20 capitulo(revisado)

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Chishiya distrai o coelho enquanto eu corro e subo nele, abrindo o painel do animatronic e cortando os fios.

"Parabéns, jogo zerado"

"Total de 4 sobreviventes"

Caminho em direção ao centro, pego a carta de 8 de espadas e saímos dali.

"Sentimentos são complexos e sensíveis e muitas vezes incompreensíveis."

Eu cresci em um ambiente onde não aprendi sobre sentimentos, então nem sempre é minha culpa sobre os sentimentos dos outros.

Chego na praia e vou direto para o meu quarto, deito na cama para deixar a adrenalina do meu corpo passar.

Percebo que minha cabeça está machucada. Vou até o espelho, tiro minha blusa e vejo minhas costas. Está toda roxa. Mesmo assim, consigo controlar a minha dor. Tiro minhas roupas e fico só de lingerie, me olho no espelho, percebendo marcas roxas e machucados.

Tomo um banho e vou à procura de remédios e coisas para curativos. Procuro a Ann.

– Ann, você pode me emprestar uma caixa de primeiros socorros?

Ann: – Se você quiser, eu posso fazer isso para você.

Não tenho nada contra ela; ela é uma profissional.

– Ok.

Tiro minha roupa, ficando de lingerie.

Ann: – Ok. – Viro de costas e ela se assusta com minhas costas roxas. – Não dói?

– Sim, dói bastante. – Falo sem mudar minha expressão. Quem olha pode pensar que sou um robô, mas eu só estou controlando.

Ann: – Tá bom. – Ela passa álcool nas feridas e coloca remédio e ataduras em outros.

Volto para o meu quarto e encontro as três belezuras.

– O que fazem aqui? – Vejo Niragi me olhar preocupado. – O que foi?

Niragi: – Você se machucou? – Pergunta com um tom preocupado.

– Sim, mas a Ann já me ajudou. – Dou de ombros e me deito na cama.

Kuina: – Posso ver o machucado?

Acho que não faz mal mostrar a eles, então tiro minha camisa, vendo que eles se assustaram com o ato.

Viro de costas para eles verem.

Chishiya: – Tá feio, hein? – Diz fazendo uma careta.

– Sim, mas daqui a uns dias passa. – Coloco minha camisa de volta.

Niragi: – Tá doendo muito?

– Sim, mas eu consigo controlar. – Dou de ombros e me deito de novo na cama.

Kuina: – Espera, não deita assim. Vai doer mais.

– Não tem problema.

Niragi: – Quando digo que você não muda nada, é isso que eu quero dizer: você continua não deixando as outras pessoas cuidarem de você.

Sim, isso é verdade. Não posso me acostumar a ser cuidada; nunca se sabe quando ninguém mais vai cuidar de você. Aprendi a me cuidar sozinha.

Niragi: – S/N, eu queria conversar com você sobre o jogo do passado daquele dia.

Nunca gostei de falar sobre isso, mas não posso deixar eles saberem que há algo que me abale.

– Sim, pode falar.

Niragi: – Não tem problema eles ficarem? – Olha com um olhar receoso.

– Não tem problema. – Me controlo para não deixar uma brecha.

Niragi: – Então vamos começar do começo. – Respiro fundo para começar.

– Começou a 3 anos...


Alice in borderland {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora