Dangerous attractive and seductive looks. [Finalizada]

Eu vou te desvendar

𝐄𝐦𝐦𝐚.𝐩𝐨𝐯

Voltei para a empresa, Malcom queria falar comigo sobre suas suspeitas sobre Ricardo.

Tive repulsa só de pensar à respeito. Vigarista, mal caráter.

– Ainda bem que você chegou. –Ele ponderou eufórico e eu entrei. Malcom fechou a porta e as cortinas, para que ninguém nos visse.

– O Ricardo movimentou muito dinheiro a dois anos atrás, disse que investiu em um contrato, só que a empresa em questão nunca recebeu nenhum centavo desta "negociação," é tudo mentira dele. –Estou focada em descobrir o porquê disto. Canalha, o xinguei diversas vezes internamente.

Começaria o jogo.

– Tem certeza? Se sim, onde foi parar todo este dinheiro... e tem mais pessoas envolvidas, não é? –Ele confirmou que sim, olhando por cima de minhas costas, com medo de alguém entrar ou nos ver.

– Nesta mesma época, ele comprou uma capitiva, bem nova por sinal... Eu confiei nele...estava bem ocupado e acabei nem me ligando nisto. –Admito que minha cabeça ficou muito mais confusa depois daquela frase.

– Como recebemos muito dinheiro da nossa filial, cerca de um bilhão, decidimos deixar guardado em nosso cofre, por isto sequer suspeitei por muito tempo, até que fui averiguar...

– Em que mês do ano ele movimentou todo este dinheiro... Sabe me dizer? –O homem gentil fez que sim com a cabeça, muito nervoso e receoso por ter que pagar após dizer tais coisas a mim. Quando deveria se calar e procurar manter sigilo absoluto até as autoridades competente resolverem.

– Em maio, inclusive a nossa coligação de empresas, estava indo mal, pois eles queriam um melhor investimento... Um dos representantes da Forb veio até aqui, conversou com um de nós e suspeitou que fosse o Ricardo. –Tinham coisas demais ligadas.

– Preciso sair um pouco, não estou me sentindo bem. –Avisei com a mentira pronta e ele apenas balançou a cabeça em concordância. Minha visão virou borrões movimentando-se casualmente. A garganta se fechou e tudo em volta pressionou meu peito.

Caminhei até a sala de Ricardo e abri a porta sem permissão, dane-se.

– Seu salário é o suficiente para que você compre uma capitiva? –Eu não deveria ter feito esta pergunta, mas precisava de respostas. Entreguei parte do plano, derrubando minha armadura contra ele e sua vigarice.

– Como? –Ele perguntou se fazendo de desentendido. Cafajeste pilantra.

Fechei a porta atrás de mim e me escorei nela.

– Em maio, a dois anos atrás, você comprou uma capitiva. –Expliquei mantendo minha educação. Sabia do que eu falava. Fingido.

– Sim, mas já troquei por outro carro, por quê está me perguntando isto Emma? – Como ele era dissimulado. As minhas mãos formigaram para lhe bater até confessar.

– Um dos representantes da Forb, veio até aqui, eles queriam um investimento melhor, o quê você disse a ele. Como ele era? – Quis saber tentando parecer o menos paranóica possível. Disfarçar não era o ponto ali.

– Não me lembro, faz dois anos já, muita coisa aconteceu, desde aquele dia. –Seu sorriso mentiroso estampara sua face. Teve a audácia de mentir escancaradamente.

– É claro. –Proferi irritada, colocando a mão na fechadura fazendo menção de gira-la. Teria que mandar uma mensagem a Raven.

Fui estrategista e pensei melhor.

– Podemos sair de novo? Para conversar e se distrair? –Pensei rápido em uma jogada de mestre. A última carta na manga.

– É claro que sim, quando você quiser. –Ele respondeu totalmente interessado. Consegui manipula-lo e virar o jogo.

– Te mando mensagem. –Retruquei, saindo da sala com um sorriso convincente no rosto. Obviamente falso. Cada passo já calculado.

Ah Ricardo, eu iria descobrir o que você escondia.

Mensagem para Raven.

Ray, você se lembra do nome da empresa que o vô trabalhava?

Digitando...

Era Forb, se não me engano.

Ele veio para cá depois de maio não foi?

Sim, foi em julho se bem me lembro. Por que Emy?

Agora as coisas estão mais complexas.

Eu tinha esquecido.
Vocês estão bem? E a mãe?

Ah, ela não veio aqui mais, a Lilian está bem e bem amiga do Camillo.

Isto é muito bom, espero que ele seja um homem bom e que vocês combinem, você merece ser feliz.

Beijos tenho que ir.

Beijos, depois continuamos conversando.

Desliga.

Distraída, bato de frente com alguém e meu celular cai no chão.

– Desculpe, não foi minha intenção. –Ouvi a voz conhecida e peguei meu celular do chão.

Reparei na sua  aparência péssima.

–  Houve com você. –Perguntei observando detalhadamente seu rosto, olheiras bem profundas, olhos vermelhos e cabelos despenteados.

– Só bebi demais ontem. –Ele respondeu com a voz rouca. Provavelmente com dor de cabeça.

Parecia com sono. Noite mal dormida.

– Vem comigo, preciso que saiba de uma coisa. –Sussurrei pegando em sua mão e o conduzi para mais longe do corredor e suas vidraças que podiam fazer com que qualquer um nos visse e causasse suspeita. Não queria isto. Queria afastá-lo e mantê-lo protegido. Iria até o inferno por ele, por todos que amava ardentemente.

– Tem coisas acontecendo, é uma sequência de coincidências, e preciso saber se posso confiar em você. –Ele ficou confuso e moveu os olhos.

– É claro que sim. – Respondeu fixando seu olhar em mim.

Forçando seus olhos a ficarem abertos.

– Ricardo, ele desviou dinheiro... muito dinheiro da empresa, isto tem coligação com a empresa que meu avô trabalhava. –Logan ficava atento a minhas palavras.
Observei para ver se ninguém nos vigiava. Arriscando nodos pescoços.

– Lembra que eu te disse sobre a medalhinha? Então, meu avô era representante e um dos melhores funcionários da Forb, você deve conhecer. –Logan assentiu que sim e eu suspirei em pausa. Viria a seguir uma coisa delicada.

Pietro vinha vindo em nossa direção.

– Depois eu continuo. –Ponderei mudando de expressão por causa da aproximação repentina do oxigenado.

Logan se virou, olhando para trás e faz cara feia. Repulsa por Pietro... Sentimento compartilhado por mim também.

– Que dia bonito não é francesa? –Ele me provocou e eu o ignoro. Cínico. Queria corda, apenas dei as costas e prossegui firme.

– Ah! Pietro? –Chamei a atenção dele, antes de prosseguir meu caminho.

Ele se votou para me encarar e eu mostrei o dedo do meio. Satisfiz minha vontade aprisionada.