Capítulo 6

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  Pontualmente, às cinco horas da tarde, Johnny estava estacionando seu carro na frente de um prédio em Reseda. Mas pareceria muito desesperado se chegasse na hora, então, o garoto arrumou mais uma vez o cabelo no espelho e colocou a jaqueta vermelha no banco ao lado, já sentia o calor subindo pelo corpo só de pensar no que poderia acontecer naquela tarde. Por fim, respirou fundo e, pegando a sacola da farmácia que estava no banco de trás, saiu do carro.

  Eram cinco e dez quando Daniel ouviu a campainha da porta. O garoto sorriu, ele imaginava que o loiro iria se atrasar de propósito, mas achou que teria que esperar mais tempo. Não que ele estivesse reclamando, não sabia quanto mais aguentaria sem sentir o toque de Johnny em si.

  Quando abriu a porta e viu o outro à sua frente, o cabelo loiro bagunçado com a faixa preta segurando-o da testa, a blusa preta justa delineando o corpo atlético definido e seus ombros largos e a calça jeans completando a roupa, Daniel teve que se segurar para não pular no colo de Johnny. Este, por sua vez, mordeu os lábios ao se deparar com o moreno o encarando com aqueles lindos olhos castanhos, vestindo apenas shorts que iam até um pouco acima dos joelhos e uma blusa de regata azul que mostravam o corpo já bronzeado pelo Sol da Califórnia.

  Pigarreando, Daniel abriu espaço para o outro entrar e fechou a porta atrás de si. Ele percebeu Johnny olhando ao redor do apartamento, seus olhos absorvendo o que encontrava.

  - Então é aqui que você mora.

  - Sim. E a minha mãe está trabalhando até tarde hoje e vai dormir na casa de uma amiga.

  Os dois garotos trocaram olhares, não precisavam dizer nada, já sabiam o que queriam e agora era apenas questão de quem iria ceder primeiro. Com um ar confiante, Johnny andou poucos passos até ficar próximo do outro, bem próximo. Daniel quase conseguia sentir os lábios macios do loiro contra os seus e, Deus, como ele queria aquela sensação novamente.

  Porém, foi pego de surpresa por um giro e uma perna que o deixaram no chão.

  - Você tem que parar de me derrubar assim, Johnny.

  - Não tenho culpa se sou melhor que você em tudo, LaRusso.

  Daniel revirou os olhos, sorrindo.

  - Além disso, descobri que gosto de ficar em cima de você.

  Antes que pudesse responder qualquer coisa, o moreno foi calado por um par de lábios contra os seus. Seus olhos fecharam e tudo o que sentia era aquele momento... e algo começando a ganhar vida dentro dos shorts. Johnny também percebeu e aproveitou para pressionar mais seu corpo no de Daniel, arrancando alguns gemidos do mesmo.

  O loiro estava desesperado, desejava o outro mais do que qualquer coisa. Mas o queria ouvir dizendo que precisava daquilo também. Fazendo uso da voz mais sexy que tinha, Johnny ordenou no ouvido de Daniel, entre beijos no pescoço do mesmo:

  - Diga o que você quer, LaRusso.

  Ter aquela voz mandando nele, somada com a boca quente do outro chupando seu pescoço, fez o moreno derreter embaixo de Johnny. Seu corpo parecia estar em chamas e o loiro era a única coisa que conseguiria acalmá-lo. Sua parte racional lhe dizia para não responder, para colocar o outro para fora e tomar um ar. Mas já fazia tempo que Daniel não agia racionalmente perto de Johnny. O loiro tinha algo que o impedia de pensar com a cabeça.

  - Por favor, Johnny, eu preciso de você dentro de mim.

Uma noite na praiaOnde histórias criam vida. Descubra agora