Operação: Recuperação | Taekook

Bem vindo a Daegu

J E O N G G U K

O trem estava um pouco atrasado, estamos todos sentados na estação esperando o trem. Bom, se ontem o humor do Taehyung estava péssimo, hoje está pior. Ele não precisou ir lá em casa me buscar porque Rosé também veio e na moto só cabem dois, então pedimos um Uber. Ele sequer me cumprimentou quando eu cheguei, ao contrário do Jimin, que deu um abraço tão forte em mim e na Rosé como se já nos conhecesse a tanto tempo.

Falando nisso, ele e Rosé parecem estar se dando muito bem, pois não pararam de conversar desde que chegamos. Lisa não está aqui, disse que só veremos ela na hora da apresentação, porque ela tem muitas coisas para preparar junto a sua equipe. Assim que o trem chegou, todos nós entramos e deixamos nossas mochilas na parte de cima dos bancos e nos sentamos.

Eu sentei ao lado do Jimin e no meu outro lado estava a janela, na minha frente estava o Taehyung, ao lado da Rosé. O Jin ficou dormindo no banco atrás de nós, junto a Hoseok, Jin disse que estava cansado por conta dos trabalhos da faculdade. Durante a viagem inteira, o Taehyung sequer olhou pra mim e nem direcionou a palavra a mim, ou a ninguém do trem, foi quieto a viagem inteira.

Assim que chegamos em Daegu, saímos do trem e da estação, logo pedimos dois Uber — não coube todo mundo em um só — e fomos para o hotel que Lisa recomendou. Os quartos eram divididos em duplas, e acabou assim: Rosé e eu; Seokjin e Jimin; Taehyung e Lisa — mas ela só apareceria depois do show.

— Esse quarto é lindo! — Rosé disse olhando todo o quarto.

— É... — exclamei desanimado. Rosé notou, já que se sentou ao meu lado na cama e segurou a minha mão.

— O que houve para o meu ggukie estar assim? — perguntou.

— Nada... eu estou normal. — tentei mentir, mas eu esqueci que para Roseanne Park eu não consigo. Ela me olhou com a cabeça tombada para o lado e ambas as sobrancelhas arqueadas. — É que... parece que eu fiz alguma coisa para o Taehyung, ele sequer me deu bom dia hoje. — admiti.

— Ei... — passou a mão pelo meu cabelo. — Ele só deve ser uma pessoa mau-humorada pela manhã, e não é culpa sua, ele não falou com ninguém. E o Jimin me disse que tem dias que ele fica assim.

— É, você tem razão... — forcei um sorriso.

— Jeongguk... — ela disse, a encarei sério, eram raros os momentos em que ela me chamava pelo nome e não pelo apelido. — Você não está apaixonado pelo Taehyung... está? — perguntou.

— O que?! Não! — me levantei abruptamente. — Claro que não! Por que acha isso? — perguntei.

— Primeiro você me fala todo empolgado de todos os momentos que vocês tiveram... O dia que você conheceu os amigos dele e jogaram sinuca, a sorveteria, — começou a enumerar com os dedos. — a praia, o parque, o banho de chuva...

— Sim, eu gosto dos momentos. — ressaltei.

— Gosta dos momentos ou da companhia? — se levantou também e sorriu boba.

— Dos momentos, Rosé! — rebati.

— Então por que está todo desanimado só porque o Taehyung não o cumprimentou da forma certa. E mesmo eu dizendo que ele não cumprimentou ninguém, ou seja, você quer uma recepção diferente da dos amigos dele...