia a gente tentar tirar, abandono os cara não. Mas se mancar comigo não adianta, mano toma no cú , porque a mesma disposição que eu tenho pra ajudar eu tenho pra matar o filha da puta que me trair.

  
Aproveitei que tava na boca e chequei o orçamento, Nk entrou na sala junto com o menor e os dois me encararam.

ㅡ Qual foi? Vai ficar me olhando com essas cara de cú ou vai falar oque tá pegando. ㅡ Cruzei meus braços esperando uma resposta.

Nk: Mané que tu deu ralé por causa da médica lá, era filho do Esteves. Cara tá puto Montanha, querendo vingança e de brinde tua cabeça. ㅡ Agora mais essa pra minha cabeça. Fala que nego só toma no cú.

ㅡ Como assim o riquinho metido a besta é filho do Esteves? Tô entendendo essa porra não.ㅡ levantei já puto da cadeira.

Menor: É isso mesmo tio, o doidinho drogado que vinha aqui toda semana comprar os pacote de bala é filho do policialzinho lá, e agora que tu espancou o menino ele quer tua cabeça.

ㅡ FILHA DA PUTA!!! ㅡ Joguei a mesa no chão.

Nk: Adianta tu dá teus shilique agora não, te avisamo daquela porra tu não ouviu. Falo que tu só faz as coisas sem pensar, tu me chama de cabaço né não, agora tu aguenta a pica dos teus atos, Picasso já deve tá sabendo dessa merda e ele vai vir atrás de tu, Esteves era um porto seguro nosso dentro da Polícia, agora todo mundo toma no cú, por causa de capricho seu aí. ㅡ Fala pra tu, NK quando quer pesar na mente ele pisa legal, me mandou maior esculacho, nem retruquei não, sei assumir quando eu tô errado, e agora eu tava e muito. Só pica pra vagabundo correr atrás agora tenho que resolver essa porra e eu já sei até na reta de quem que eu vou. Esteves agora que segure porque oque ele fez com a Maria eu vou fazer pior com os chegado dele.

Meu Melhor Erro (Finalizada. Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora