Capítulo 27 - Nós queremos você

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Joshua Kyle Beauchamp

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Joshua Kyle Beauchamp


Encaro a tela do celular como se estivesse vendo um gnomo bem a minha frente. Por que, sinceramente, ler essas palavras depois de praticamente dois meses é quase coisa de outro mundo.

Meu coração dá um salto em expectativa e as poucas esperanças que eu mantinha se renovam de imediato. Quando pensei que nossos esforços não seriam recompensados, enfim, uma resposta.

Foram tantas flores e cartões (sim, nós resolvemos continuar com a ideia que Vince deu) que, mais do que transformar a casa dela em uma floricultura, temi termos ultrapassado a linha e nos tornado insuportáveis.

Felizmente, considerando essa mensagem, não foi o que aconteceu.

Levanto de supetão, pronto para ir atrás do Noah e contar sobre as boas novas, mas sequer preciso dar um passo fora do quarto, pois, encontro-o parado na porta e com a mesma expressão surpresa que provavelmente eu estou fazendo.

E ao notar o celular em sua mão, fica claro que, sim, ele também recebeu.

- Você recebeu? – ele pergunta.

- Sim.

Ficamos calados, um observando o outro, sem saber realmente como reagir. Oh, droga! Nós parecemos dois idiotas. Nem a sombra dos homens de quase trinta anos que somos e sim dois adolescentes prestes a ter o primeiro encontro.

Eu até riria da semelhança inusitada que essa situação tem com a que vivi quatro anos atrás ao conhecer Noah e em como me senti desajeitado. Isso se não estivesse outra vez me sentindo desajeitado e pateticamente ansioso.

Por sorte, eu não sou o único.

- O que faremos? – ele indaga, se aproximando -  Ela aceitou conversar.

- Bem, o que propomos. Um jantar. – dou de ombros – Vamos marcar um dia e recebê-la aqui em casa. E então...

- Não acha que esse assunto deveria ficar para um outro encontro? – questiona pensativo – Podemos assustá-la assim.

- Eu sei. Mas acho que devemos ser sinceros e diretos. Arrastar ou esconder as nossas intenções seria uma tolice.

- Tem razão. – ele suspira – Melhor colocarmos todas as cartas na mesa.

Concordo e, apesar do breve silêncio que recai no quarto, engatamos uma conversa logo em seguida para decidir o que fazer. Estamos ambos sentados na beira da cama, com os celulares em mãos, pensando em como responder a ela. E não demora muito para que nós dois estejamos simultaneamente digitando um dia e horário para que venha em casa.

À TRÊS ᵇᵉᵃᵘʳʳᵉᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora