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— Estranho — comentou Sarah observando o Porto Estreito, Ilhas Solitárias pela luneta. —, não vejo nenhuma bandeira de Nárnia.

— Mas as ilhas Solitárias sempre foram de Nárnia. — disse Edmundo, que agora observava o Porto Estreito pela luneta.

— Parece suspeito. — falou Caspian observando o lugar.

— Acho melhor a gente desembarcar. — disse Edmundo. Sarah, Drinian e Caspian se entreolharam. — Drinian.

— Me perdoe majestade, mas a cadeia de comando começa pelo rei Caspian e a rainha Sarah neste navio — disse Drinian.

— Tudo bem.

— Vamos usar os botes. — falou Caspian. — Pegue alguns homens e vá até a praia.

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Já estavam dentro do Porto Estreito, observavam em volta em alerta a qualquer sinal de perigo, Sarah andava aí lado de Edmundo com a mão sobre o cabo de sua espada.

O lugar era silêncioso, as poucas pessoas que viviam ali estavam trancados dentro de suas casas quietos e assustados.

— Está tudo abandonado, já podemos voltar? — Eustáquio perguntou, era óbvio pelo seu tom de voz que estava com medo.

— Você quer ficar aqui de guarda ou quer ajudar?

— Boa ideia primo. — Eustáquio disse correndo até eles. — É bem... lógico. — Caspian olhou para o garoto e foi até ele, dando sua adaga. — Pode deixar comigo, numa boa.

Os três então adentraram naquele grande lugar, parecia ser uma igreja abandonada, Sarah não sabia aí certo. Olharam em volta, sem sinal de perigo.

Ai centro uma pilha de livros que formava uma mesa pequena, e em cima havia um livro aberto, com vários nomes e muitos deles riscados.

— Parece algum tipo de tarifa. — Lúcia comentou.

— Mercadores de escravos. — Sarah deduziu.

De repente, os sinos que haviam no teto tocaram, homens desceram pelas cordas os cercando. Logo uma pequena batalha começou, Sarah tirou sua espada da bainha e se defendeu rapidamente de um dos homens que veio com tudo em sua direção, era um soar de espadas se chocando por todo o local.

Até que um grito agudo chamou a atenção de todos. Um dos homens estava com a adaga no pescoço de Eustáquio.

— Se vocês não querem ver esse aqui gritar como uma garotinha, eu sugiro que vocês larguem as armas. — o homem disse precionando um pouco mais a adaga no pescoço do garoto.

Lúcia foi a primeira a soltar a espada, seguido de Caspian e Edmundo, Sarah não estava de soltar a espada com medo do que fossem fazer com ela, era uma lembrança de seu pai e dos tempos de ouro em Nárnia.

— Todos. — ressaltou o homem.

— Sarah... — sussurou Caspian. Relutante a ruiva soltou a espada no chão.

— Algemem todos. — ordenou o homem.

Sarah olhou para baixo e fechou os olhos respirando fundo, os únicos recursos que tinha ali era a terra, ela se concentrou e ainda de cabeça baixa abriu os olhos, onde antes haviam lindas íris azuis agora davam lugar a belas íris castanhas como a terra.

A Menina Dos Bosques | Nárnia | 3° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora