Capítulo XVIII

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Miriam tomava uma xícara de chá ao lado de Ralph, que estava de braços cruzados, ambos observavam o monte em que a princesa estava treinando ao lado de Alec

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Miriam tomava uma xícara de chá ao lado de Ralph, que estava de braços cruzados, ambos observavam o monte em que a princesa estava treinando ao lado de Alec. A dama real encarava a cena com a mão deslizando pelo pescoço denunciava sua angústia.

— O que te aflige, Miriam?

— Ah, Ralph — suspirou —, não é estranho como tudo virou de cabeça para baixo tão de repente? Digo... Uma hora somos nós quem a protegemos, outra hora parece que ela quem nos protegerá. Onde tudo isso vai dar?

O capitão absorveu cada palavra dita, então respirou e disse:

— Em uma batalha, é claro. Estamos presenciando o início de sua primeira guerra e sua empreitada pela coroa. A princesa está amadurecendo, se tornando a governanta que sempre quis ser e nunca lhe fora permitido.

— Se é uma batalha, uma guerra, qual será o resultado? Fico me perguntando isso desde que nos reencontramos.

— O resultado é sempre imprevisível, vence o lado mais forte, ou o mais estratégico. — Ralph continuava a observar a força de vontade de Katherine que parecia não cessar.

— E que lado seríamos?

— Garanto que não somos o mais forte, então espero que sejamos os estratégicos. Temos que ser, caso contrário... — ele respirou fundo — Não vejo como poderíamos ganhar.

Miriam o encarou enquanto o capitão ainda observava o monte, pensando na atual situação em que se encontravam, então balançou a cabeça levemente concordando com as palavras de Ralph.

— Espero que ganhemos... — finalizou, também voltando seu olhar para o pequeno monte enquanto rezava aos soberanos antigos para dar-lhes força.

Ralph pareceu sibilar, abrindo a boca para falar algo, mas voltou atrás e calou-se, não mudaria nada o que achava naquele momento, mas por dentro, ansiava em dizer-lhe que esperava que tivesse razão, ou talvez estivesse desacreditado demais para sequer cogitar em dizer-lhe alguma palavra reconfortante.

Na manhã seguinte, Katherine continuava com a mesma força de vontade, e depois, e depois, e depois. No mesmo monte, sob as areias, de frente para as águas tranquilas daquele rio. De certa forma, aquela paisagem do horizonte era um alento em meio à euforia. A motivava.

— Levanta! Está na hora do treino, Katherine! — sussurrou para que não acordasse todos.

— Não! — respondeu dengosa, virando-se na cama para o lado oposto, apertando o travesseiro em seus ouvidos, sem abrir os olhos — Não é agora, Alec! Mal amanheceu, tem noção disso?

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