Alerta gatilho -passado da s/n-
Inspirado em uma história da (lyas_s2 ) no spiritfanfic (estilo de jogo)-----------------------------------------------------------
Meu visto expira amanhã, mas vou ver se jogo hoje.
Desço e pego um dos papéis e acabo saindo junto com o Chishiya e o Niragi, minha criação.
Chego ao local, um lugar de pôquer. Na mesa central redonda, há celulares; pego um.
(Reconhecimento facial)
"Bem-vindos."
"O jogo é 'Revivendo o Passado'."
Congelo. Essa coisa sabe como mexer com a gente.
"Dificuldade: 6 de copas."
"Você terá que reviver o seu passado e pegar o objeto Premium encarando seu próprio diabo."
Sabia que um dia esse jogo ia fazer algo sobre o passado sombrio das pessoas, mas o que posso fazer? Tenho que jogar, só não sei se vou aguentar.
"Tempo limite: 50 minutos."
Vou para o andar de cima, vendo várias portas. Nelas, há escritas como: homicídio culposo, latrocínio e outras. Tento abrir uma das portas, mas não consigo. Vou para o próximo andar. Antes do elevador fechar, alguém o para; olho e vejo que é o Niragi.
— Oi, baby. — Sorrio para ele, eu sei do passado dele.
Niragi: — Oi, S/N. Você já entendeu o jogo?
— Sim, você tem que entrar na porta do que você já sofreu, tipo roubo, etc. Entendeu? Mas só vai abrir se for para você mesmo, entendeu?
Niragi: — Sim, entendi.
— Fofo. — Aperto a bochecha dele. Logo o elevador para e se abre.
Vejo as portas e encontro a minha, mas finjo que não achei. Ainda olho para o Niragi e vejo ele em frente à sua porta, na qual está escrito "bullying".
— Pode entrar, eu estou aqui com você. — Falo sorrindo e batendo no ombro dele. Só vou entrar na minha quando ele entrar.
Ele entra e eu fico de frente para a minha, na qual está escrita a palavra que mais odeio, que só de escutar faz eu querer vomitar e chorar.
Estupro
Uma coisa que queria esquecer. Entro na sala, vendo um quarto idêntico ao meu, onde tudo começou: paredes brancas, uma cama cor de rosa com ursinhos de pelúcia, o quadro de quando eu era bebê. Queria chorar, mas me segurei. Vejo um homem entrando. Olho para ele, sem acreditar.
Idêntico. Como eles fizeram isso? Como eu matei... Ele não pode... Ele não pode estar vivo. Começam a cair lágrimas, mas mantenho minha expressão neutra. Só se pode ver as lágrimas caindo.
— Você está morto. — Olho para ele, e ele não fala nada. — Como você... Não... Não tem como te ressuscitar... É... É impossível. — Rio de nervoso. Vejo meu ursinho na mão dele, deve ser o objeto Premium. Eu chamava o ursinho de Jung-Eum, nele eu escondia meu plano para matar o meu tio.
Ele vem para perto e eu pego minha adaga, ficando em posição de luta. Ele vem para cima de mim e me imobiliza, segurando minha cintura, o que me faz ter vontade de chorar e me lembrar de tudo, pensar em como ele pode fazer isso com uma criança. Bato com meu cotovelo no rosto dele, me soltando. Enfio minha adaga na barriga dele, pego o ursinho e corro para a saída, mas sou impedida. Ele puxa meu cabelo e me joga na cama de costas para ele. Tento me soltar, mas não consigo e começo a me lembrar da minha infância.
Choro, me sinto como uma criança indefesa. Acho uma brecha e corto o pescoço dele, vejo ele cair no chão, pego minha arma e atiro várias vezes.
Olho para minha roupa, estou cheia de sangue. Pego meu ursinho e saio. Antes, ajeito meu rosto e desço. Não sei se o Ji já saiu, então desço e vejo todos lá embaixo.
Chishiya: — Achei que não ia conseguir.
— Hm. — Não falo nada, só coloco meu ursinho em cima da mesa.
"Parabéns, jogo zerado."
Pego meu urso e ia sair, mas uma tela aparece.
Xx: — Saudades de mim... filha. — Não, ela não pode estar aqui. Viro, vendo ela na tela.
— Nem um pouco, e não sou sua filha. — Falo com raiva, bem claramente.
Mãe: — Sim, sabia que ia conseguir. — Rio da cara dela.
— Óbvio, você sempre quis minha derrota. E como ele está vivo? — Falo, me referindo ao meu tio.
Mãe: — Eu fingi que ele morreu.
— Como você pode?
Mãe: — Eu que digo, como você pode tentar matar ele? — Fico mais ativa e com vontade de chorar. Como uma mãe não se importa com a filha? — É sua culpa tudo que aconteceu.
— Mentira... Eu... Eu era só uma... criança. — Fico perplexa.
Mãe: — Seu pai me largou por sua causa.
— Para de mentir, ele estava cansado de você. — Rio de deboche.
Mãe: — E ele está morto por sua causa. — Eu gelo e sinto uma vontade inexplicável de chorar.
— Você... Você matou ele. Você acha que eu não vi? Você matou ele! — Grito, viro para o lado. Agora percebo que eles ainda estão aqui. Tenho que me controlar.
Mãe: — Sim, fui eu, por sua causa. Se você tivesse fechado a boca, ele estaria vivo.
— Eu era uma criança. Como você... você já sabia? Por quê? — Olho para baixo, indignada, tentando assimilar.
Mãe: — Ele me contou tudo e falou como você era.
— Eu tinha 10 anos! — Grito, indignada.
Mãe: — Eu sei, mas você tinha culpa. Você não é inocente, então não se faça de vítima.
— Eu era uma... criança. — Caio sentada no chão, coloco minha mão no rosto e só consigo chorar.
Mãe: — Não começa, é sempre assim. Você chora quando não consegue o que quer.
— Cala a porra da tua boca! — Levanto minha cabeça, deixando meu rosto à mostra. — Você nunca ligou pra mim. — Me levanto, indo em direção à tela. — Por que não me matou naquele dia?
Mãe: — Eu ganho mais com você viva.
— Nem quando sua filha é estuprada você se importa com ela. — Rio, viro de costas para a tela e vejo os dois me olhando. E, por incrível que pareça, até o Chishiya tinha uma expressão triste. — Não me olhem assim. — Viro de costas para eles, voltando minha atenção para a tela.
Mãe: — Você fala que era uma criança, mas eles sabem sobre seu brinquedo, o Jung-Eum (morte). Você colocava nele seu plano para matar seu tio.
— Posso chamar ele de tio? Uma pessoa que molestou uma criança de 9 anos e estuprou com 10? Posso chamar esse monstro de tio? Ele é meu tio? — Grito, quase explodindo.
Mãe: — Nem ficar quieta você consegue.
— Eu... Eu aguentei por 3 anos. — Rio baixo da minha idiotice. — Eu devia ter te matado também. Meu arrependimento é não ter te matado. — Pego meu urso e saio dali chorando baixo, entro em qualquer beco, sento no chão, encostando minhas costas na parede e desabo. Choro como uma criança quando cai, mas não tenho quem me apoie e cuide da minha ferida, falando que vai ficar bem e dando um beijo para sarar.
— Saudades de você, pai. Só... só você sabia me fazer rir. — Sinto alguém me abraçando, olho surpresa e não é uma pessoa, são duas....
obg por lerem
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Alice in borderland {Hiatus}
AventuraS/n uma menina problematica ,uma menina com quem ninguen iria querer se meter ou se aproximar S/n e uma menina inteligente mais não gosta de se socializar ela sempre responde curta quando falam com ela , nao liga pras outras pessoas pode se dizer...