36. Alucinações

3.3K 194 16
                                    

JOSH
22 de Agosto


JB: Ela... como? - encarei a Saby.

Sina: Ela morreu!... Acidente de avião, caiu enquanto ele voltava... - secou o rosto.

JB: Não... é sério? - assentiu - Mas... - me interrompeu.

Saby: Olha a notícia! - apontou para o celular na minha mão - Tá dizendo que ela morreu. - destravei o celular e comecei a ler a reportagem.

"Na tarde dessa terça-feira (18/08), um avião de modelo Bombardier Challenger 350, com duas (2) pessoas abordo, caiu no Oceano Atlântico.
O jatinho decolou de Veneza com destino ao Rio de Janeiro, mas no meio do caminho, teve algumas complicações e caiu.
As duas pessoas que estavam abordo são, a executiva Any Gabrielly Soares May de vinte e três anos (23) e o piloto Jason Smith de trinta e oito anos (38), ambos não sobreviveram"

JB: Tem alguma chance dessa... notícia, ser falsa? - ela negou e senti um lágrima escorrendo - Como... como eu falo para as crianças? - encarei o chão e senti meus olhos arderem.

Eu não sabia de onde iria tirar palavras para dizer a Eliza e Theo que a mãe deles tinha morrido! Como eu ia falar para uma criança que a mãe dela morreu e falar que está tudo bem, que é para ela ficar clama sendo que nem eu mesmo estou calmo ou bem?

Xxx: A gente pode falar com eles por você... - Saby disse enquanto se segurava para não chorar.

JB: Eu falo com eles... eles tem que ouvir isso de mim. - elas assentiram.

Todo mundo ficou em silêncio, as meninas começaram a chorar, Noah abraçava a irmã e a mulher dele e eu estava com um enorme nó na garganta.

Pode se dizer que eu, mesmo tendo estado cinco anos longe dela, ainda a amava e agora... agora ela estava morta e eu nem tive a oportunidade de dizer isso a ela e nem de contar a verdade para ela.

Tempo depois Pepenchegou, ele já tinha recebido a notícia. Ele sabia que eu ainda tinha algum tipo de sentimento pela Any, e tentou me consolar! Depois de muito tempo cada um foi para sua casa e eu fiquei lá...

[...]

As crianças ficaram o restante da tarde brincando, eu não fui para a boca, fiquei pensando em como darei a notícia para as crianças... não seria nada fácil!

Eliza: Papai! - olhei para eles - A gente pode falar com a mamãe? - abaixei a cabeça e neguei.

JB: Vem cá! - coloquei os dois no meu colo - A mamãe... a mamãe tá dormindo agora, não vai poder falar com vocês. - eles assentiram, eu beijei o topo da cabeça deles e deitei os dois no meu colo. Ficamos assim por bastante tempo - Já tá tarde... hora de vocês dormirem, não?

Theo: Uhum... - eles desceram do meu colo e fomos para o quarto.

Coloquei os dois na cama e fiquei com eles até pegarem no sono, depois, desci as escadas e voltei para a sala.

A vontade que eu estava de pegar uma seringa de heroína e injetar em mim era imensa, mas eu tinha que lembrar das crianças, que eu tenho que cuidar delas sozinho a partir de agora!

Fiquei lá, sentado sem fazer nada, apenas pensando em tudo, na vida e... em como ela pode ser cruel as vezes!

Acho que já deveria ser madrugada quando escutei a porta sendo aberta, nem me dei o trabalho de virar e ver quem era, continuei sentado no sofá com a cabeça apoiadas nas mãos e olhando para baixo, chorando.

Xxx: Era para mim ter chegado antes, mas o vôo atrasou! - sentou do meu lado e eu olhei para a pessoa - Tá chorando porque? - passou a mão no meu cabelo.

JB: Você... - balancei a cabeça - Alucinação... olha que eu nem tô drogado. - voltei a olhar para o chão.

Xxx: Josh... - olhei para a Any - Eu não morri e você não está tendo alucinações, não!

♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎♡︎

Continua!!!!!

Obrigada por ler
Desculpa qualquer erro de escrita
Por favor votem e comentem bastante
Não deixem de voltar

Bjs los amo 😍🥰😘

𝑫𝒆 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂 𝒂𝒐 𝑴𝒐𝒓𝒓𝒐 || 𝙱𝚎𝚊𝚞𝚊𝚗𝚢 Onde histórias criam vida. Descubra agora