Infelizmente naquela madrugada, a mãe do jovem Park Jimin, resolveu partir. Sem uma despedida, ou algo assim, apenas fechou os olhos, pelas quatro da manhã, mas antes, com muita dificuldade lhe deixou uma carta, ela sabia que era sua hora.
" Meu bebê, você pra sempre será meu bebê...
Eu estou sentindo tanto em ir sem te ver, mas eu entendo, você já fez muitas coisas por mim e mesmo de longe, cuidou de tudo, obrigada filho...
Não fique sozinho, encontre um amor verdadeiro e leal, não sinta pela minha ida, eu estou bem, eu não estou sentindo dores ou algo assim, estou em uma paz, querido...
Estarei lhe vigiando lá de cima, estou sentindo meus olhos pesados e cansada, acho que agora é minha hora, eu te amarei para sempre, meu pequeno bebê...MAMÃE. "
Ler aqui, olhando para a cama, agora vazia, doía o fundo da alma de Park.
— Ela se foi, Jungkook... - Disse, amassando o papel contra o peito, esvaziado toda dor e tristeza dentro de si. Jungkook não sabia o que fazer, o que falar, nada. Em um gesto de carinho, o abraçou, afagou os cabelos crescidos e disse:
— Me perdoe por não saber o que fazer, mas você nunca estará sozinho, eu estarei com você...
— Não precisa fazer nada, apenas fique comigo... - Sentiu o choro vir de dentro, intensamente.
— Vou pegar uma água para você... - Se afastou, logo tratou de encher um copo plástico com o filtro que ficava no próprio quarto. — Aqui. - Lhe ofereceu.
Jimin riu com o canto dos lábios, apesar de tudo, reconhece que Jungkook tentava cuidar de si. Isso consola um pouco do coração, agora apertado. Como seria a vida, daqui em diante? Queria que sua mãe fosse saudável, para almoçar junto dela a mesa e contar sobre como está sendo reencontrar Jungkook.
(...)
Um velório vazio, onde em uma sala de sepultamento, ecoava o choro de Park Jimin, mal dava para distinguir, o que lhe aflige mais: A perda da mãe, ou o silêncio da solidão, não havia mais ninguém. Senhora Park, era tão linda, mesmo debilitada ainda muito vaidosa, sempre com um par de brincos enfeitando as orelhas e os cabelos bem penteados presos em uma trança. Talvez se nada daquilo tivesse acontecido, tudo estaria bem.
Jimin lutou bravamente, junto da mãe, contra essa doença terrível que já se alastrou por todo campo saudável daquele corpo de pequeno porte. Apesar de triste, tinha o coração em paz, fez o que pode, compreende que certas coisas não dependem apenas de si. Talvez seja melhor assim, ela sofreu tanto...
— Meu bem, é hora dela ir... - Disse Jungkook, após uma breve conversa com um dos funcionários na funerária.
Em silêncio, arrastei meus dedos pela última vez sob a pele gélida e pálida, lhe dei um beijo na testa e doeu tanto. Doeu, doeu, doeu...
— Descanse minha flor, eu te amo. - Disse com a voz falha, pelo choro, para a mãe, sabia que ela ouviria. A última reza pela alma da mulher foi feita, o caixão foi fechado e aos poucos, era inerte sob aquele buraco fundo, aos poucos o objeto de madeira sumia entre a terra escura, logo já não existia mais vestígios de alguém.
Park, encheu seus pulmões do ar fresco, havia certo desespero em sua atitude, uma forte dor na cabeça lhe atingia, longo foi seu pranto.
— Ji... - Jungkook o chamou. — Eu sinto muito. - Disse com os olhos marejados. — Você foi um filho incrível, desde sempre, te admiro pelo cuidado que teve pela sua mãe, ela está bem e você também vai ficar, eu estou com você para tudo, daqui em diante, eu prometo... - Disse em sussurro ao pé do ouvido alheio, o envolvendo em uma abraço ameno e quente.
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Akai Ito | JJK + PJM
FanfictionTudo acontece em um orfanato, onde abrigava trinta e oito meninos, sendo eles Jeon Jungkook, recém chegado, há 5 anos atrás, carregando a dor de pais mortos e a rejeição de todo seu parentesco, os anos foram passando e ninguém nem se quer olhava par...