XIX

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Ao abrir os olhos, Maksimovich se deparou com Mackensie dormindo. Seria um sonho acordar com ela ao seu lado, e lá estava sua amada... Não precisava tocá-la ou beijá-la para transmitir seu amor por ela; em todo o tempo que ela esteve ali, ele tentava mostrar através de ações o quanto se importava com ela. O homem se levantou correndo quando escutou o celular vibrar na cozinha. Ao correr até o cômodo, ele observou que era Pixel e logo atendeu.

— Cara, onde você está? — questionou, gritando. — Estou aqui no seu jardim, com os vampiros que você pediu.

Sem esperar muito, ele desligou na cara do amigo, aproximando-se da janela. Era mais do que pediu; havia vinte vampiros ali. Ele logo saiu, pois precisava falar com Pixel, que já o esperava na porta.

— Todos são capazes de sobreviver à luz do sol — falou, olhando para o sol que logo nasceria. — Se não se importar, vou entrar, porque se eu ficar aqui serei o único a morrer.

Já estava entrando na casa quando Mak segurou no braço dele, fazendo-o parar.

— Obrigado por tudo que tem feito; eu não mereço sua amizade e nem seu esforço para achar todos esses vampiros.

Logo Pixel puxou seu braço de Maksimovich, pensando um pouco em como responderia.

— Não estou fazendo isso por você, estou fazendo isso por ela. — Colocou a mão sobre o ombro de Maksimovich. — Porque ela é a única inocente nessa história e merece ter um final diferente do meu. Não é bom perder a pessoa que você ama, Mak, e acho que se ela morresse você sofreria muito. — Olhou para o alto, o sol já estava se aparecendo. — Vou entrar e fazer algo para ela comer.

Ele logo seguiu seu caminho, e os vampiros que ficaram estavam agitados para saber o que Mak falaria. Sabiam que estavam entrando para um novo clã, então os vampiros poderiam ser questionados por mau comportamento, mas sua fidelidade ao seu líder sempre fora exemplar.

— Todos aqui presentes aceitaram fazer parte do meu clã, todos aqui têm minha admiração, e vocês estão em número maior do que eu poderia imaginar. — Fez uma pausa, encarando todos ali e colocando as mãos atrás das costas. — Todos os vampiros sempre tiveram um inimigo em comum, nos oprimindo e matando, mas agora estamos em união e consenso que vamos derrubar e matar os D’Angelo. Cada um dos que estão no instituto, vamos matar e reprimir, como fizeram conosco por anos. — Enquanto falava, sentia o cheiro de Mac carregado pelo vento; ela estava na varanda, escutando o discurso dele, então ele apontou para ela. — E aquela mulher, luz do meu dia, minha inspiração, terá a proteção de todos aqui. Ela será a voz do meu lado, a chefe de vocês ao meu lado — esbravejou. — Ela sempre terá nossa proteção, respeito e carinho. — Ficou em silêncio.

Os vampiros se olharam e, quando finalmente o sol nasceu, em virtude da aliança que estavam formando, gritaram, erguendo a mão direita ao ar em reverência e temor a Mak e Mackensie. Quando o silêncio se fez, ele voltou a falar.

— Por ora, revezem-se a proteger a casa; os que quiserem caçar, tudo bem. — Abriu a porta atrás de si e olhou para o alto, buscando por Mackensie. Todavia, não a achou. — Pixel dará novas instruções para vocês.

Ele entrou na casa e pôde escutar ruídos — eram Mackensie e Pixel, estavam vendo algum programa qualquer de televisão. Ele se sentou ao lado de Mackensie, e logo em seguida o celular voltou a vibrar; era uma ligação por vídeo de um desconhecido. Ele desligou, e mais uma vez vibrou. E isso aconteceu por mais uma vez:

__ Que droga — resmungou, rejeitando a ligação mais uma vez.

— Se ligou duas vezes pode ser importante — Mackensie respondeu sem prestar atenção.

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