Logan Pierce é um renomado executivo nas Bahamas. Um homem discreto e sedutor que se destaca nos negócios. Contudo, sente que falta algo mais, uma lacuna em sua vida pessoal que pensou jamais ser preenchida até conhecer Emma Myers.
Emma é uma empres...
Acho que eu nunca vou entender o pensamento de um homem.
Leyla blue/ What a shame. Letra traduzida.
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𝑳𝒐𝒈𝒂𝒏.
Deixei Samuel com Julian, estava correndo feito um condenado, para chegar onde Emma me mandou pelo celular que estaria.
Avistei duas pessoas brigando corporalmente, não consegui ver bem, precisei me aproximar mais. Meus sentidos falharem automaticamente e fiquei paralisado por segundos.
Minutos depois.
Emma e Ricardo! Ele seguia tentando tirar uma arma das mãos dela. Emy não iria conseguir sozinha, ele tinha mais força física, preciso ajudá-la. Meu coração gelou, minhas pernas não me obedeciam. E eu temi, tive medo como nunca.
- Eu vou matar vocês dois! Não vão rir de minha desgraça! Só ficaram juntos por cima do meu cadáver! - Ele gritava com ela, quase fazendo com que sua mão soltasse a arma. Não duvidei que seria capaz de matá-la.
Me aproximei devagar para que ele não me percebesse, pronto para dar o bote sorrateiro. Emma já me vira, mas continuou disfarçando bem.
Com proximidade suficiente, agarrei seu pescoço em um mata leão, utilizando toda a força que tenho. O universo parou de girar, tudo foi pelo ralo. Eu queria matá-lo, matar aquele maldito desgraçado.
Emma conseguiu manter a arma em suas mãos. Ricardo me atingiu no estômago com seu cotovelo e eu lhe soltei por conta da dor. A espinha gelou por inteira. Aquele sentimento horrível e sombrio engoliu tudo que eu era.
Senti o ar faltar por alguns segundos e não conseguia me mover um só centímetro, ele voltou a tentar desarma-la e meus olhos tremeram. Aquela praia se tornara um dos cenários mais terríveis que eu já presenciei.
Mesmo com dor ainda, relutei, resisti e entrei no meio da briga deles, para ajudá-la a tirar as mãos dele de cima da arma. Não permitiria que a machucasse, não cairia sem lutar.
- Logan! Sai de perto! - Emma gritou tentando me fazer desistir de ajudá-la, o medo em sua voz fez minha alma se abalar.
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Um disparo.
Senti meu coração gelar por segundos. Visão virar um borrão e tudo ao redor ficar totalmente mudo.
Ricardo e eu nos encaramos por segundos e logo vi o corpo dela cair na areia. Ali, diante dos meus olhos... Não era real, não podia ser, não não não.
Pareceu que o mundo parou sobre nós. E parou.
- NÃO. - Meu grito saiu do fundo da alma e quase os céus vieram a abaixo, e o mar parou de se movimentar.
Emma foi atingida, no peito. Estava com a mão no local sangrando e os olhos desesperados temendo pelo pior.
Ajoelhei ao seu lado do seu corpo, pegando seu busto e cabeça em meus braços. Amparando o amor da minha vida.
Ricardo permaneceu paralisado, em choque. Eu o odiei tanto naquele momento que quis atirar na sua cabeça ali mesmo.
- Eu não suportaria se você morresse por minha causa. - Ela disse em sussurro por conta de sua falta de ar, o tiro atingiu o pulmão certeiro. A voz falhando e se tornando um fio diante do volume do mar.
- Diga à Naty, Raven e Lili, que eu as amo demais e sempre vou amar. - Uma lágrima vagarosa escorreu por seu rosto que expressava dor. Não parecia com medo por ela, mas por nós. Sempre pensando nos outros acima de si própria.
Sua mão esquerda agarrou meu braço com toda força que tinha naquele momento. Eu mal conseguia respirar porquê doía, doía como se tivessem arrancado meu coração do peito.
- Eu te amo, não esqueça disso. -O som de sua voz foi diminuindo até sumir.
Minhas lágrimas molharam meu rosto como uma cachoeira. A dor era tão intensa que tudo à minha volta sumiu, sumiu num piscar de olhos... Só tinha ela.
Juntei seu rosto ao meu e apertei seu corpo em um abraço apertado. Eu não pude fazer nada... Não pude salvá-la.
Sentia tanta dor e culpa e arrependimento que não havia mais nada, sua respiração fraca sumir, seus olhos azuis se esconderem debaixo das pálpebras. Minhas mãos ensanguentadas tremiam muito.
Queria gritar, porém o som não saia, de tanta dor que sentia no peito. Fechei os olhos e desejei ser uma alucinação... Não era hora, Emma não podia me deixar.
- O QUE EU CAUSEI? - Ouvi Ricardo dizer em meio a seu choro de dissmulado.
Desgraçado.
Deixei o corpo do meu anjo na areia lentamente e uni forças de onde não sei, talvez do inferno, só levantei e fui para cima dele. O agredi, não enxergava mais nada na minha frente e nem em canto nenhum. Queria matá-lo ali mesmo... Era tudo culpa dele, filho da puta.
Emma sangrando sob a areia e cada segundo sendo letal e fatal.
Só queria bater nele até que não conseguisse se levantar. Cogitei pegar aquela arma e estourar sua cabeça com uma bala, mas seria muito fácil.
As mãos já estavam sujas de sangue... Mas era dela. De Emma.
Aquela bala era para mim. Não para ela... Era injusto.
Derrubei Ricardo no chão e apertei os dedos na arma com força, cego de fúria e revolta.
- É TUDO CULPA SUA, EU VOU ACABAR COM VOCÊ. - Firmei a arma e mesmo com as pálpebras cheias de lágrimas, disparei contra sua coxa quando ele tentou se levantar e voltar a me atacar.