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   Em meio a quase um surto ansioso, seu telefone toca, o tirando da bolha que o pressionava.

   Jungkook continuou estático, sem entender, sem saber o que fazer, estava tudo muito confuso.

    — Seu... Seu telefone está tocando... - Disse.

    — Um minuto. - Tirou do bolso. — Sim?

   — Park Jimin? Queríamos informar que sua mãe passou por uma crise a um tempo, você poderia vir aqui? Ela está chamando por você.

  — Porque vocês não me ligaram?! - Disse zangado.
  
  — Não queríamos lhe preocupar, senhor. - Disse a mulher.

  Desligou.

  Jungkook ouviu a conversa, não sabia se sairia, ou se ficava, como lidar com essas horas?

   — Eu preciso ir, Jeon, obrigado pelo biscoito. - Se curvou. — Foi um prazer lhe ver de novo. - Sorriu meigo, prestes a traçar seu caminho.

  — Espera. - Disse, tocando levemente os ombros alheio, logo retirando seus dedos. — Tome aqui meu cartão, eu adoraria o encontrar de novo, aqui está meu número, pode me chamar se quiser... - Disse um tanto envergonhado.

  — Certo, muito obrigado. - Sorriu. — Eu vou chamar.

 O sorriso dele era, confortante, sabe? Uma energia leve e positiva. Jungkook tinha curiosidade a respeito do loiro, mesmo que, possivelmente ele não fosse quem procura.

  (...)

   — Você não perguntou o nome dele? - Disse Yoongi ao volante.

   — Eu esqueci, no calor do momento eu nem me lembrei, agora tenho que esperar ele me chamar...

   — Burro. - Disse.

   — Ei!? - O olhou. — Se não for ele, mas eu sinto que é, algo aqui dentro sabe... - Seu coração palpitou. — Eu ainda tenho interesse.

   — Então acho que você gosta de homens. - Disse.

   — Podemos não falar sobre minha sexualidade a todo instante? - Disse desesperado. — Você e o Hope, o que tá rolando?

   — Nada!? - Disse, com um pouco de tensão na sua voz.

  — Aham... - O olhou com os olhos semicerrados com um toque de malícia.

  — Chegamos. - Estacionou em frente a uma enorme casa, um tanto desgastada pelo tempo.

  — Se lembra daqui, hyung? - Seus olhos marejaram.

   — Parece que foi ontem... - Riu. — Como o tempo passa... - Destravou o cinto e saiu do carro.

  Ah... Aquele lugar, por onde anda todas as pessoas que conviveu consigo? Será que conseguiram uma família? Estão na faculdade?

  Após os breves segundos nostálgicos, apertou a campainha e esperou ser atendido, o que não demorou muito.

   — Olá, o que gostariam? - Disse, uma mulher jovem, provavelmente chegou a pouco tempo.

  — Boa Tarde senhora, eu sou ex morador daqui, queria desinterrar a minha cápsula e visitar a biblioteca, tenho permissão?

  — Oh! Quase ninguém vem atrás das cápsulas, pode entrar, sejam bem vindos. - Destrancou o portão velho.

  — As coisas mudaram por aqui. - Disse caminhando até lá dentro.

— O governo não tem mandado verbas, demitiu metade dos funcionários mais velhos para trocar a administração, o que não adiantou, temos vários projetos mas não conseguimos executar, pois o dinheiro que vem, é para a comida e olhe lá, fora as doações, que não são muitas, mas nod ajuda, de mais! - Abriu a porta de entrada, que dava de frente para a sala.

Akai Ito | JJK + PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora