A sua promessa. Nas suas palavras de badboy, você me fez uma promessa e eu sabia que você iria cumpri-la
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Silenciosamente abri a porta de casa e a fechei da mesma maneira, tomando cuidado extremo para não ser pega durante o ato. Era praticamente de manhã quando JungKook me deixou em casa um pouco mais sóbrio do que ele estava no início da noite.
É inevitável que meus olhos não brilhem fielmente ao lembrar de nossos dedos enlaçados seguindo diretamente para a noite adentro, dispostos a nos aproveitarmos. Era um pouco inacreditável ainda, quando me pegava lembrando de suas declarações um pouco sem lucidez, e mais ainda quando ele sorria para mim contando piadas sem pé nem cabeça. Não que eu de alguma maneira me importasse com elas, mas a maneira como ele queria me fazer rir deixava tudo mais gostoso. Éramos nós dois sozinhos no meio da noite, andando pelo bairro e vendo como as estrelas caíam bem sob nossas cabeças. Mas o mais impressionante era que apesar da noite estar belíssima, ela não estava tão mais bonita quanto ele.
Tiro meu celular do sutiã e ao acender a tela meus olhos ardem pela casa escura, mas mantenho o foco para o horário vendo que eram quase cinco da manhã. Solto o ar com força pela boca sentindo o sono me tomar, me lembrando que já era Domingo e que pelo menos poderia dormir até mais tarde. Dou passos calmos até a sala para o caminho do meu quarto, sem nem prestar atenção no que estava mais a frente. Passo reto para as escadas e escuto um suspiro cansado, sentindo o corpo tremer ao me dar conta de que aquele suspiro não tinha vindo de mim.
- Onde você estava, Doyeon?
Passo a língua pelos lábios sentindo o desespero tomar conta do meu corpo. Uma coisa era ser pega pelos meus primos, que me dariam puxões de orelha até que ficasse vermelha. Pela vovó também não era nada demais, pois a idosa era a favor da adolescência rebelde e bem vivida. Mas não era o mesmo quando seu avô te pegava voltando para casa muito mais tarde que o habitual. Continuo paralisada no meu lugar pensando em desculpas possíveis para dar, mas eu estava mentalmente e quase fisicamente ciente de que jamais adiantaria.
- Eu chego tarde de viagem e decido, depois de ver a minha esposa, dar uma olhada nos meus netos. Três dos meus herdeiros dormiam tranquilamente, mas a quarta... Ela está aqui, entrando de fininho em casa como se fosse um rato se esgueirando pela noite. Onde você estava, Doyeon?
Ele repete vigorosamente. Colocando a cabeça no lugar, me recordo que quanto antes eu mostrasse postura e arrependimento, mais facilmente meu avô cederia. Pressionando os lábios um no outro, me viro para meu avô fazendo com que sua cabeleira ruiva tomasse conta da minha visão, assim como suas sardas. Aquele cabelo que JungKook tanto admirava em mim, havia vindo dele. Desse senhor idoso que me olhava com tanto afinco.
- Desculpa vovô - Eu peço, me curvando em sua direção.
Meu avô estava sentado em sua poltrona de costume ao lado do abajur antiquado que ele guardava fazia muito tempo. Os velhos gostos do meu avô nunca foram mudados, por isso a casa Kim era definitivamente um lugar rústico, levando em conta a decoração. Aperto as botas na minha mão esquerda sentindo o olhar firme de meu avô cair sobre mim.
Quando ele se levanta daquela poltrona, sinto o coração errar algumas batidas sem que eu soubesse o que ele faria. Eu esperava que não gritasse, para não acordar o resto da casa. Meu avô para em minha frente e sua mão velha e enrugada toca meu ombro, me fazendo levantar a cabeça para ver seus olhos. Ele estava estranhamente triste, com os olhos brilhando em mágoa e por um instante sinto o meu peito apertar pensando que aquilo era decepção por minha causa, mas não era.
- Sua avó não vai conseguir viver, Doyeon.
É tudo o que ele diz antes de deixar as lágrimas rolarem no seu rosto. Na ponta dos pés, abraço seu corpo na tentativa de consolo. Tanto dele, quanto meu.
Mais tarde, quando deito a cabeça no travesseiro, não consigo dormir. Eu continuava pensando sobre a morte por amor, morte por tristeza. Até pouco tempo, talvez um mês atrás, eu achava essas possibilidades nulas e só existentes de um jeito fictício. Só existia nos filmes, no livros, e jamais na vida real, e infelizmente parecia que minha teoria estava decidindo se provar errada da pior maneira possível.
Viro a cabeça para o lado lembrando de um lindo desenho de duas senhoras sorrindo no banco da praça. O desenho de JungKook. Eu estava com medo de imaginar que tipo de sensação ele teve quando sua avó se foi. Logo ela que, aparentemente era tudo que ele sempre teve.
Eu não sou órfã, meus pais moravam no interior. Mas desde pequena eu morava com a minha avó e ela era especial para mim. Extremamente importante na minha vida e, eu não conseguia exatamente ver um mundo onde ela não estivesse ao meu lado.
Com as lágrimas molhando o meu travesseiro, alcanço o meu celular em cima da cômoda e tento limpar algumas lágrimas, não conseguindo já que as limpas eram logo substituídas por outras. Procuro pelo contato de JungKook e sem pensar muito, sabendo que ele seria minha única ajuda agora, ligo para ele.
O número toca diversas vezes e quando penso que ele estava dormindo, sua voz sonolenta cobre a linha: - "Doyeon? Tudo bem?". Ele pergunta. Sua voz estava adorável e me lembrava um pouco do dia em que acordei na sua casa, quando ele me fez café da manhã e depois me deixou em casa.
- JungKook, eu... minha avó não vai conseguir... viver.
Ele fica em silêncio, provavelmente escutando enquanto eu fungava em meio ao choro. Ele demora tanto para responder que penso que desligou, mas nesse momento ele volta a falar com um pesar melancólico.
- "Minha avó me disse uma vez que quando ela se fosse, esperaria pela sua melhor amiga onde quer que fosse. Eu sei, Doyeon, que a situação é... ruim. Mas eu também sei que ela vai estar acompanhada do primeiro amor dela"
Sinto o peito encher de fôlego e soltá-lo num choro desconexo, sabendo que era tudo verdade, e eu sabia que minha avó ficaria bem quando se fôsse. Mas ainda assim, era dolorido pensar nisso, muito dolorido.
- A vovó dizia que preferia ir embora antes da sua porque... provavelmente não aguentaria a dor do seu amor partindo sem ela. Eu sei que ela vai ficar bem, mas você... Você tem que me prometer que não vai me deixar, JungKook. Não vai me deixar nunca quando ela se for.
Outro silêncio toma a linha, e de repente uma risada ecoa do outro lado, me fazendo ficar curiosa. Sua voz seguinte, não porque estava rouca, mas por alguma razão que ainda não conheço, faz meu corpo mandar uma onda de calor e arrepio pela pele. Ele diz, com todas as palavras, aquilo que eu mais queria escutar da sua boca.
- "Como é que eu poderia deixar você? Mulher... eu te consegui, você acha que eu vou te deixar?" - Sussurra lentamente.
Conseguir significava conquistar, no seu palavreado sóbrio e envergonhado demais para dizer a palavra correta.
Mas aquilo, na maneira dele, fazia meu coração errar algumas batidas.
-É uma promessa, JungKook - Volto a dizer em alerta, sentindo um pouco do medo ser ocupado por borboletas no estômago.
- "É claro que é. Eu prometo, Doyeon".
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ᴛᴏᴅᴀs ᴀs ᴇᴛᴀᴘᴀs ᴀᴛé ᴇᴜ ᴍᴇ ᴀᴘᴀɪxᴏɴᴀʀ ᴘᴏʀ ᴠᴏᴄê • ᴊᴊᴋ✔
FanficEu contei algumas etapas até conseguir descobrir quando foi que me apaixonei por você, mas descobri que me apaixonei desde que te vi sentado na minha cama com a Srt. Barbie Benson na mão, porque foi quando você teve coragem. Coragem pra correr o ris...